sábado, 29 de dezembro de 2012

SUPER IMPERATRIZ VÔLEI






Super Imperatriz Vôlei busca terceira vitória seguida
O Super Imperatriz Vôlei entra em quadra neste sábado (29/12), às 16h30, para enfrentar o calor do verão e a equipe do SESI/SP no ginásio do Capoeirão, em Florianópolis/SC, em partida válida pela 9ª rodada da Superliga Masculina de Vôlei 2012/2013. O time catarinense busca a sua terceira vitória consecutiva e pode terminar a rodada na zona de classificação para os playoffs.

Para o técnico Douglas Chiarotti o mais importante é manter a consistência dos fundamentos durante toda a partida. “Temos tido ótimas apresentações durante um set e outro, mas oscilamos em determinados momentos dos jogos e isso permitiu a reação dos adversários. Para este jogo, contra um time que tem ótimos jogadores em todas as posições, precisamos ser constantes com bom ritmo de jogo do inicio ao fim”, avalia Douglas.

O técnico prevê o calor registrado nos últimos dias no litoral de Santa Catarina, aliado ao horário do jogo, como mais um adversário. “Além da equipe do SESI que é considerada uma das favoritas da competição, provavelmente também teremos a temperatura alta dos últimos dias que deve tornar o ritmo de jogo mais lento por causa das paradas para secar o piso molhado pelo suor dos jogadores”, afirma Douglas.

Com exceção do levantador Bernardo que sofreu uma torção no pé esquerdo durante os treinos e deve retornar somente em janeiro, o técnico terá todos os jogadores do elenco à disposição para escalar. “Vou definir o time que entra em quadra somente após o último treino”, declarou. O adversário que teve alguns jogadores lesionados no início da competição deve vir à Santa Catarina com o time completo, entre eles Murilo Endres (ponteiro), Lorena (oposto), Serginho (líbero) e Eder (central), atleta que conquisto quatro títulos nacionais com a equipe de Florianópolis/SC.

Segundo o oposto Rafa as duas vitórias consecutivas demonstram o bom momento da equipe do Super Imperatriz Vôlei. “Já tínhamos feitos bons jogos antes, mas não havíamos conquistado vitórias seguidas. Acho que conseguimos encontrar o nosso ritmo de jogo e as melhoras a cada partida tem demonstrado isso. O SESI é uma equipe de muita qualidade e todos os jogadores têm potencial para forçar o saque, uma arma bastante forte deles. Espero que a gente consiga manter a mesma postura dos dois últimos jogos e neutralizar tanto o saque como os outros fundamentos também”, declarou Rafa.

Os ingressos para o jogo deste sábado (29/12) serão vendidos na bilheteria do ginásio Capoeirão uma hora antes do início da partida a R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia) para estudantes.

SUPER IMPERATRIZ VÔLEI
Assessoria de Imprensa
Marcilênio Arruda
48 9645.5858
Facebook: Super Imperatriz Vôlei
Twitter: @imperatrizvolei

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CARLOS VEREZA




segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A ILHA DA FANTASIA!


Gostaria de desejar Feliz Natal e próspero Ano Novo, mas estaria mentindo. Vivemos uma mascarada, com um país anestesiado por um dos mais covardes marketings, sem projeto que dê à população alguma esperança de uma nação realmente de todos os brasileiro, e, não, de uma quadrilha travestida de partido politico, que tem como objetivo, a perpetuação no poder!

A recessão, a continuar esta "politica econômica", será inevitável; vide o ridiculo Pib deste ano, e a inflação que se acentua, resultado do abandono da herança bendita de FHC, e ações pontuais para incentivar o consumo, com uma demanda que não tem como suprir o mercado interno!

Os escândalos, mais que comprovados, praticados pelo PT, não conseguem mobilizar o povo iludidos por volumosas e milionárias propagandas, "anunciando obras" que não saem do papel!

