sexta-feira, 23 de outubro de 2009

GENESIS/ TRESPASS


Genesis - Trespass
Pessoal, mais uma análise da maior banda de rock progressivo de todos os tempos, pelo menos para o meu coração! hehehe. O disco é o magistral Trespass.
Bom, sou suspeito para falar desse disco, pois não o considero um dos melhores do Genesis, o considero um dos melhores do rock progressivo; para mim ele é único, diferente de tudo que eu já ouvi. Acho-o extremamente tocante e espiritual ( no mais amplo sentido que essa palavra possui ). De alguma maneira, sempre que eu ouço esse álbum, me sinto elevado e mais próximo da divindade. Será que alguém sente isso também? Além disso, ele é especial para mim, pois conheci o Genesis com Peter Gabriel a partir de uma audição do Trespass. Vamos às músicas!


LOOKING FOR SOMEONE
“Looking for someone, I guess I'm doing that, Trying to find a memory in a dark room”
Com esse início, o choque já é inevitável, me lembra muito o início de Dancing With The Moonlit Knight. A diferença do trabalho anterior para esse já é notada de cara, o clima é outro, o vocal mais firme com falsetes misteriosos e em tom de angústia, além do trabalho instrumental bem mais elaborado. Todos os instrumentos em perfeita harmonia, destacando o teclado, a flauta e as guitarras colocados a fim de criar uma atmosfera de solidão. Interessante apreciar a bateria, que mesmo sem nada de incomum está bem colocada e a serviço da melodia. Já se nota uma mudança total na proposta do conjunto que agora adere totalmente ao rock progressivo. Tema da solidão, letra bela e melancólica, extremamente bem interpretada. Uma bomba já cai na cabeça!

WHITE MOUNTAIN
Agora o assunto é a Idade Média. Começa aqui um dos grandes marcos da história do Genesis nesse período. O Peter Gabriel reveste-se de trovador e conta uma história medieval onde os instrumentos servem como base para sua interpretação. White Mountain possui um clima misterioso, sua introdução com violões e teclados é tocante. Desenvolve-se em progressão com momentos mágicos proporcionados pelas incursões do órgão, da flauta e da percussão. Aqui a emoção começa tomar conta do corpo físico.

VISIONS OF ANGELS
Essa começa com o piano que já anuncia uma música mais leve. O trabalho vocal mostra-se calmo e melodioso, bem apropriado ao assunto da letra . A concepção instrumental é bela, totalmente lírica. Destacando-se o piano e o trabalho dedilhado de guitarras. Termina de forma épica com um coro vozes e um bonito solo de bateria. Vou falar por mim, nessa altura do disco eu já estou arrepiado e imóvel.


STAGNATION
Essa música chama muito a atenção, pois é ao mesmo tempo calma, agressiva, lírica e prosaica. Começa com um vocal bem calmo e os instrumentos evoluindo em um clima de mistério e melancolia. A letra, eu acho, está falando sobre os sobreviventes de um holocausto ou coisa parecida, muito sombria. Aqui o teclado, soberbo, comanda as ações. Acho a bateria linda também. O Gabriel conta essa história com fala, lirismo, falsetes e agressividade. É uma música muito difícil de ser decifrada, pelo menos para mim. Um clássico!

DUSKA única faixa onde há um resquício do trabalho anterior do Genesis, talvez por ela já estar pronta quando da realização deste trabalho. É uma canção de melodia bela, cativante, com letra melancólica, mas de certa maneira positiva. Trabalho dedilhado de violões, ótima contribuição da flauta com vocais cuidadosos e harmônicos. Adoro a combinação de vozes. Mais uma que eleva o meu espírito!

THE KNIFE
Se o disco começou bem termina simplesmente de forma estupenda, com um clássico absoluto. Tudo nessa música é espetacular. A letra remete a um campo de batalha onde um general incentiva seus soldados para a guerra. Bateria, vocal, flauta, teclado e guitarras ( Anthony Phillips demonstrando que sabe chamar o instrumento quando necessário) estão de acordo com o tema da música, totalmente agressivos. Aqui, quero fazer um comentário especial sobre o baixo do Rutherford, totalmente marcado e alto, fantástico, destacando-se com autoridade. Lá pelas tantas ouve-se o som de uma batalha com berros. Nesse momento minha adrenalina vai a mil e minha cabeça quase explode de excitação! O final é triunfante, todos os instrumentos se unem e o Peter Gabriel grita:

Some of you are going to die,
martyrs of course to the freedom that I shall provide.
Aí é brincadeira!!!!

Um abraço a todos! JORGE ALENCAR

terça-feira, 20 de outubro de 2009

AUTORAMAS


La Banda Brasilera AUTORAMAS
¡En Gira Sudamericana!
ARGENTINA, CHILE y PERU

23/10, Viernes, BUENOS AIRES, Argentina
Festival Porão do Rock edición argentina
En NICETO CLUB (Niceto Vega 5510) 20:00
Autoramas + El Mató Un Policia Motorizado + mundo livre s/a + Tormentos + Primitivos

27/10, Martes, QUILPUÉ, Chile
En Café del Libro 20:00

28/10, Miércoles, SANTIAGO, Chile
En Constitución 23:30

29/10, Jueves, SANTIAGO, Chile
En Loreto 23:45

30/10, Viernes, LIMA, Peru
En Sargento Pimienta (Bolognesi 755, Barranco) 22:00
Autoramas + Turbopótamos + Los Protones


www.autoramasrock.com.br
www.myspace.com/autoramas

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

TRIBUTO A CARTOLA


Tributo a Cartola com Sergio Espíndola
A obra do compositor carioca apresentada por Sergio Espíndola (voz e violão), Marcel Zalc (violão e guitarra semi acústica) e Paulo Guerrero (percussão), em clássicos como “O mundo é um moinho”, “Amor proibido”, “Cordas de aço” e outros.
Sábado, 24 de outrubro, às 22h30 - R$26,00

