segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

ROBERTO ROMANELLI MAIA






MINHA BRANCA DE NEVE


ROBERTO ROMANELLI MAIA

 
 


Em meus sonhos passaram
Cinderela, Rapunzel, Gata Borralheira, Sininho,
Branca de Neve, Alice,
e tantas outras personagens
de contos de fada.

Todas elas povoaram
a infância de um menino que saía
pelo mundo
à procura de um pote
de ouro,
onde começava o arco-íris.

Época em que eu acreditava
em Papai Noel,
nos anões, gnomos, duendes,
elfos e nas fadas
e bruxas,
praticantes do bem
e do mal.

Sim, em meus sonhos, todos
estavam presentes,
dentro de mim,
despertando a minha fantasia e imaginação.

Princesas e príncipes
com os seus beijos plenos
de uma magia transformadora.

Capazes de fazer reviver
até quem dormia
o sono eterno.

Sim, em meus sonhos feitiços nasciam
para serem lançados e quebrados.

Numa tela invisível que,
a minha frente,
me fazia viver cada uma destas histórias.

Fazendo-me delas participar.

Nunca me esqueço
dos dias
e das noites em que,
sob o encantamento
de Alice, no País das Maravilhas,
e de Branca de Neve,
eu esperava o momento certo para ouvir,
de minha mãe, como tudo acabava.

Sempre através de uma história com uma  mensagem
de alegria,
de felicidade e de amor.

Sim, doce ingenuidade
um pouco perdida
com o passar dos anos.

De uma vida
onde a pele
do meu corpo e de minha alma
foi curtida pela vida.

Por tudo que ela trouxe
de bom e de mau.

Mas onde, apesar
de meu dia- a -dia,
a minha Branca de Neve
e a minha Alice, continuam presentes
no meu país das maravilhas.

Que, no fundo,
é um país,
que só a mim pertence,
pois eu o criei em meu coração!

Para todas elas viverem, enquanto eu viver,
dentro de mim.

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