A transposição do Rio São Francisco abandonada, a Usina de Belo Monte, superfaturada e agredindo o  meio ambiente, as obras para a Copa e os jogos Olimpicos, espertamente ralentadas, serão executadas à "toque de caixa", com os previstos "aditamentos..."

Ainda assim, tivemos um STF atuando com dignidade, mesmo com dois ou três juizes petistas, sem o minimo pudor, na contramão de um valoroso Joaquim Barbosa que surge como um defensor da tão procurada e maltratada cidadania e ética brasileiras!                Carlos Vereza.
BLOG do  carlos vereza

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

RUBENS SHIRASSU JÚNIOR






Boa tarde, estimado Everi,


Dedicamos à você e seus familiares um simples poema com a chama de união, de fraternidade, o verdadeiro espírito de Natal e, o brilho intenso da estrela com a esperança do Ano Novo.
Rubens Shirassu Júnior e família
Kami & Quase Haicai 54
Brilha uma estrela
tão alta preenchendo a casa
com sua companhia na sala,
iluminando a sombra
funda o mistério da curiosidade,
para dar uma esperança
que conforta pela distância,
os olhos rubros da alma
dormem cheios de rubis.
Rubens Shirassu Júnior
( Associação Prudentina de Escritores
e Academia Venceslauense de Letras )

LIVRO DE CLEVANE PESSOA







RELEASE  DE CENTAURA

Centaura
 é um livro em papel reciclado, com capa de Alessandro Pessoa (Allez Pessoa), baixista da banda Tancredos, filho da autora, Clevane Pessoa.A editoria é de Sandra Veroneze, da editora Pragmatha -Porto Alegre, RS, que escreve uma das orelhas  ("Clevane faz poesia como quem joga pétalas ao vento(...) também faz poesia como quem desembainha a espada", acentua ).O físico, poeta e contista Marco Aurélio Lisboa, responde pela outra  ("Nordestina  morando em Minas,tem a fibra do algodão de Seridó, famosa por sua excelência. Quemj a conhece de perto, sabe de sua coragem para enfrentar a adversidade e de sua tenacidade na luta pelas causas mais justas", observa Marco Aurélio).. O prefácio é de Dimythryus, poeta paulistano premiado no Brasil e no Exterior, que conclui:"O leitor terá a sensação de estar entrando numa cela onde o medo e a insegurança humana parecem revelar-se em poemas que se revelam numa espécie de diário.Uma vez aberta a porta, por favor, não se esqueça de fechá-la (...)."Jaak Bosmans, apresenta  livro e Clevane Pessoa"Poesia de tanta solidão,percorre alegre seus dias nos símbolos mágicos da Psique e nos reflete sua "pessoa" como Clevane, de uma sempre paz além do que possa ser contrário de qualquer guerra"(...).
Na contracapa, o prolífero escritor Thiago de Menezes faz um levantamento histórico de suas vidas, lembrando amigas comuns, quais a pintora Sinhá D'Amora  , e Odette Coppos, poeta, historiadora e ensaísta, que dirigiu museus e cujo titulo está na terra dele, Itapira, SP.Clevane manteve correspondência com ambas no tempo em que militou na imprensa  de Juiz de Fora, na Gazeta Comercial.Thiago de Menezes diz:"Gosto particularmente deste título (Centaura), porque acho fascinante a riqueza de simbolismo contida no personagem que representa o centauro imortal sábio, músico, profeta, médico e professor de mitologia grega"(...)E continua:"Clevane, poetisa centaura, representa a união de várias forças  em sua escrita: a razão, o instinto, a espiritualidade, , a busca da imortalidade, as dualidades humanas"(...)
Em CENTAURA- o primeiro de uma trilogia- Clevane Pessoa  transita com liberdade e saber, por vários gêneros poéticos.E sobre a Centaura, de forma lancinante, a condição de sua protagonista

"Em volta dela, uma aura verde
mostra mil anos 
de solidão"

Soel de Araújo  

TATIANA VALADARES GONÇALVES



Massacre de Conneticut, depoimento de uma brasileira que mora nos Estados Unidos e tem um filho na escola.