Casa de Francisca
Rua José Maria Lisboa 190, travessa da Brigadeiro Luís Antônio - 11 3052 0547 - terça a domingo das 20h às 1h
Conheça nosso cardápio de alimentos e bebidas artesanais.
Não servimos durante as apresentações!

reservas@casadefrancisca.art.br
www.casadefrancisca.art.br

AUGUSTO FIORIN


Balada Pra Sex Symbol.a noite nos envolve, nela eu me movo, você não encontra paz. paraíso resplandece certamente, mas distante demais. solidão, eu sei, é essa dor que parece que não vai passar. vou amputar uma mão, embrulhar na minha blusa e mandar pra você. é que eu te sinto a ouvir os passos vindos da calçada. não é nada, pense em corredores vazios. se te dou é a mão que afaga, não a que castiga. e nem tente, é inútil fugir daqui. até no tibet já automóveis demais. veneza é sempre o mesmo inferno d’água cada esquina. tv é um monstro com mil olhos. teu demônio não sou eu. devagar o mundo te come pelos pés. você precisa de alguém. você já não sabe mais onde bate o seu coração.
(augusto fiorin)
(ilustração - bonecas de marina bychkova)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

IN THE COURT OF THE CRIMSON KING


IN THE COURT OF THE CRIMSON KING - KING CRIMSON
Álbum inaugural do conjunto concebido em 1969. A formação do momento contava com Robert Fripp (guitarra) ; Greg Lake ( baixo, vocal ); Ian McDonald ( sopros, mellotron, vocais); Michael Giles (bateria, percussão, vocais) e Peter Sinfield (letras). Trabalho excepcional e marcante, que funde elementos de rock psicodélico, progressivo e heavy metal. Para muitos, o marco inicial do rock progressivo como o conhecemos. Letras pessimistas e sonoridade que permeia desde a agressividade até o puro lirismo. Não há como não fazer mensão à capa do álbum, que mostra a pintura de um rosto em desespero. Capa clássica das clássicas!Vamos às músicas.

21 CENTURY SCHIZOID MAN including Mirrors
O disco já começa com um som estranho de um mellotron. Em seguida entra rasgando uma guitarra distorcida acompanhada do sax. O susto começa grande e se amplia com o vocal totalmente rasgado e incisivo. Letra pessimista sobre o futuro da humanidade no século XXI. A bateria e o baixo destacam-se com um riff empolgante da guitarra e do sax combinados. Os instrumentos continuam em progressão e de repente a música se acelera e combina elementos jazzísticos no mesmo compasso, enquanto um solo de guitarra dita o ritmo e o baixo e a bateria arrasam no acompanhamento. O instrumentos aceleram e diminuem o ritmo como numa brincadeira até tudo voltar ao riff inicial. É retomada a letra e a música acaba com todos os instrumentos em o que parece ser uma corrida de 100m rasos. Não há como negar o impacto inicial.
I TALK TO WIND
Após recuperar-se do susto, uma linda melodia é introduzida por uma flauta e uma bela voz que, ainda em tom pessimista, revela solidão e desilusão. Som bem sessentista, onde os instrumentos não buscam nenhuma reviravolta a não ser acompanhar o vocal delicado e melodioso. A flauta se destaca conduzindo o seu encerramento e deixando o ouvinte mais relaxado. Linda música!

EPITAPH including March for no Reason and Tommorow and TommorowO rufar dos tambores acompanhado de uma belíssima melodia construída pelos teclados, guitarra e baixo combinados levam o ouvinte a um outro nível de percepção. Com a entrada do vocal ( sensacional ) não há como não sentir o clima melancólico e soturno de uma letra que acompanha o conceito do álbum até então, qual seja , o pessimismo. Essa canção fala, de maneira profética, sobre os erros cometidos pelo homem e suas conseqüências. Na minha visão, pode-se interpretar essa letra como um simbolismo do inferno.
Bateria e baixo marcados acompanhando a divagação do vocal. Dedilhados de violão embalam o ritmo. O mellotron acompanha os demais instrumentos deixando a música simplesmente maravilhosa e emocionante. A voz em tom, hora de desespero, hora profética, encanta pelo tom dramático. Aqui se acentua a veia progressiva da banda no que tem de melhor, criar um clima mágico com alternações de ritmo épicas. Finalmente o eu-lírico irrompe e anuncia o clímax melancólico e triste. O final é espetacular! Os teclados destacam-se com o rufar de tambores e os solos de bateria. Música ao mesmo tempo marcante, melancólica, bela e inquietante. Clássico!
MOONCHILD including The Dream and The Illusion
Essa música inicia com solos de guitarra viajantes acompanhados do piano e do vocal calmo e melódico. A letra aparentemente trata sobre uma criatura mitologia em um bosque. O narrador nos conta essa história revestido de trovador. Até então, violões dedilhados, teclado e bateria discretos acompanham as peripécias deste ser. De repente, tudo pára e ouvimos apenas um sintetizador criando uma atmosfera tranqüila. Por vezes, sons de guitarra ou pratos espaçados. Já percebemos uma característica marcante do King Crimson: o experimentalismo. Neste momento, as melodias dão lugar a sons aparentemente sem sentido ou desconexos.
IN THE COURT OF THE CRIMSON KING including The Return of the Fire Witch and The Dance Of The Puppets
Então toda a “viajeira” acaba com um lindo teclado e uma bateria solando ao som de um narrador contando uma espécie de julgamento em um tribunal sinistro ( que me lembra muito Alice no país das maravilhas ) introduzindo a música que dá nome ao disco. Bela flauta transversa e dedilhado de violões. Deve-se destacar também o lindo coro de vozes. Clima sombrio e amedrontador. O mellotron e bateria comandam as ações. É uma música linda, mas inquietante, Deixa-me alternadamente encantado e um pouco incomodado. O solo de flauta é simples, mas bonito, intermeado por um contrabaixo destacado. Toda vez que o vocal intervém me deixa com medo! Tudo, aparentemente, se encerra, porém o experimentalismo continua com as baquetas brincando nos pratos e o mellotron tocando baixinho a mesma melodia, até que a bateria dá as caras novamente e retoma o desenvolvimento da canção.
Rock progressivo e psicodélico na veia!!!
Gente, essa é a minha análise sobre esse disco excepcional que marcou época e, a meu ver, plantou a semente, de fato, desse gênero chamado de rock progressivo. Gostaria de ler a opinião dos amigos sobre essa obra difícil, mas essencial aos amantes de rock.Um abraço a todos! trespass foxtrot

