SEM CLARIDADE, NEM
ESCURIDÃO
Roberto
Romanelli Maia
Escritor, Jornalista e Poeta
Iludem-se os que buscam razões, justificativas e
explicações
para seus momentos de tristeza, solidão, amargura,
decepção, sofrimento e depressão.
A verdadeira sabedoria adquirida por poucos,
durante nossa curta vida na
Terra,
ensina-nos que muitos dos que vivem atrás de desculpas
e de mil motivações para tudo, não corrigem seus erros,
falhas e deficiências.
Não reconhecem que antes de ver a claridade ou a
escuridão,
que toma conta de muitos momentos da sua
vida,
terão que criar a própria luz
interior.
Uma luz que seja bastante forte,
para iluminar
de
fato
suas opções, ações, atitudes e decisões de
vida.
Sim, não basta uma luz qualquer!
Uma luz meramente de caráter e de ordem
física.
Somente a luz que advem da fé num Ser
Superior
é aquela que conta e que representa
uma real mudança, para melhor, em
nossa vida.
Prender-se a uma mera e insignificante visão humana e terrena
da claridade ou da escuridão, que é visualizada por
tantos,
não nos conduz a lugar algum.
Elas são apenas palavras vazias e ocas, ao sabor do vento,
levadas facilmente, quando diante
da
Realidade
desapercebida pela maioria.
Platão, na sua" Republica, no Mito da Caverna", 2500 anos
atrás,
afirmava com propriedade que
o
homem se deixa levar
por aparências e pelo que “consegue ver”,
esquecendo-se de que aquilo que vislumbra
é apenas parte ínfima e
diminuta
de uma falsa
realidade.
A verdadeira Realidade, essa não pode ser captada
através dos sentidos comuns e convencionais do ser
humano.
Essa Realidade transcende a matéria e as regras
humanas,
concebidas para manipular, controlar, e desviar cada um,
de chegar até Ela e de A conhecer, em essência e profundidade.
Convém sempre lembrar que um dia Jesus
afirmou,
para todos os que presenciavam seu martírio e
calvário:
"Perdoai-os, meu Pai; eles não sabem o que
fazem!"
Dois mil anos mais tarde, o Homem nada aprendeu.
Nem com a História, nem com
Jesus!
Continua empregando as palavras
para
criar mentiras, ilusões,
falsidades
e mistificações, com o beneplácito e a concordância
de uma plateia
que, infelizmente, compreende bilhões de seres
que se julgam humanos, coisa que não são!
Nasceram,
mas não vivem,
nem
pensam, nem
sentem,
nem amam,
pois
desconhecem em seu mundo
o que é ou não o Real.
O que é, efetivamente, a Verdade.
Não, qualquer verdade.
Mas aquela em que ele faz parte de um Universo
que compreende trilhões de planetas,
bilhões deles habitados e com vida realmente
pensante.
Nesse Universo, não será a claridade que combaterá a
escuridão
mas a
consciência de que realmente o ser
humano
vive, é, pensa, sente e ama
seus parceiros e companheiros de
Universo.