Aquarela
Da minha infância
retiro as fotografias da família
no luto diário,
os olhos invisíveis
condenando curiosidades,
o baú de preciosidades
(e traças devassas),
trancadas a cadeado,
os sonhos desenfreados,
a mística do susto,
os flagrantes,
evitados a custo,
e por fim retiro-me do porão
com tudo o que continha minha imaginação
delirante.
Fica a vida.
Que nem parecia importante.
Da minha infância
retiro as fotografias da família
no luto diário,
os olhos invisíveis
condenando curiosidades,
o baú de preciosidades
(e traças devassas),
trancadas a cadeado,
os sonhos desenfreados,
a mística do susto,
os flagrantes,
evitados a custo,
e por fim retiro-me do porão
com tudo o que continha minha imaginação
delirante.
Fica a vida.
Que nem parecia importante.
fonte:jornal de poesia
ilustração:salvador dalí
2 comentários:
Desde sempre, gosto muito dos textos da Leila. Esse, excelente. Abraços, Pedro.
Ler Leila é sempre um presente delicioso. Que bom poder reler "Aquarela" em seu espaço cultural, Everi!
Abraços
Márcia
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