ENCONTRO COM CLARICE


No dia 23 de outubro, às 21h, fazendo parte da programação do IV Artes em Laranjeiras e Cosme Velho, o Casarão de Austregésilo de Athayde apresenta a estréia do monólogo "Encontro com Clarice", que terá curta temporada nos dias 23 e 30 de outubro ás 21h e 6 e 13 de novembro com dupla apresentação ás 16h e ás 21h.

O espetáculo de 50 minutos, concebido e dirigido por Ítalo Rossi, e que traz para o palco a atriz de teatro, TV e apresentadora do PEGN da Tv Globo, Ester Jablonski, é uma tradução cênica de quatro contos de Clarice Lispector – O Grande Passeio, Uma Tarde Plena, A Fuga e Uma Galinha – publicados na antologia O PRIMEIRO BEIJO e OUTRAS HISTÓRIAS.

A idéia da montagem, segundo o diretor Ítalo Rossi, ator com mais de 50 anos de prestigiada carreira, detentor de quatro Prêmios Molière, é: simplesmente e teatralmente trazer as palavras de Clarice para a cena. Por isso o espetáculo, que também marcava os 20 anos de profissão de Ester Jablonski, tem a delicadeza da feminilidade da autora, associada a agudeza, sensibilidade e intimidade com que penetra e passeia pela alma humana, suas contradições e vicissitudes.

Utilizando-se apenas de uma cadeira como cenário, Ester traz quatro diferentes estados de alma de uma mesma mulher-escritora, sentidora, como dizia Clarice.

*Ingressos: R$30,00 (com meia entrada de R$15,00 para estudantes e maiores de 65 anos)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

VÂNIA DINIZ E VANIA SERRA

INBRASCI divulga e convida:
Membro do InBrasCI em Brasília, a escritora Vânia Diniz & Vania Serra,
convidam para o lançamento do livro AQUARELA.Sucessos!!!
www.vaniadiniz.pro.br
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3889
http://www.ube.org.br/lermais_materias.php?cd_materias=3102
Andreia Aparecida Silva Donadon Leal - Deia Leal
Diretora do Jornal Aldrava Cultural
Governadora do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais - MG
(31) 8431-4648
Telas: http://deia-leal.artelista.com/
http://www.jornalaldrava.com.br/pag_deia_leal_plan.htm
http://www.jornalaldrava.com.br/pag_contos_andreia_donadon.htm
http://www.jornalaldrava.com.br/pag_poesia_andreia.htm
http://www.jornalaldrava.com.br/projeto_haikai.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

LU PEÇANHA


Um momento de paz


Já visitei vários lugares, talvez não tão belos assim e que me tocasse tanto como fotógrafa.
Esta é a Torre de Belém, em Lisboa. Linda, cheia de charme e de histórias.
Um dos lugares mais aconchegantes e fantásticos para se fotografar.
Aliàs, Lisboa possui lugares maravilhosos para aqueles que vivem a clicar belas paisagens.
Obviamente que minha máquina não parou um minuto se quer. eram horas e horas fotografando.
Este lugar da foto, estávamos dentro de um Café, onde fui com amigos,
também fotógrafos que para um descanso de nossas máquinas, decimos sentar ali, tomar um café e apreciar essa maravilha.
Não pude deixar de clicar esta paisagem.
Além de linda, ela me deixou tão relaxada pelo seu poder da calma.
Nós fotógrafos vemos muito além de uma simples paisagem.
Sinto que todo lugar que fotografo, traz-me um sentimento: Seja ele de amor, alegria ou mesmo de paz.
E é exatamente isso que esta foto me passa.
Fotografia: Lu Peçanha
Texto: Lu Peçanha

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

VIEGAS FERNANDES DA COSTA


POESIA MARGINAL, DA MARGEM DO JORNAL À MARGEM DA RODOVIA


Viegas Fernandes da Costa




Traço versos nas margens de um marginal jornal

enquanto percorro bairros e ruas, pontes e rodovias



A cada curva que faz o coletivo, a cada buraco...

uma nova palavra, uma velha idéia se traça em tão frágil suporte



Escrevo sem saber o que, apenas uma brincadeira compulsiva

a necessidade de preencher cada canto da margem, ejaculando letras que se encontram e

[constróem um mundo



Escrevo sem atinar com meu percurso

o ônibus prossegue, e me transporta, a mim e ao mundo que carrego



O jornal, marginal, completa-se com a tinta azul da esferográfica

e preenche-se, cada espaço, repleto, e procuro desesperado um novo suporte



No encosto do banco da frente, branco, prossigo

assustado com os olhares que me denunciam, vandalizo o coletivo



Já o jornal, esquecido, voa pelo corredor, entre os passageiros

e encontra uma janela, por onde se esquiva, planando sobre o asfalto...





