segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ROBERTO ROMANELLI MAIA

VIDA E MORTE, UMA QUESTÃO
DE OPÇÃO E DECISÃO

ROBERTO ROMANELLI MAIA
ESCRITOR, JORNALISTA E POETA

Recebo muita correspondência de leitores, principalmente mulheres, que estão cansadas de viver e que falam em suicídio, de uma forma discreta e velada ou não.
Colocam-se, diante da vida e das pessoas, como se os seus problemas fossem insuperáveis.
Suas tristezas, decepções, amarguras, frustrações, seus sofrimentos, etc., não tivessem mais lugar em suas vidas e, portanto, o único caminho para evitá-las ou resolvê-las seria deixar de viver.
Escrevem que não mais acreditam nas pessoas, no amor, nos sentimentos em geral, e até na própria vida.
Que não possuem mais motivação nem interesse em continuar a viver.
Para estas amigas sempre busco mostrar que acima de respostas de auto ajuda, com um cunho religioso ou similar, tão comuns e fáceis de serem escritas e colocadas, o que penso, de fato, está bem acima de tudo isso.
Sim, eu vejo a vida como uma passagem e um caminho para algo maior.
Não para um paraíso mitológico onde anjos estarão a nossa espera e ao nosso lado permanecerão por toda a eternidade.
Mas este algo maior, para mim,  está ligado ao Universo.
A uma possibilidade de, nesta vida, a nossa presença se dar em um plano inicial.
Ciente que outros planos  existem e que este é apenas o mais inferior e o mais limitado.
Quando comparado aos demais que se sucedem.
Nada a ver com apenas com a ressurreição nem com a volta a Terra, assumindo outros corpos e identidades.
Como afirmo,  nada a ver com religião e sim com física pura.
Trata-se de entender que a possibilidade de existência de mundos dentro de mundos, de planos dentro de planos e de dimensões dentro de dimensões é, do ponto de vista científico, plausível e possível .
Sim, como ignorar que numa gota de água, por menor que seja, existe vida?
E que ela é apenas um plano ou um segmento de um plano maior!
Que, segundo  o que revela a moderna biologia e os estudos realizados sobre a Lua e Marte a vida, em ambas, teria existido em razão da existência de água.
Assim, como desconhecer, que diante das descobertas científicas a existência de outras dimensões, de outros planos e de outros mundos convivendo em nosso universo, em plena harmonia física, é plenamente cabível e provável.
E, por um momento, desligar-se das explicações religiosas que encontram a sua sustentação e base apenas na fé e nas distintas e cada vez mais distorcidas interpretações da Bíblia.
Não se deixando levar pelas errônea interpretação de falsos profetas, sobre a criação do Universo e do homem, que esquecem ou desconhecem, em causa própria, que o Velho Testamento, em sua parte fundamental, foi dirigido, incluso os Dez Mandamentos, apenas para Moisés e para os judeus, naquela época, e não para os demais povos e seres humanos.
Que o Novo Testamento, este sim, o de Cristo, em base a novos conceitos, foi dirigido para todos os povos e para todos os seres humanos.
Sim, como desconhecer que tantos apóiam a manutenção de suas vidas e as mantém tendo por base uma fé desprovida de sustentação real, pois que repleta de mentiras e de falsidades.
Que foram, século a século, sendo plantadas e implantadas para povos e civilizações por religiões e seitas que moldaram os livros sagrados a seu bem prazer.
Retirando deles tudo o que poderia ser obstáculo a crença maior, que abalasse os dogmas de interesse religioso, ou que causasse polêmica capaz de desviar os crentes do caminho desejado pela Igreja.
O caso do EVANGELHO DE MADALENA e de outros eliminados ou extirpado pelos Concílios convocados pelos Papas, centenas de anos após a morte de Cristo, demonstram e comprovam esta afirmação.
Sim, como acreditar que a simples crença numa religião, seja ela qual for, pode ser a razão maior para alguém viver ou se manter vivo?
Quando, a meu ver, a verdadeira razão, para que cada um de nós viva, não está presa a religiosidade mas ao próprio ato de viver!
A certeza que recebemos a vida, biologicamente, como um presente divino do Mestre dos Mestres.
E que, neste plano, se desejamos alcançar o próximo, temos o dever e a obrigação de viver.
Para fazer de nossa vida tudo que possa ser o melhor possível .
Tendo sempre, bem presente, diante de todos nós, que este melhor terá que, necessariamente, estar de acordo e ser compatível com o Melhor para todos nós Seres Humanos e para o Universo.
De fato, deve ficar bem claro, que o suicídio e a nulidade no existir não é a melhor opção nem nunca será para qualquer um de nós.
Nem para a humanidade, como um todo.
E erra quem foge da vida e quem acredita que os seus problemas, etc., acabarão com e através da morte.

3 comentários:

Maria Tomasia disse...

Parabéns poeta Romanelli por ter três textos seus nesse Blogger tão importante.
Tem que se dá valor a quem o tem e você é um poeta de grande valor no cenário da cultura brasileira.
Abraços,
Maria Tomasia

Marcia Portella disse...

Romanelli,três textos de um valor inestimável..É escritor,jornalista e poeta de talento indiscutível...Parabéns ao site Telescópio por ter entre seus colaboradores o nobre poeta...
Marcia

Regina disse...

Parabéns meu irmão! Lindos textos! Sucesso!!!
Bjs