quarta-feira, 15 de setembro de 2010
POLÍTIKA
Fala sério, vai!
Oh! é inconcebível o que pode alcançar uma mentira secundada por juramento leve, ou uma pilhéria dita com semblante sisudo a um rapaz que nunca sofreu de dor nas espáduas. Oh! vê-lo-eis rir até que o rosto se lhe torne como capa molhada e vestida com descaso.
FALSTAFF,em Rei Henrique IV; Shakespeare. .
Após o ilusionismo com o esmoler Bolsa Família, principal “obra” (eleitoreira) do rei Alul - versão invertido-pervertida de Lula dos anos de 1980 -, para concluir a política do pão e circo tropical, não seria inimaginável o próximo presidente da mesa diretora da Câmara Federal, interventor “de consenso” pelo Palácio do Planalto, proferir em irônicos decibéis: - “Respeitável público pagante, assentem-se logo, as arquibancadas do Grande Circo da Farsa estão democraticamente liberadas. Peço-lhes então que se mantenham ordeiros e em silêncio. E, sem mais delonga, com a palavra, pela ordem, a autoridade de esgares, hoje pândego-líder do governo nesta egrégia casa do povo, nobre deputado Tiririca.” Mais novato folgazão para a fortuna dissimulada? Nesse excêntrico espetáculo de magia e avacalhação, a Ética vira bolinha de jogo de vileza, como naqueles ágeis truques de forminhas sobre caixa de papelão nas praças das grandes cidades diante de bocas-abertas doidivanas. Cadê a Ética que esteve no debate da redemocratização? O gato do PMDB a negociou com tucanos e petistas. E desperdiçam cartolas de dinheiro do basbaque contribuinte em investigações e prisões ilusórias de chusma de mãos-leves pela Polícia Federal, cujo rumo é sempre o camarote da impunidade. Com direito a reportagens espalhafatosas da mídia e digitus infamis (dedo obsceno em riste) para promotores públicos. Uh! grita de arena: teria o ex- ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos se sentido um malabarista oficial em face dos escândalos acobertados pelo rei Alul? No Globo da Morte pelo SUS, quantos enfermos impacientes não sobreviveram? Quantos sem-terra enfrentaram o cuspidor de fogo do latifúndio? Que domador, valente e audaz, adestraria as insaciáveis feras de toga pegas em concussão, sem que lhes dê o “prêmio” da aposentadoria compulsória?
Neste país da momice e da mesmice verde-amarela, são todos, críticos omissos e expectadores conscientes, os (ir)responsáveis pela banalização em que se transformou o estado. Estado selvagem e antipopular. Acima de tudo, aqueles que se afirmam militantes da esquerda e que, por incoerência verbal e/ou por indecisão de ação conjunta, delegam ao incauto eleitor decidir a sorte desta “terra adorada” no jogo da democracia burguesa/burlesca, em escolher por compressora maioria os representantes das elites. [Infelizmente, há milhões de amorais manés-voto expressados na forma caricata do bobo da corte.] Libertemo-los todos que se liberta a pátria. Já que os pontos-chave da pauta nacional resumem-se ao tripé: reforma agrária includente, distribuição justa da riqueza e ética na condução do bem público. Ademais, democracia em nação alguma se sustenta sem um Judiciário íntegro e eficiente.Abaixo a comédia institucionalizada de bravateadores à custa da tragédia do povo! Neguem-se às artimanhas de bufões dos Três Poderes. Até quando mais isto? Outros 510 anos? Ou este país não é mesmo para ser levado a sério... Pelas cãs da oração! Concede-se o aparte àqueles/as que não se acovardam à causa social.
Julio Cesar de Castro.
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