quarta-feira, 16 de novembro de 2011
CLOVIS CAMPELO
Imaginação - Clóvis Campêlo
Poema
Numa atitude de coragem,
atirei no presidente
(na vitrola, Bob Marley
atirava no xerife).
Neste sangrento cenário,
entre heróis e patifes,
as balas do imaginário
alimentavam meu rifle.
Como você mesmo sabe,
não sou malandro malvado
e, como Kid Morengueira,
hoje estou regenerado.
Porém, se a autoridade
declina do seu papel
de acabar com a impunidade,
mando-lhe pro beleléu.
E não tenho piedade
dessa gente sem moral
pois o povo brasileiro
merece um grande final.
Acordei sobressaltado,
findando a revolução
pois o combate travado
fora na imaginação.
Por Clóvis Campêlo
Recife, 1995
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Um comentário:
Grato, meu amigo.
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