segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
SILAS CORREA LEITE
A Rua Onde eu Nasci
Melhor eu nunca vi/Do que a rua onde eu nasci - Fado Português, Hermínia Silva
Ah Rua 24 de Outubro
De uma Itararé, de antigamente
Eu, guri, de peito rubro
Queria “brincar de viver” somente
Subir no abacateiro em meio a mandorovás
Bola de meia, de capotão, ou, chutar laranja
Entre bosques e quintais brincantes, tantos piás
... E a felicidade da inocência pura de canja
-A mãe no tanque de pedra lavando roupa pra fora
O pai no chão de estrelas do seu acordeão vermelho
Clarice a cantar em sua eternal ternura de aurora
E eu, no cavalo Maçarico a botar rédea, sela e relho...
Ah rua da cidade onde eu nasci
Lá na periferia cor-de-rosa da Vila São Vicente
Eu era curumim, piá, menino, guri
Dos belos tempos felizes de antigamente...
-O menino que um dia fui em Itararé, cresceu
Virou poeta – para carregar a infância consigo
Mas a rua mágica em que criança sonhou, viveu
É a alma da poesia que sempre levará de abrigo
Ah tempos de antigamente, da rua 24 de Outubro de Itararé
Eu era uma criança feliz e sabia que era porque já tinha
O peito enluado de guri a vender sorvete de groselha de-apé
... Peregrinando pelo encantário dessa Itararé inteirinha!
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Silas Correa Leite – Estância Boêmia de Santa das Artes, Cidade Poema
Poema da Série “Eram os Itarareenses Extraterrestres?”
E-mail: poesilas@terra.com.br/ TELA: rafael
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