... voa o jornal e a poesia

esta, liberta das minhas mãos e agrilhoada ao papel,

encontra o rio...

e se afoga!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

VIDA CULTURAL EM ARAÇATUBA/ PARTE 8


VIDA CULTURAL EM ARAÇATUBA NOS ANOS 80/ PARTE 8

revistas efervescentes

Em 1987, eu estava retornando para Araçatuba, e percebendo que a cidade havia mudado um pouco, no que se refere á construção de novas avenidas e bairros.Muitos se aproximavam de mim para questionar a vida universitária fora de Araçatuba, nossas aventuras e experiências. Nessa ocasião, havia uma certa efervescência de ideáis culturais e esquerdistas, envolvendo alguns bares da cidade. Havia o BAR RAÍZES, no centro, próximo ao Araçatuba Clube, gerenciado pelo Folquito, um rapaz ousado,esquerdista, que procurava aglutinar os artistas e pessoas interessantes da cidade, ao som dos músicos locais, apresentação de performances e palestras.Eu e o MARCELINO DUARTE levamos para o Folquito , vídeos da banda THE CURE/e siouxie and the banshees para a rapaziada curtir. A ditadura militar ainda ecoava sobre os debates mais efervescentes. Havia também o "Bar do Papai",ao lado da Pça. São Joaquim, notável por suportar as fitas cassete de bandas explosivas que entregávamos para o seu dono colocar pra tocar, estourando os tímpanos dos mais desavisados. Nesse período, o EDSON JOSÉ DA SILVA, apresentou-me algumas pessoas interessantes, entre as quais: Luizinho ( trabalhava no consórcio Dionísio,e tornou-se anos depois, proprietário da pioneira loja de discos e Cds raríssimos,Underground), e o Luis Antonio Freitas de Carvalho (Heavy). Nosso amigo Heavy, era cabeludo, magro, desbocado, underground, criador da apoteótica revista de quadrinhos OS TIPINHUS, um marco na história cultural araçatubense, revista que já circulou por diversos países. Heavy sempre foi um tipo marginalizado em Araçatuba, pela sua postura combativa, guerreira, ácida perante o conformismo bocó habitual em terra brasilis. Saia pelas ruas vendendo ou doando alguns números de OS TIPINHUS, batalhando oportunidades de emprego, criando aparelhos eletrônicos, consertando aparelhos de som, uivando em bandas de rock. Mas heavy sempre foi um cara legal, desenhista dos bons, sincero, simples e outsider. Alguns me diziam que ele representa a verdadeira cara do movimento underground araçatubense. Em sua revista, alguns personagens de araçatuba,amigos e gente do mundo eram retratados com extremo bom humor, certa avacalhação e questionamento.
EVERI RUDINEI CARRARA/ http://telescopio.vze.com
revista os tipinhus: "spunka arruma um trampo -o gerente"

ELIZABETH MISCIASCI


Diz que Sou©
Elizabeth Misciasci

Diz que sou

estrada de mão única

caminho sem volta,

devaneios e delírios.


Diz que sou

sonho de amor,

palavras em ênfase,

que pronuncia na inquietude do seu ser.


Diz que sou

o alimento da inspiração

que te leva a me querer,

nos dias completos...

Nas noites vazias...


Diz que sou

seu pensamento

constante e presente

onisciente lhe sugo a razão.


Diz que sou

jura eterna

a apossar-se de ti

contemplando as promessas que fiz.


Diz que sou

loucura!

Na insanidade te acompanho,

fazendo a terra se abrir

e tragar teus anseios.

Diz que sou

desejo...

Aportando no emaranhado

das elegias que desnuda

seus tristes poemas.


Diz que sou

melodia,

que compondo me cria...

Partitura que em leitura devora.


Diz que sou

verdade escondida

que te leva adormecer meu existir,

nas suas mentiras.


Diz que sou

sua Vida...

Seus medos e receios,

sonhos e desejos,

que de mim não abre mão.

Que por me Amar,

não me esquece.


Diz que sou

estrada de mão única...

