É realmente desanimador ler jornal hoje em dia. É uma leitura estressante porque não se publicam notícias (será que não há?) para levantar a moral do cidadão. Só notícia ruim, péssimas... Temos agora a Pasadena II! E o tentáculo podre foi mais longe: ao Japão ("Diretoria da Petrobras omitiu riscos sobre negócio no Japão" - Folha de São Paulo, 6/5/2014). E os envolvidos são os mesmos: Gabrielli, Graça Foster e Cerveró, tendo por mentor o Luiz Inácio Lula da Silva. Além de outros não nominados na notícia, é claro. O nome da besteira é refinaria Nansei, em Okinawa, refinaria que somente se tornaria rentável com um investimento bilionário e, certamente, irrecuperável, de "ampliação e adaptação". E mais uma vez os "documentos internos" onde se analisou o "negócio" (bom para quem?) omitiram a realidade dos fatos, dentre os quais a impossibilidade de aumento da produção por força da legislação ambiental japonesa. Daí, ser esse também um mal negócio e um negócio mau. Ganância, no sentido de ambição desmedida, é o que denuncia a notícia: "A justificativa para comprar Nansei era 'expandir os negócios em mercados rentáveis no exterior', dado o 'expressivo crescimento do mercado asiático'" (sic). A resposta a mais essa infelicidade é a habitual já bastante conhecida: que a Petrobras "estava alinhada ao planejamento estratégico da época" (em 2008, dois anos depois da estratégia de Pasadena). Quousque tandem teremos de aguentar desastres tais? Desastres que vêm a lume em razão da existência do jornalismo investigativo. As eleições estão aí.
PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO - pedrover@matrix.com.br
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