VIDA
E MORTE, UMA QUESTÃO
DE
OPÇÃO E DECISÃO
ROBERTO
ROMANELLI MAIA
ESCRITOR,
JORNALISTA E POETA
Recebo
muita
correspondência de leitores, principalmente mulheres, que estão
cansadas
de viver e que falam em suicídio, de uma forma discreta e velada ou
não.
Colocam-se,
diante da vida e das pessoas, como se os seus problemas fossem
insuperáveis.
Suas
tristezas, decepções, amarguras, frustrações, seus sofrimentos,
etc.,
não tivessem mais lugar em suas vidas e, portanto, o único caminho
para
evitá-las ou resolvê-las seria deixar de
viver.
Escrevem
que
não mais acreditam nas pessoas, no amor, nos sentimentos em geral, e
até
na própria vida.
Que não
possuem mais motivação nem interesse em continuar a
viver.
Para
estas
amigas sempre busco mostrar que acima de respostas de auto ajuda,
com um
cunho religioso ou similar, tão comuns e fáceis de serem escritas e
colocadas, o que penso, de fato, está bem acima de tudo
isso.
Sim, eu
vejo
a vida como uma passagem e um caminho para algo maior.
Não para
um
paraíso mitológico onde anjos estarão a nossa espera e ao nosso lado
permanecerão por toda a
eternidade.
Mas este
algo maior, para mim, está
ligado ao Universo.
A uma
possibilidade de, nesta vida, a nossa presença se dar em um plano
inicial.
Ciente
que
outros planos existem e
que
este é apenas o mais inferior e o mais
limitado.
Quando
comparado aos demais que se
sucedem.
Nada a
ver
com apenas com a ressurreição nem com a volta a Terra, assumindo
outros
corpos e identidades.
Como
afirmo,
nada a ver com religião
e
sim com física pura.
Trata-se
de
entender que a possibilidade de existência de mundos dentro de
mundos,
de planos dentro de planos e de dimensões dentro de dimensões é, do
ponto de vista científico, plausível e possível .
Sim,
como
ignorar que numa gota de água, por menor que seja, existe vida?
E que
ela é
apenas um plano ou um segmento de um plano
maior!
Que,
segundo o que revela a
moderna biologia e os estudos realizados sobre a Lua e Marte a vida,
em
ambas, teria existido em razão da existência de
água.
Assim,
como
desconhecer, que diante das descobertas científicas a existência de
outras dimensões, de outros planos e de outros mundos convivendo em
nosso universo, em plena harmonia física, é plenamente cabível e
provável.
E, por
um
momento, desligar-se das explicações religiosas que encontram a sua
sustentação e base apenas na fé e nas distintas e cada vez mais
distorcidas interpretações da
Bíblia.
Não se
deixando levar pelas errônea interpretação de falsos profetas, sobre
a
criação do Universo e do homem, que esquecem ou desconhecem, em
causa
própria, que o Velho Testamento, em sua parte fundamental, foi
dirigido,
incluso os Dez Mandamentos, apenas para Moisés e para os judeus,
naquela
época, e não para os demais povos e seres humanos.
Que o
Novo
Testamento, este sim, o de Cristo, em base a novos conceitos, foi
dirigido para todos os povos e para todos os seres
humanos.
Sim,
como
desconhecer que tantos apóiam a manutenção de suas vidas e as mantém
tendo por base uma fé desprovida de sustentação real, pois que
repleta
de mentiras e de falsidades.
Que
foram,
século a século, sendo plantadas e implantadas para povos e
civilizações
por religiões e seitas que moldaram os livros sagrados a seu bem
prazer.
Retirando
deles tudo o que poderia ser obstáculo a crença maior, que abalasse
os
dogmas de interesse religioso, ou que causasse polêmica capaz de
desviar
os crentes do caminho desejado pela
Igreja.
O caso
do
EVANGELHO DE MADALENA e de outros eliminados ou extirpado pelos
Concílios convocados pelos Papas, centenas de anos após a morte de
Cristo, demonstram e comprovam esta afirmação.
Sim,
como
acreditar que a simples crença numa religião, seja ela qual for,
pode
ser a razão maior para alguém viver ou se manter
vivo?
Quando,
a
meu ver, a verdadeira razão, para que cada um de nós viva, não está
presa a religiosidade mas ao próprio ato de
viver!
A
certeza
que recebemos a vida, biologicamente, como um presente divino do
Mestre
dos Mestres.
E que,
neste
plano, se desejamos alcançar o próximo, temos o dever e a obrigação
de
viver.
Para
fazer
de nossa vida tudo que possa ser o melhor possível
.
Tendo
sempre, bem presente, diante de todos nós, que este melhor terá que,
necessariamente, estar de acordo e ser compatível com o Melhor para
todos nós Seres Humanos e para o
Universo.
De fato,
deve ficar bem claro, que o suicídio e a nulidade no existir não é a
melhor opção nem nunca será para qualquer um de nós.
Nem para
a
humanidade, como um todo.
E erra
quem
foge da vida e quem acredita que os seus problemas, etc., acabarão
com e
através da morte.
3 comentários:
Parabéns poeta Romanelli por ter três textos seus nesse Blogger tão importante.
Tem que se dá valor a quem o tem e você é um poeta de grande valor no cenário da cultura brasileira.
Abraços,
Maria Tomasia
Romanelli,três textos de um valor inestimável..É escritor,jornalista e poeta de talento indiscutível...Parabéns ao site Telescópio por ter entre seus colaboradores o nobre poeta...
Marcia
Parabéns meu irmão! Lindos textos! Sucesso!!!
Bjs
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