Tatiana Valadares Gonçalves
Sarasota, FL - USA
 Uma coisa que me chateou bastante ontem, foi que diante a notícia tão triste do massacre das crianças em Connecticut, ao invés de meditar, parar o coração um momento para pensar e mentalizar algo bom para quem sofria com a tragédia, muita gente do meu círculo de amizades resolveu bombardear minha caixa de mensagens, inclusive me telefonar, com comentários inúteis a sobre os EUA, a segurança, o povo, etc.
Registro aqui minha decepção com cada um que se achou no direito de julgar e generalizar o fato.
Agora me espanta que isso tenha vindo de brasileiros, o Brasil é um país tão seguro e organizado, né !
Eu fui obrigada a escutar que os americanos são todos doentes mentais, que aqui é uma fábrica de malucos e o que estou fazendo aqui num lugar que não tem segurança. Sabe qual é a diferença entre isso aqui  e o que os brasileiros têm ai ? Ordem.
Aqui tem muito maluco sim, tanto quanto aí, só que aqui o maluco se suicida depois da cagada, por que ele sabe que a JUSTIÇA será feita. Ele sabe o lhe espera. No Brasil, a gente sabe o que acontece com o maluco. Nada!
Daqui 7 anos no máximo, dois malucos que jogaram a filha de 5 anos pela janela estarão fazendo compras no Shopping Center Norte. Sabe quando isso aconteceria aqui? Nunca. Daqui 5 anos, a maluca Ritchtofen estará passeando no Parque do Ibirapuera com o cachorro e tirando fotos no Instagram.
Doentes mentais, revoltados, loucos e psicopatas não existem somente aqui ou aí no Brasil, eles estão no mundo, não há como evitá-los. Mas eu prefiro viver em um lugar onde existe um simples diferença – Cumprimento da Lei.
Por isso me espanta tanto a reação de alguns brasileiros; filhos coniventes de um país que elege ladrões, sai na rua pelado no carnaval cantando a própria desgraça e termina tudo em pizza.
Sabe qual é o GRANDE problema do Brasil? O povo só olha pra fora. Quantas vezes ouvi piadas que americano não conhece o mapa e não sabe diferença entre Brasil e Argentina. Palmas para eles ! Por que perdem o tempo deles conhecendo detalhadamente o seu próprio mapa. Quando eles sentam no assento do metrô, no fim do dia para ir para casa, estão lendo noticias internas e se preocupando em fazer algo pela escola do seu bairro. O brasileiro não lê no metrô, também não senta, porque vive uma realidade miserável de falta de tudo, falta espaço, falta trem, falta ônibus, falta asfalto e sobra assunto descartável. Vai todo mundo no estilo sardinha em lata falando da novela das 8. Ou da tragédia do país alheio.
Todo mundo feliz por que ganhou o 13º salario, vão torrar tudo no mesmo dia comprando coisas caríssimas, pagando um imposto gigante, para se exibir para a vizinha no elevador.
Natal ? Ah, no Natal o brasileiro gosta muito dos americanos, por que os copia em tudo! Isso é ridículo! Arranque esse monte de roupa do Papai Noel, por que NÃO vai nevar no Tocantins.
E os EUA que não têm segurança e nada, lá só se come hamburguer e pizza, mas vamos lá pra Miami fazer as compras de Natal !!! Nessa hora todo mundo ama o bando de malucos daqui. Assim é o Natal Brasileiro, todo mundo comprando em 5 vezes no cartão, que nem louco algo  que NÃO precisa e nem pode pagar. Na noite do Natal está todo mundo louco para passar logo a meia noite, largar a família pra trás e pegar a primeira estrada com trânsito infernal para ter 4 dias de sossego em algum lugar tão perigoso quanto o próprio bairro  (seja qual for) . Aqui, a gente escuta musica de Natal dezembro inteiro, no carro, em casa... aqui a gente ainda manda cartões pelo correio. Aqui a gente leva o filho para tirar foto com Papai Noel, de graça. Fazemos listas de tudo que devemos agradecer no ano. Repetimos a frase Feliz Natal 30 vezes por dia, para o caixa do super mercado, para o cara do correio, para o vizinho, no trânsito para a pessoa do carro ao lado. Aqui se acende uma vela na janela durante 25 dias para lembrar aqueles que partiram e não estarão conosco neste Natal. A gente come cereal como forma de agradecer a colheita do ano todo. O nosso Papai Noel está vestido adequadamente para a estação. Ou seja, aqui se vive com o que se tem e o que se é. No Brasil se vive com o que os OUTROS têm.
Estou tão chateada assim, porque nunca ouvi uma piada sequer de americano algum com relação ao Brasil. Muito pelo contrario, mesmo lendo notícias ruins daí, nunca alguém aqui se atreveu a fazer qualquer tipo de comentário que não fosse um elogio ao meu país. E o interessante é que grande parte de quem faz as piadas contra americanos, NUNCA colocou os pés aqui. Pior, julgam algo sem conhecer, que atitude ignorante!
Portanto, quando quiserem apontar o dedo , apontem mas não na minha frente, pois se vc tem o direito de expressar sua opinião a respeito do que bem entender, eu tenho o direito de me sentir ofendida e expressar a minha opinião sobre você. Eu sou Brasileira com letra maiúscula, mas a minha ‘Casa’ é aqui e o meu coração por opção está aqui e não vou me permitir mais escutar tais ofensas. Tenho orgulho de viver e criar meu filho em uma fabrica de possíveis malucos, ao invés de criá-lo dentro da certeza de habitar uma fabrica de corruptos, vagabundos e cegos por opção.
Tatiana Valadares Gonçalves
Sarasota, FL - USA/ TELA: claude verdine