Caminho sem Volta.

averbação - 2003

Elizabeth Misciasci
TELA: salvador dali

CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA


A Casa de Cultura Mario Quintana
apresenta o quarto espetáculo do projeto
VOZES POÉTICAS
DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA
E IBERO-AMERICANOS:
Sessão de Leitura de Poesia Portuguesa
(peninsular, açoriana e madeirense)
A edição especial do livro de bolso Seis Poetas Portugueses,
será sorteada para o público
Convidada especial: Floreny Ribeiro (poetisa)
Quinta-feira, 15 de Outubro de 2009, às 19 horas
Entrada Franca
Quintana’s Bar/Acervo Mario Quintana - mezanino
Casa de Cultura Mario Quintana
Rua dos Andradas, 736 – Porto Alegre – RS – Brasil

Idealização e coordenação: Paulo Bacedônio

Apoio: Instituto Cultural Português, Revista Literária Paralelo 30
e Casa do Poeta Latino-Americano

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

OLIMPÍADA 2016


A escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016 é uma boa notícia para o Brasil?
NÃO
Uma grande hipocrisia
ALBERTO MURRAY NETO
A DECISÃO do Comitê Olímpico Internacional foi indigna. Mais do que isso, foi hipócrita. Tentaram fazer história à custa do desespero dos pobres. Não acredito que haja no COI alguém que ignore os gravíssimos problemas sociais do Brasil.
Se essa pessoa existe, não merece estar lá. Ou melhor, merece, sim.
Quem achou que fez história ao "dar os Jogos à América do Sul, em razão de seu caráter universal", não pensou no movimento olímpico. Pensou em si mesmo e nos próprios interesses. Daí a hipocrisia.
O Brasil e o Rio são carentes de tudo. Não há escolas, hospitais, moradia, transporte público, alimentação para os pobres, luz elétrica, saneamento básico, esporte etc. As pessoas continuam morrendo de sede, de frio, de bala perdida etc. O Rio é a porta de entrada para o Brasil, o que nos dá visibilidade no exterior. A cidade tem tido a má sorte de, há anos, ser maltratada por políticos incompetentes e mal-intencionados.
Se alguém acha que daqui a sete anos o Rio estará livre dos traficantes de droga e dos tiroteios, que o trânsito será fantástico, que haverá hospitais de qualidade, escolas públicas de excelente nível para todas as crianças, praças esportivas populares espalhadas pela cidade, pessoas morando condignamente, só para citar alguns exemplos, escolha uma bela praia e espere deitado. Para não se cansar.
Nada, rigorosamente nada vai mudar. A baia da Guanabara, por exemplo, vai permanecer um dos locais mais poluídos do mundo. Bela, mas de cheiro insuportável. Uma coisa, na cabeça dessa gente, é certa: o povo, pobre povo do Rio de Janeiro, que se lixe!
Tudo isso é assunto que deverá ser acompanhado de perto. Sei que gente boa do Rio criou algumas ONGs para fiscalizar o uso do dinheiro público.
Que elas trabalhem muito e façam o papel que os organizadores não terão coragem de fazer.
Que essas ONGs escancarem os números, as licitações públicas e quem estará por trás de cada empresa vencedora -isso quando houver a tal licitação. Que o TCU e o Ministério Público não se apequenem e cumpram o seu papel constitucional.
População carioca, assim que a festança acabar, cobre, fique de olho. Não se deixe enganar. Quero ver a patota olímpica fazer em sete anos o que já deveria ter sido feito há mais de 20.
Ainda assim, acho que os atuais administradores do esporte olímpico devem sair. A renovação, salutar em quaisquer circunstâncias, deve ser feita com muito mais razão, até para dar maior transparência ao que ocorrerá à partir de agora. Se permanecerem os mesmos, o final da história já se sabe. Basta ver o Pan e multiplicar por mil o tamanho do escândalo.
Que venha a lei que limita as reeleições indefinidas, já valendo para os atuais mandatários. Já que o COI cometeu essa ignomínia, que se ponha gente do bem para administrá-la.
Nada do que foi escrito e falado sobre a candidatura por quem a ela se opôs é inútil. Tudo, agora com muito mais razão, deverá ser aplicado e observado. A doutrina olímpica da honestidade vai sempre prevalecer.
Venceram, pela coragem do que disseram, tantos e tantos nomes da imprensa, do esporte e da sociedade civil criticando essa manobra olímpica. Que todos continuem seu belo trabalho de fiscalização, agora redobrado.
As obras olímpicas serão muito mais caras, haverá denúncias, escândalos, atrasos nas construções e, acima de tudo, não vão entregar o que prometeram.
Aqueles que gravitam no entorno do movimento olímpico brasileiro vão ficar ouriçados. Viva a agência de turismo! Bravo para a corretora de seguros! Estupendo para a empresa que comercializa os ingressos! E a empresa de marketing esportivo, que vibre muito! As construtoras vão dividir a fatia do bolo? Vai ter construtora falida reerguendo-se à custa desse projeto megalômano? Haverá licitações públicas? Os fornecedores de serviços terão que contratar "consultorias" de terceiros estranhos ao negócio?
Disseram aos brasileiros e aos cariocas que os Jogos Olímpicos seriam a solução dos seus problemas. "Olimpiator Tabajara", seus problemas acabaram. O Nuzman agora vai virar o "Seu Creysson".
ALBERTO MURRAY NETO , 43, advogado, é árbitro da Tribunal Arbitral do Esporte, em Lausanne (Suíça), e diretor da ONG Sylvio de Magalhães Padilha.
www.espn.com.br/albertomurrayneto
charge: CLOVIS LIMA

ESTÚDIO QUADROPHENIA


Quadrophenia iniciou suas atividades em agosto de 1998 sempre atendendo na R.Clélia, no bairro da V. Romana, na zona Oeste de São Paulo. Desde então o perfil dos clientes se desenhou em torno da cena musical alternativa e independente feita no país.
O estúdio funciona todos os dias até as 22:30 hs e oferece serviços de ensaio e gravação (que podem ser feitas ao "vivo" ou em canais separados), além de aulas individuais de bateria (teórica e prática) com professor especializado.
Veja as Promoções com prazo ilimitado:
Hora de ensaio durante os dias da semana até as 18:00hs: R$ 10,00.
Durante a semana após as 18:00hs, finais de semana e feriados: R$ 18,00
Para pacotes mensais: descontos de 15%
Exemplo:
ensaio de (2) duas horas - valor normal = R$ 36,00 x (4) por mês = R$ 144,00
ensaio de (2) duas horas - c/ desconto = R$ 30,00 x (4) por mês = R$ 122,00
ligue nos telefones: 9127-2075 ou 3862-4768 A/C: Sandro Garcia ou através do e-mail: estudioquadrophenia@uol.com.br
http://www.myspace.com/estudioquadrophenia

