terça-feira, 13 de setembro de 2011
YES
Magia musical que atravessa décadas
Banda foi precursora e das que mais incrementou
a música experimental e progressiva.
Por Pepe Chaves*
De Itaúna-MG
para Via Fanzine
Howe, Anderson, White, Squire e Wakeman.
SIM – Fundado em 1968 por Christian Squire e Jon Anderson, o grupo de rock progressivo inglês Yes, que atravessou décadas, tem seu lugar reservado na história da música mundana do Século 20. Diversas são as razões para tanto, mas podemos citar a priore, o timbre único e inimitável da voz de seu vocalista, Jon Anderson. O tom soprano de sua voz chega às mais altas dimensões da música terrena. Outras razões que credenciam o grupo Yes a um lugar ao sol na história da música contemporânea seria a versatilidade de seus músicos e o desprendimento de suas canções que, por vezes, duravam mais de 20 minutos cada uma.
O Yes era um grupo de jovens cabeludos do interior inglês nos anos 70, porém, altamente ousados em seus instrumentos e trazendo em suma, a versatilidade do jazz, transmutada no virtualismo dos músicos. O Yes era uma banda cuja imagem sempre foi associada ao pacifismo, às causas sociais, ao vegetarianismo, proteção aos animais e, enfim, a um mundo melhor e mais justo a todos.As apresentações da banda, das quais este escriba teve a felicidade de assistir a duas delas no Brasil (Rock in Rio, 1984 e BH, 1998) sempre deixavam o público em êxtase. O palco se tornava um cenário de magia para a voz única de Jon Anderson e o debulhamento literal do baixo de Squire, sob as batidas marcantes da batera de Alan e o lençol sonoro e irrequieto do teclado de Kaye ou Wakeman, flertando com as estripulias das guitarras de Howe, além de seus backings. O Yes, é uma banda ímpar, cuja mensagem sonora somente foi entendida por uma pequena parcela do público, mas muito bem entendida.
Primeiro Yes: Peter Banks, Tony Kaye, Chris Squire, Bill Bruford e Jon Anderson
Rick Wakeman era considerado a grande estrela do grupo, seu visual insólito, trajando uma capa furta-cor cintilante e seus cabelos longos e dourados remetia à semelhança dos mitológicos santinis, viajantes interplanetários narrados pela ufologia.Sob luzes e muito som, o mago das teclas musicais esbanjava virtualismo e contagiava a todos quando pegava seu keytar (teclado/guitarra) e se juntava ao resto da banda no palco.Howe, naturalmente se parece um duende e, em certas apresentações se vestia semelhante a tal. Um músico de formação erudita que juntou seu conhecimento à música pop e ao rock progressivo, arrancava aplausos e uivos em suas pequenas apresentações solo com o violão, durante o show do Yes. Esbanja técnica, precisão, velocidade e caras e bocas; creio se tratar do maior nome da guitarra pós-Hendrix. Anderson era uma espécie de “espírito cantor” que cruzava o palco a gesticular com sua voz angelical, alcançando tonalidades altíssimas. Geralmente usando figurino bem original, participava também como músico fazendo percussões e violão em determinadas canções. Squire esnobava em suas performances desprendidas e total domínio de seu instrumento: saltava, corria, sorria, dançava e ainda fazia backing vocal. White dava a marcação compulsiva em sua bateria precisa e mutante, qual coração pulsando do grupo.
SINUOSA HISTÓRIA - Diz a lenda que tudo começou quando, Jon Anderson e Chris Squire, vindos do interior da Inglaterra, eram colegas de trabalho num restaurante vegetariano em Londres. Conversando diariamente, descobriram algo em comum: eram fãs de música americana, sobretudo, Simon & Garfunkel. Começaram a ouvir músicas e trocar planos musicais e brevemente resolveram fundar uma banda, que passou por alguns outros nomes, até se chamar Yes. Nesta altura, resolveram que Jon Anderson seria o vocalista. O tecladista recrutado foi um amigo deles, Tony Kaye, que tocava muito bem, mas na verdade só entrou na banda porque era o único conhecido que possuía um teclado. Chris Squire resolveu tocar baixo, instrumento que dominou completamente em pouco tempo. Para a guitarra, convidaram outro amigo, Peter Banks, e na bateria um estudante de arquitetura, o desconcertante Bill Bruford.
Com esta formação, após assinarem um contrato com a Atlantic Records o Yes gravou seu álbum de estréia, intitulado apenas Yes (1968) e também o segundo, Time and a Word (1969). Começaram a fazer shows no interior da Inglaterra e logo estavam excursionando por toda a Europa, para mais tarde invadirem as paradas americanas, em meio às metamorfoses ocorrendo dentro da banda, remontando distintas formações ao longo de sua história.
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