NEIL FERREIRA








Papai Noel Celso de Mello existe
Neil eu acredito Ferreira

Já escrevi tudo o que seria capaz sobre o Joaquinzão Maravilha. Ele sabe tanto e mais um pouco do que o mais sábio de todos, tudo o que é necessário saber sobre o que um Ministro do STF é: Guardião da Constituição.
Ignorante, sei que todos os Ministros sabem. Desconfiado, sei que a Camarilha dos Quatro sabe mas finge que não sabe. A Camarilha é, segundo eu mesmo, Melandowski, Dias Toffoli, Weber e Carmem Lúcia.
“Camarilha” aqui está no sentido de “Quadrilha”, mas não tenho coragem de  chamar a Quadrilha  de “Quadrilha”; não a  um grupo eminente  de Eminências Eminentíssimas. Não o chamarei  de “Quadrilha” e  convoco você como testemunha da defesa, no caso do pior acontecer.
Joaquinzão Maravilha tem jeitão de povão. Tomo emprestadas as metáforas futebolísticas do nosso Principal Cronista Esportivo, premiado sem concorrentes  com todos os Prêmios Honoris Causa Magna Cum Laude do Rádio e da TV.
 Qual Lúcio dos velhos e bons tempos, não pipoca, entra em todas as divididas, não tira o pé venha o que vier, ganhou todas  do Melandowski, que deu voadoras por trás e nunca levou nem cartão amarelo.
Quando possível, , marrento qual Cristiano Ronaldo, ainda marcava um gol de fora da área, de falta ou de sem-pulo, com a galera embevecida e gooolll !!!!
Celso de Mello, refinado qual Messi, sem marra,  só na finesse  inigualável, Tri Melhor do Mundo, se houver Justiça na face da Terra  como sabemos que agora há no Brasil, será Tetra, se já não for.
Dribla macio porém implacável  em direção ao gol, tira dois, três, quatro da frente, dá aulas e os adversários fazem fila pra trocar a camisa com ele  e pedir autógrafo.
A Camarilha se enfia num buraco pra se esconder. No gol do desempate, ao marcar 5 x 4 pra nós, marcou de letra mas não de surpresa. E cada letra ! Vejamos algumas.
(Lição para o País inteiro): “Um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito,  é a subordinação à coisa transitada em julgado, irrecorrível. Foi a Constituinte que atribuiu esse papel ao Supremo. Não aceitá-lo significa agredir a própria Democracia.
(Lição aos chicaneiros que ameaçam Melandowskiar o Estado Democrático de Direito): “Aqueles que decidem não cumprir as decisões do Supremo  expõem-se à responsabilização penal”. Em português corrente falado no Brasil: dá mais cana,ó  dirceuzada.
Mas o grande gol, voto nele para “O Mais Bonito Gol de Todos  os Tempor Até Hoje”,  porque contém a descrição dos nossos  mais caros valores, este DC publicou um trecho da jogada na capa inteira, peço licença para fazer aqui um modesto replay, em homenagem a mim e a você, vale o bis, vale pendurar na parede, eu pendurei.  
