quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
CASO CESARE BAPTISTI
A decisão do ex-presidente Lulla em relação a permanência do ex-terrorista Cesare Battisti no Brasil, evitando a sua devolução para a Itália, onde pagaria pelos crimes cometidos naquele país, pela forma como foi tomada, caracterizou-se como mais uma demonstração da irresponsabilidade com que ex-presidente costumava tratar assuntos sérios. Aliás, o uso do "jeito moleque" como comportamento frente às crises governamentais, foram a marca registrada de Lulla, a exemplo de quando teve seus "amiguinhos" flagrados comprando apoios de deputados, naquela "nojeira" conhecida como Escândalo do Mensalão, e o digníssimo presidente, para não ser envolvido nas falcatruas engendradas por alguns dos seus mais íntimos assessores, preferiu fazer papel de idiota, ao fingir que não sabia de nada, mesmo com a trama tendo sido "desenhada" em salas contíguas ao seu gabinete de trabalho. Desde aquela época, qualquer resquício de respeito que a figura de Lulla ainda impunha, esvaeceu-se de forma definitiva, deixando claro o quão falsa era aquela imagem de "presidente gente-boa", a quem Brizola, do alto da sua vasta experiência política, costuma chamar de "sapo barbudo". Tomara que o Brasil um dia aprenda a lição, e retome a consciência de que muitas vezes o sujeito de agradável convívio, que se caracteriza por ser piadista e "safo", pode até ser um bom companheiro para os momentos de lazer, quando a principal pauta é "jogar conversa fora", mas quase sempre, principalmente em termos de trabalho, será alguém inconfiável, com o qual teremos de ficar sempre "com um pé atrás".
Júlio Ferreira
Recife - PE
TELA:jean tengnagel
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