Ei, Everi Carrara, querido amigo e belo editor da coluna Telescópio, olhaí, em primeira mão,
alvíssaras sobre o novo livro "Quermesse", que acaba de vir a lume pela prestigiosa Topbooks.
Sim, desde já nas melhores e mais descoladas livrarias do país!
Espero que goste de saber.
Caso esteja pelo Rio em abril (dia 15), aguarde convite pra noite de autógrafos, regada
a leituras picantes (êpa!)...
Abração afetuoso do Back
Espero que goste de saber.
Caso esteja pelo Rio em abril (dia 15), aguarde convite pra noite de autógrafos, regada
a leituras picantes (êpa!)...
Abração afetuoso do Back
LANÇAMENTO TOPBOOKS
QUERMESSE: TODA POESIA ERÓTICA DE SYLVIO BACKCom prefácio do poeta e crítico literário Felipe Fortuna, que chama o autor de “poeta original”, a Topbooks está lançando Quermesse, a obra reunida de versos eróticos do cineasta e escritor Sylvio Back, um dos raros a investir nessa dicção incomum da lírica brasileira.Compilando seus livros anteriores – O caderno erótico de Sylvio Back (1986), A vinha do desejo (1994),boudoir (1999) e As mulheres gozam pelo ouvido (2007) – Quermesse abre com 55 poemas inéditos, e traz soberba fortuna crítica, com elogios que vão de Paulo Leminski, Décio Pignatari e Moacyr Scliar a Carlos Nejar, Marcelino Freire e Affonso Romano de Sant’Anna, entre outros.Precipícios do corpoNo encalço do reconhecimento de Manoel de Barros, um dos primeiros a ler seus poemas nos anos 1980, quando estreou, Back retorna em Quermesse com o mesmo torque explícito do verso desmetaforizado, justamente para discorrer “sobre os precipícios do corpo e as estripulias do ato sexual sem rebuços de linguagem ou disfarces temáticos”.E faz suas as palavras do premiado autor matogrossense – “A poesia empurece qualquer palavra; não há palavra impura para o poeta” – tanto quanto as do inglês W.H. Auden, epígrafe do livro: “Todas as palavras estão certas e são todas suas”.O poeta é castoAo descrever sua obra, Sylvio Back alinha-se aos cultores do poema fescenino (o humor e o vocabulário desbragados), que vem do Egito, da Grécia, da Roma antiga, e dos trovadores da Idade Média – além de vertente nobre da lírica europeia (dos séculos XVII ao XIX), oriental e africana, seja profana ou religiosa (“os melhores poemas religiosos estão repletos de erotismo”, segundo o americano Charles Simic) – para afirmar que, “sim, meus poemas são libidinosos, mas o poeta é casto!”Diz ele que o palavrão, as chamadas malas palabras em castelhano (a propósito, como assinala o filósofo Sérgio Paulo Rouanet), jamais perdem seu valor semântico ao longo do tempo: embora sancionadas – e muitas vezes até fora de contexto – no cinema, no teatro e na literatura, são proscritas da poesia.“Justamente por recorrer a um jargão cassado por sua crueza, comicidade e nonsense, pelo tônus licencioso e bestialógico dos versos – apesar de prática oral, de cordel e erudita de todos os povos civilizados – a poesia fescenina (termo associado à cidade etrusca de Fescênia) geralmente é censurada e censurável, quando não escamoteada aos leitores, mesmo nesses tempos de extrema permissividade e exposição sexual”, comenta Back. Em Quermesse, vaticina o autor, “retomo o DNA histórico do poema erótico como manifestação holística maior da língua”.Xangrilá ditosoO verso obsceno (ou seja, fora de cena) tem seu nascedouro ancorado na cultura popular, nas feiras, em praça pública. São sempre estrofes lúbricas, com forte registro circense e de crítica moral, que vêm desde os clássicos romanos Catulo, Ovídio e Marcial, passando pelas medievais “cantigas d’escárnio e de mal dizer”; pelo veneziano Aretino; pelo “Boca do Inferno” Gregório de Mattos; os portugueses Bocage, Fernando Pessoa e António Botto (autor do genial livro Bagos de Prata), e ainda os nossos Bernardo Guimarães e Oswald de Andrade; Paulo Vellozo, Jayme Santos Neves e Guilherme Santos Neves (autores do antológico Cantáridas), além de Manuel Bandeira e o Drummond de Amor Natural.Autor do texto de apresentação do livro, que intitulou de “Deflorais de Back”, o jornalista e escritor Roberto Muggiati sentencia: “Não existe tristeza na Utopia backiana, o gozo é eterno neste novo mundo amoroso, Xangrilá ditoso que une num jardim das