Papai Noel existe, obrigado por existir e jogar no nosso time, Ministro Celso de Mello. Disse ele:
“Se impõe a todos os cidadãos desta República um dever muito claro: o de que o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe nem admite o poder que se deixa corromper. Este processo criminal (AP 470) revela a face sombria daqueles que , no controle do aparelho do Estado, transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária e desonesta do poder, como se o exercício das instituições da República pudesse ser degradado a uma função de mera satisfação instrumental de interesses governamentais ou de desígnios pessoais. Trata-se uma quadrilha de  bandoleiros de estrada (...) de verdadeiros assaltantes dos cofres públicos. Devem ser condenados e punidos com o peso e o rigor das leis desta República, porque esses vergonhosos atos , que afetam o cidadão comum, privando-o de serviços essenciais, colocando-o à margem da vida, esses atos significam uma tentativa moral e ilícita de manipular criminosamente, à margem do sistema funcional, o processo democrático comprometendo-o”. Falou e disse. É a Nova Proclamação da República.

PS 1:  Minha imensa tristeza por mais um massacre nos USA. Darwin se enganou, o que temos é  involução: não há registro de macaco ancestral  que tenha praticado mal semelhante aos seus semelhantes.  No Brasil, há 50 mil homicídios  por ano, um genocídio. 20 crianças assassinadas,  são um genocídio. Uma única morte violenta é um genocídio.
PS 2: A lorota que é o Congresso Nacional votar em uma sessão os 3 mil vetos da “Estela minha companheira de armas” (companheira do Dirceu O Inocente Injustiçado, sabe-se). Não se sabe em quantas horas-extras ela vetou tanta coisa. Sei que os vetos não serão votados em uma única sessão. Pode rir, não é piada.
3.) "Procurador Geral da República pede a prisão imediata dos mensaleiros condenados", dizem os jornais. "É anticonstitucional", dizem os advogados de defesa. Digo eu: Cito o Nobre Jurisconsulto, Doutor Honoris Causa pela Universidade Livre das Areias de Ipanema, Neném Prancha: "Quem se desloca recebe, quem pede tem preferência. Cito também Pep Guardiola, da Universidade de Barcelona: "Treino é jogo; jogo é guerra".

Agora dá pra desejar Feliz Natal e bom Ano Novo

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

LEILA MÍCCOLIS








Leila Míccolis


Aquarela


Da minha infância
retiro as fotografias da família
no luto diário,
os olhos invisíveis
condenando curiosidades,
o baú de preciosidades
(e traças devassas),
trancadas a cadeado,
os sonhos desenfreados,
a mística do susto,
os flagrantes,
evitados a custo,
e por fim retiro-me do porão
com tudo o que continha minha imaginação
delirante.
Fica a vida.
Que nem parecia importante. 

