ETERNA SOLIDÃOO que eu tive na vida
Além da data esquecida,
Da dor no peito, contida,
E da perdida ilusão?
O que mantenho na mão,
Já na forma cadavérica,
Senão,
A luta sem trégua
Com os germes que a terra
Colocou em meu caixão?
Os meus feitos,
Foram em vão.
Meus defeitos,
Exaltados.
Não sou de Deus nem do Diabo.
Sou um louco condenado
A eterna solidão.
joão felinto
tela: basquiat
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