LUIS CARLOS AMORIM


COPA, OLIMPÍADA E IMPOSTOS
Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – Http://luizcarlosamorim.blogspot.com )

Pois então. Nós, brasileiros, estamos muito felizes porque a Copa do Mundo de 2014 vai ser realizada no Brasil e as Olimpíadas de 2016 também. Para quem mora nos estados onde acontecerá a Copa, será ótimo, pois não será preciso arcar com dispendiosas viagens, serão pagos apenas os ingressos para os jogos. É uma grande oportunidade de ver tudo in loco, torcer pelo Brasil ao vivo e a cores. Para quem é do Rio, é a grande oportunidade de ver as Olimpíadas no local onde elas estão sendo realizadas, para pessoas que de outra maneira nunca poderiam fazer isso. Para quem não mora no Rio, mesmo assim os gastos com o deslocamento até a sede das Olimpíadas não seriam tão altos quanto se o evento fosse realizado em outro país longe daqui.
E para a realização desses megaeventos, os investimentos em urbanismo, mobilidade, hotelaria, segurança, etc., serão enormes. Importante, então, para que obras que até então não sairiam do papel, sejam finalmente realizadas. Sim, há muita coisa que, se o Brasil não fosse sede desses dois acontecimentos mundiais, não seriam levadas a efeito.
Mas – e não digam que sou pessimista, porque a verdade é essa, estamos no Brasil e os “políticos” que governam esse país são corruptos, a maioria deles – não esqueçamos nós, pobres mortais, trabalhadores e eleitores, que quem vai pagar a conta disso tudo somos nós. Não se iludam. Sem contar que muita coisa ficará pela metade, muito dinheiro destinado às melhorias será “desviado” e muita “maquiagem” será aplicada a custo de obra pronta. Nós pagaremos a conta, mesmo que nem tudo que porventura seja programado, licitado e pago para ser construído realmente o seja.
O governo brasileiro já anda cogitando de ressuscitar a CPMF, será que seria para subsidiar a saúde ou para cobrar a conta da reestruturação futura das cidades sedes dos megaeventos? Dúvida cruel, não?
Pior, estão tentando criar impostos novos, além daquele, como o imposto para o livro. A matéria sobre o Cide - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, com uma alíquota de 1% sobre o faturamento anual das editoras, distribuidoras e livrarias, que irá encarecer o livro ainda mais, pois a taxa será repassada para o consumidor, está para ser votada.
Aliás, o governo Lula justifica a retomada da proposta de quatro anos atrás, alegando que a receita gerada pela Cide irá para um Fundo Pró-Leitura, que será constituído com objetivos muito nobres, todos embalados numa retórica politicamente correta. Sabemos como esses objetivos serão cumpridos, como já aconteceu com a CPMF, que não teve nenhum centavo aplicado na Saúde, que era o objetivo daquela taxa.
Pois é, tudo para consumir mais dinheiro público, sem garantia nenhuma de que isso reverterá em favor do cidadão comum, que paga a imensa carga de impostos que, por sua vez, se converte na cornucópia de onde os senhores políticos tiram tanto dinheiro para gastar impunemente.
arte de SILSABOIA

EFIGENIA COUTINHO


Natureza
Efigênia Coutinho


Natureza tens o sonho da Eternidade
Lá longe, onde o clarão do sol acende
Imenso e constante astro, que depende
A natureza com toda sua imensidade.


Faustoso embelezamento da humanidade
Estes que te agridem, e que te ofende
Suplica o coração, que o sonho se rende
Envia, Anjos, Arcanjos com solidariedade.



Oprimida, flagelada toda a natureza
Em coro, clama, definhando implora
Por sentimentos de realeza e nobreza.



Natureza,tua beleza, ninguém ignora
Minha mais pura oblata, de ti carece
Ousando sublimar-te, me enobrece.


Outubro 2009
Balneário Camboriú

terça-feira, 6 de outubro de 2009

AS DOIDIVINAS


Amigos e amigas,

informamos que essa semana a Discoteca Iê Iê Iê estará de volta em duas festas na cidade maravilhosa. Primeiro na quinta-feira dia 08/10 no lançamento do videoclipe e pre-lançamento do CD da banda Doidivinas no Cinemathèque em Botafogo. Depois no dia 10/10, sábado na festa Beach Beat Party - Do Hawaii ao Caribe na Drinkeria Maldita de Copacabana, com o show do Guanabara Ska Club que é imperdível!! Bem, com duas opções em uma mesma semana não adianta falar que não dá pra ir…

Dia 08/10 - Quinta-feira no Cinematèque
Rua Voluntários da Pátria, 54 - Botafogo
Tel.: 2579-6736 / 2226-9691

R$ 15,00
R$ 10,00 com flyer ou nome na lista amiga da comunidade Doidivinas no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=11083491&tid=5383982685190355128&start=1

Dia 10/10 - Sábado
Drinkeria Maldita Copacabana - Rua Aires Saldanha, 98 - Copacabana
Show - Guanabara Ska Club - 21h
Festa - "Beach Beat Party!" - 23h

