segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CECÍLIA FIDELLI


Chove lá fora.
(Poema para Everi R. Carrara).

Chove lá fora.
Ele flerta, envolve-se.
E sem camisa nem nada,
dobra os joelhos
e põe as mãos na cintura dela,
insistindo que devem ficar,
porque chove lá fora.
Vulnerável ao encanto feminino,
rostinho de menino,
sente-se
completamente livre para amar.
Então o subordinado
dos mistérios da sedução,
agradece à sua fada madrinha,
porque chove lá fora.


Cecília Fidelli.

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