sexta-feira, 13 de maio de 2011
ADRIANA MANARELLI
Alquimia
(Adriana Manarelli)
O sensorial se desdobra:
Eco pungente
Do coração
Que não se altera,
Bate-que-bate.
Visceral língua quente
Que despontada ao longe
É o núcleo
Da lua de cipreste
Cor de alfazema.
Coágulo de sangue
No rastro puro
De verbena e sândalo,
E penugem de prata,
E mãos de veludo:
Profundezas do essencial,
Pulsação vermelha do torvelinho aquecido,
Túnel de ouro azul.
Na ponte dos suspiros,
Orgulhosa de mim mesma,
Suspiro
Gratificada,
Sob esse amparo
Água flórida lápis-lazúli.
13/ 04/ 2011 - 22/ 04/2011 TELA: BRUEGHEL
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