R$ 10 na lista, antes das 21h
R$ 15 na lista, depois de 21h
R$ 20 sem nome na lista
LISTA AMIGA:
Na Comunidade do Guanabara Ska Club:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=87811201&tid=5382354866916029252&start=1
Ou no e-mail: guanabaraskaclub@gmail.com

RICARDO KOCTUS (PATO FU) NO SESC POMPÉIA


O assunto dessa vez é a participação de Ricardo Koctus no projeto Une-Dune…P de Poesia, um sarau poético especial para o mês das crianças, que reunirá dança, teatro, música e circo.
O evento conta também com as participações da cantora Paula Toller, dos atores Cássio Scapin e Marat Descartes, da atriz Amanda Acosta, do bailarino Fernando Lee e direção musical e artística de Tim Rescala.
Local: Teatro - Sesc PompéiaEndereço: Rua Clélia, 93
Dias e horários: 10, 11 e 12 de outubro de 2009. Sábado, às 20h e domingo e segunda, às 18h
Classificação: Livre para todos os públicos
Ingressos: de R$ 5,00 a R$ 20,00
Capacidade: 358 pessoas
Informações: (11) 3871 7700
Acesso para deficientes – não temos estacionamento
Para informações sobre outras programações ligue 0800-118220 ou acesse o portal www.sescsp.org.br

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

REVISTA DO SAMBA


Os franceses
Tante Hortense
Christophe Rodomisto | Eddy Godeberge | Mjo | Stéphane Massy | Jean-Philippe Barrios
Os brasileiros
Revista do Samba
Letícia Coura | Beto Bianchi | Vítor da Trindade
tem criado e ensaiado durante duas semanas no mítico Teatro Oficina um repertório totalmente inédito que navega entre França e Brasil.
Em um show único, eles desvelarão, com suingue e emoção, energia e paixão,
uma São Paulo de gasolina,
um amante vindo do Berry,
uma piroca num pulso
uma ótima maneira para fazer uma revolução
uma vaca muito estilosa…
Não perca!
Teatro Oficina
Rua Jaceguai 520 | Bela Vista | SP
Dia 7 de outubro às 21:00 h
Ingresso: R$20,00 | R$10,00
www.myspace.com/tantehortense
www.revistadosamba.com.br
www.teatroficina.uol.com.br
www.zut.com.br
Siga o projeto nos blogs:

TETÊ ESPÍNDOLA EM PORTO ALEGRE

MERCEDES SOSA


Sobe, sobe, Mercedes
Mas sobe cantando
"Solo le pido a Dios
Que l'amor no me sia indiferente"
Não foi, Mercedes, não foi
De tanto dar gracias a la vida,
A vida encheu-te de graça
E nós, jovens naquela época
Pudemos abraçar-te e a tua
Grande amiga Joan Baez.
Que carrascos não mais existam
Em terras latinas, em terras do mundo
Choro sabendo que não querias;
Baez chora, sabendo que não querias.
Por todo o mundo do amor e da poesia
Cantamos chorando pela tua ausência física
Quando já estás abraçada com seu querido Pavarotti
Aguardando pelos que te amaram
Inebriados pela tua voz. Até já!
M Cecilia WaetcherRio,
04 de outubro de 2009

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

FERNANDA TAKAI VENCE O VMB!!!




OLHA AÍ PESSOAL, VOTAMOS EM FERNANDA TAKAI, E ELA GANHOU O MERECIDO PRÊMIO VMB/MTV!
PARABÉNS Á FERNANDA TAKAI, MÚSICOS E PRODUTORES,AOS FÃS,AMIGOS!!!

DVD LUZ NEGRA /FERNANDA TAKAI


FERNANDA TAKAI É INCANSÁVEL!
DVD LUZ NEGRA/fernanda takai

FERNANDA TAKAI acaba de lançar o DVD LUZ NEGRA, um desdobramento do cd ONDE BRILHEM OS OLHOS SEUS,dedicados á NARA LEÃO,nossa eterna musa, nossa cantora preferida. A doce cantora do PATO FU parece incansável, depois de escrever um livro, fazer turnês pelo país a fora, gravar no Japão,e conceder inúmeras entrevistas. Recentemente, conquistou merecidamente prêmios no VMB da MTV como destaque da Música Popular Brasileira. Fernanda Takai pode ser pop, pode ser MPB, ou o que de melhor ela quiser fazer,é uma mistura de talento, graça e ousadia. Acredito que FERNANDA esteja muito feliz,parece ser uma pessoa iluminada, cheia de vida e musicalidade para compartilhar com sua gente e seus fãs, porque a responsabilidade que lhe adveio deve ter sido imensa,e quase intransponível. Em determinada parte do DVD ela confessa que ás vezes ,quando pouco ou nada se espera da realização de algo na vida,eis que nos superamos com irretocável êxito. FERNANDA TAKAI se superou de novo, conseguiu produzir mais uma jóia musical.Consegue fazer reeleituras da Jovem Guarda, de chorinhos e até de coisas pop do Michael Jackson. Acho que FERNANDA TAKAI é incansável!
LUZ NEGRA é um trabalho imperdível, fascinante, memorável, tanto pela capacidade dos músicos,como pelo arremate da iluminação,a equipe de produção,e a escolha do repertório. A reeleitura dos clássicos da bossa nova como insensatez, o barquinho (kobune), ordinary world (da banda oitentista Duran Duran), são plenamente convincentes;gostaria de ouvir e ver FERNANDA interpretando algumas canções de Paul McCartney ,quem sabe, distractions, another day, heart of the country,blackbird...
No DVD encontramos as ótimas releituras de Com açúcar com afeto, Diz que fui por aí, músicas insuperáveis na voz de NARA, que neste trabalho encontramos a guitarra discreta, irrepreensível, sem exageros,clean, de JOHN ULHOA.Os arranjos foram feitos pelo maestro LULU CAMARGO, espero que FERNANDA sempre o tenha por perto, pois os teclados e arranjos do maestro parecem-me fundamentais para a plasticidade do show, da estética predominantemente suave, neo-bossa novista e pop, que faz de FERNANDA TAKAI e do PATO FU uma referência essencial para quem ainda acredita em boa música nesse caldeirão sonoro mundial.
everi rudinei carrara/http://telescopio.vze.com

