Quem é o objeto indireto?
Quem se lembra das aulas de português vai se lembrar do verbo
transitivo direto e indireto: quem recebe, recebe “alguma coisa” “ de
alguém”. Essa frase de Marco Aurelio Mello, além de trazer boas
lembranças da escola ( muita gente vai achar o contrário!), traz também a
boa expectativa de que desta vez, em havendo crimes, haverá finalmente
criminosos – nomes, mãos, rostos. De quem os parlamentares envolvidos no
processo do mensalão receberam o dinheiro que já foi reconhecido como
público? Eis a questão! E, num alento ao povo brasileiro, vem a
ministra Cármen Lúcia firmar sua crença na existência de políticos
corretos, dizendo esperar que o jovem não desacredite da política. E eu
acrescento, com a máxima vênia, aludindo ao mesmo desejo, que para que
isto ocorra é necessário que a Justiça seja feita, pois um país onde não
há justiça é sempre e inevitavelmente um país de bandidos. E somente a
Justiça em seu mais puro, belo e legítimo exercício pode dar ou
devolver essa crença aos jovens. Srs. ministros do STF, muito se tem
feito nos últimos dias para desqualificá-los ou intimidá-los. Porém, a
postura de Vossas Excelências em sua maioria permanece irretocável,
irrepreensível, numa ação constante dentro dos autos, das leis, da
competência, sem heterodoxias como alguns querem fazer crer. Tenho
certeza de que os jovens, hoje, estão reformulando suas convicções. É o
futuro se iluminando para todos os brasileiros?
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