delícias os países baixos e os cumes cerebrais. Um sexo sem tristeza e sem culpa, ao melhor estilo do nosso pai espiritual, Henry Miller, que já líamos imberbes nas noites frias da velha Curitiba”.SERVIÇOQuermesse, de Sylvio BackFormato: 16cm x 23cm280 páginas / R$ 43,90ISBN: 978-85-7475-227-3Capa: Adriana Moreno sobre desenho inédito de Géza Heller (Hungria, 1902 – Minas Gerais, 1992)Topbooks Editora e Distribuidora de Livros Ltda.Telefax: 2233.8718 / 2283.1039Também estamos no Facebook.O AUTORSylvio Back – cineasta, poeta, roteirista e escritor – é natural de Blumenau (SC), filho de imigrantes húngaro e alemã. Ex-jornalista e crítico de cinema, autodidata, se inicia na direção cinematográfica em 1962, tendo realizado e produzido até hoje 38 filmes, dos quais 12 longas-metragens: Lance Maior (1968), A Guerra dos Pelados (1971), Aleluia, Gretchen (1976), Revolução de 30 (1980), República Guarani (1982), Guerra do Brasil (1987), Rádio Auriverde (1991), Yndio do Brasil (1995), Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro (1999); Lost Zweig (2003); O Contestado – Restos Mortais (2010) e O Universo Graciliano (2013).Publicou 21 livros (poesia, contos, ensaios) e os argumentos/roteiros dos filmes Lance Maior, Aleluia, Gretchen, República Guarani, Sete Quedas, Vida e Sangue de Polaco, O Auto-Retrato de Bakun, Guerra do Brasil, Rádio Auriverde, Yndio do Brasil, Zweig: A Morte em Cena, Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro (tetralíngue), Lost Zweig (bilíngue) e A Guerra dos Pelados.Obra poética: O Caderno Erótico de Sylvio Back (Tipografia do Fundo de Ouro Preto, MG, 1986); Moedas de Luz (Max Limonad, SP, 1988); A Vinha do Desejo (Geração Editorial, SP, 1994); Yndio do Brasil /Poemas de Filme (Nonada, MG, 1995), boudoir (7Letras, RJ, 1999), Eurus (7Letras, RJ, 2004), Traduzir é poetar às avessas (Langston Hughes traduzido /Memorial da América Latina, SP, 2005), Eurus bilíngue (português-inglês/ Ibis Libris, RJ, 2006); kinopoems (Cronópios Pocket Books, SP, 2006) e As mulheres gozam pelo ouvido (Demônio Negro, SP, 2007).Com 76 láureas nacionais e internacionais, Back é um dos mais premiados cineastas do Brasil. Sua obra poética, em especial os livros de extrato erótico, coleciona vasta fortuna crítica. Em 2011, recebeu a insígnia de Oficial da Ordem do Rio Branco, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores, pelo conjunto de obra como cineasta e roteirista. Em 2012, foi eleito para o PEN Clube, tornando-se o primeiro cineasta brasileiro a integrar o prestigioso organismo internacional.FRASES SOBRE O AUTORSua poesia erótica é uma coisa singular dentro da poesia brasileira. (...) Você tem o controle total da linguagem para suas libidinagens verbais. (...) Você é um Aretino brasileiro, de nosso tempo.Affonso Romano de Sant’Anna(...) que um dos melhores cineastas brasileiros/descobrisse a poesia/numa curva dos anos 80/não era provável/mas era possível que essa poesia fosse/de um raro erótico explícito/mas não era provável que essa poesia fosse boa/era provavelmente possível/embora seja provável/que todo o impossível se possa (...).Paulo LeminskiSylvio Back, gostoso neopoeta, neopornô.Décio PignatariSão dele [Sylvio Back] alguns dos melhores poemas eróticos de nossa literatura.Marcelino FreireCarajooooooooooo, que libro a foder! Quedome comovidíssimo na companhia de chicas que comungaram tal edición e vida.Xico SáO teu "Caderno Erótico" realmente faz o leitor perder os cadernos: é, pela combinação de erotismo, humor, imaginação e senso estético na composição, uma obra surpreendente e que mostra teu talento multifacético.Moacyr ScliarÉs o Bocage moderno, só que com muito mais graça e senso de humor.Luiz Antonio de Assis BrasilAdmirável esse tipo de poesia que une o lírico ao erótico explícito. Impressiona que seja belo e tesudo numa mesma frase, num só momento.Maitê ProençaAcho que a poesia empurece qualquer palavra – desde que ela seja tratada por um poeta! E isso você faz, ó Sylvio Back.Manoel de BarrosMariangela FelixProdução - Topbooks Editora
Um comentário:
Sou, desde sempre, fã das obras do Sylvio Back: com certeza, também do novo. Abraços. Pedro.
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