CAETANO PROCÓPIO


01/10/2009
HITCHCOCK: SUSPENSE E AMOR
Alfred Hitchcock faleceu no dia 29 de abril de 1980, aos 80 anos de idade.

Em seis décadas de atuação dirigiu mais de 50 filmes.

Apesar da industria cinematográfica tê-lo transformado no “mestre do suspense” e a consagração propiciado grande notoriedade, o epíteto não foi fiel ao conteúdo da obra hitchcockiana, deixando em segundo plano aspectos muito mais relevantes.

Hitchcock, muito mais que um mero mentor do susto, criou personagens psicologicamente complexos, dilacerados pelo turbilhão dos sentidos.

A atmosfera sombria de seus filmes é o retrato do desespero humano frente a uma realidade imutável.

O amor é um sentimento distante, inacessível, principalmente quando visto sob o prisma das personagens femininas, ausentes e gélidas.

O grande drama dos tipos criados pelo diretor está na condição de jamais conseguirem se vir livres de seus medos e perversões.

A felicidade é uma ilusão perdida nos temores e obsessões produzidos pelo inconsciente.

O amor torna-se um objetivo impossível de ser concretizado: em "Psicose" ele só consegue produzir mortes; em "Um Corpo que Cai", é a “inútil procura de um ideal vazio”; em "Os Pássaros", não resiste à incompreensão "puritana", simbolizada nos constantes ataques das aves.

Os protagonistas de Hitchcock jamais conhecem um momento de equilíbrio.

E não haveria como ser diferente, afinal, são reproduções da própria figura perturbada do criador.
CAETANO PROCÓPIO/ARAÇATUBA-SP

MAURÍCIO NEGRI


MUNDO LIVRE S/A

Será que o mundo é uma prisão ?
Só vejo liberdade nos pássaros
No céu azul
Nas árvores
nos pés de manga
quando uma manga cai
Se despedaça no chão
é como se ela mergulhasse no ar
Como um salto para a liberdade
No capim denso
Todo verde

Esta liberdade é como um tobogã
Sem tapete
Como escorregar nele ?


Não consigo
Só consigo meditar
E extravasar meu ódio
Que sou prisioneiro

Será que alguém se interessaria por mim
Tão feio
Mas, oque é feio ?

Feio é não poder respirar a liberdade
É não sentir o cheiro da uva
é não sentir o vento nos cabelos

É estar dentro de um quadrado
E achar que a liberdade não existe

Nem para os que a vêem


é como olhar um pássaro na gaiola
E ver piscar seus olhos

Mesmo se deixando o cativeiro aberto

é saber que eles não conseguiriam voar e
viver lá fora.
MAURICIO NEGRI/ARAÇATUBA-SPfoto/salvador dali

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ELIZABETH MISCIASCI




Elizabeth Misciasci

Não vou rasurar meus versos
nem tão pouco,
mascarar meus desejos.
Intenso se faz os anseios
que de volátil palavra,
se distancia.
Mundos distintos...
Não te cabe aqui!
E sem apiedar-me de ti,
trilho outro caminho.
Passado que já apartei!
Somos cada qual
uma estrada repartida
onde me lanço,
travo guerrilhas.
Seguindo adiante percorro
admitindo novo dia,
readquiro a alegria
na certeza do Mutável!
Rasgo as folhas amarelas
e editando um novo conto,
não me permito mutilar
tela: KLIMT

EFIGENIA COUTINHO


O Reverso do Ser
Efigênia Coutinho
Neste Universo chamado mundo,
Tem aqueles que se encorajam de idéias
E usam de seu eu fecundo,
Para progredir e atuar com emoção.
Entregam , alma e coração na ação.




Mas existem alguns sem ação.
Vivem como se fossem reis,
Na sombra de formosas Rainhas
Cheios de encanto por si mesmos,
Que se esquecem da cooperação as leis.




Talvez não sejam tão inúteis.
Porém vivem como enfeites,
Na vitrine de suas próprias vidas.
Ocupam lugares, sem a menor iniciativa,
Achando que tudo podem, e perxistem.




Só registram seus feitos em suas guaridas.
Tornam-se seres mesquinhos e volúveis,
Que vivem nas sombras dos outros
A se perderem na rotina do próprio descaso.
Nunca se lembram da Solidariedade.



Enquanto o mundo planeja e executa,
O “Narcíso” apenas se aproveita.

Outubro 2009

Efigenia Coutinho
Presidente Fundadora
AVSPE

POEMAS DE JEANINE WILL



Voyeur
eu vou entrar na festa
nem que seja
pela fresta

¯Dilúvio I
chove tanto
que todos os cântaros
já transbordaram




Dilúvio II

é tanta água
que não acábua
nunca...