Medusa Adriana ManarelliViro o rosto para não ver
E divago_ No vago escuro espelho
Refletor desse abismo rubro.
Com o aço na carne branca
E circular e a palavra calada
E a estricnina na boca.
Esse estado pétreo
Me acompanha
E salva de mim mesma
Não estou livre
Desse beijo de Judas_
Meu aliado,
Meu carcereiro,
Meu último suspiro. (...)
Digo a mim mesma:
Você é o ínicio_
Abundante carícia
Despetalada,
Espinho na carne
Que dormia segura.
O ouvido, a boca ou o olho tem mais perigo?
Alerta com a boca que beija,
A voz que seduz,
O olho que petrifica.
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