fonte:jornal de poesia
ilustração:salvador dalí

DOCUMENTÁRIO DE SYLVIO BACK








SYLVIO BACK | CINEASTA, POETA E DIRETOR DE 38 FILMES, ENTRE ELES O CONTESTADO - RESTOS MORTAIS
História, memória, pretérito, pra que te quero? No entanto, há que se exigir “luz, mais luz!”, como balbuciou Goethe (1749-1832) no leito de morte. Sim, os insólitos e decisivos episódios de um dos mais desfrutáveis contornos anímicos do País - inaudita mescla de civilização e barbárie nos cafundós de Santa Catarina e do Paraná - permanecem soterrados a sete palmos pela tortuosamente amnésica História do Brasil. Quando não, enovelados por uma absoluta indiferença e assaz suspeita omissão.
Contestado: reproduçao de foto do arquivo do exército do Rio de Janeiro - Celso Junior/Estadão
Celso Junior/Estadão
Contestado: reproduçao de foto do arquivo do exército do Rio de Janeiro
A Guerra do Contestado (1912-1916), o maior levante bélico no campo brasileiro do século 20, verdadeira guerra civil nos sertões sulistas, em plena efeméride de seu centenário, vem se transformando em um zumbi do nosso passado recente. Suas perturbadoras vísceras morais, míticas, políticas e ideológicas, que continuam a nos assombrar, estão a exigir exorcização que a catapulte à pertinência e à atualidade.
A 20 de outubro de 1916, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sob a égide do presidente da República, Venceslau Brás, o presidente de Santa Catarina, Felipe Schmidt, e Afonso Camargo, presidente do Paraná, “... inspirados no amor à paz...”, firmaram pacto que, aparentemente, selou o fim das sangrentas hostilidades nas e entre as então províncias (Estados) vizinhas.
Era uma paz enganosa, porque nos dois anos subsequentes, por meio das chamadas “varreduras”, sob o comando do então capitão “Rosinha” (José Vieira da Rosa, 1869-1957), da Polícia Militar de Santa Catarina, perpetrou-se um autêntico genocídio, com a perseguição e matança de centenas de rebeldes e caboclos indefesos. Nessas varreduras, oficialmente conhecidas no meio militar como “raides proveitosos” (sic), não havia diálogo entre o caçador e o caçado, apenas o matraquear do tiroteio, o pavor de velhos inermes e o choro de mulheres e crianças. Massacres do tipo do “My Lai” vietnamita (1968), avant la lettre.
Nestes seus cem anos, não se espantem, a Guerra do Contestado debate-se, misteriosa e sintomaticamente, imersa no mais inacreditável esquecimento factual e investigativo, que, aliás, sempre lhe maculou a imagem e o reconhecimento de várias gerações de historiadores. O que, afinal, não é nenhuma novidade.
Essa omissão e descaso ativos nada mais são do que um genérico regional (leia-se, provinciano) com que nossa historiografia, quase toda ela de extrato acadêmico, com as exceções de praxe, imprime seu enfoque unívoco, e ideologicamente (à direita e à esquerda) chamuscado, sobre um passado que lhe é estranho, ainda que entranhado. Daí o Contestado ter-se transformado num autêntico buraco negro da História do Brasil!
Quase sempre, a pegada desses escribas de plantão é o achatamento e a desqualificação da Guerra do Contestado. Quando não, utilizam-na como caricatura ideológica que faça coro com um seu ideário de toque político raso e radical, tentando, a todo custo, ancorá-la em qualquer agito similar que surja no campo. Ou, então, ignorar sua estatura geopolítica e prevalência na fecundação do moderno capitalismo no Brasil, para obliterar seu complexo substrato ideológico-institucional em plena neo-república.
E, ainda, para subestimar ou superestimar o amálgama místico-religioso (o “espírito de irmandade”, a submissão voluntária e a autoridade castrense que vigiam dentro dos redutos), ou para edulcorar os flagrantes de delinquência e ilícitos de nítido caráter terrorista que marcaram a ferro e fogo milhares de viventes e incontáveis interesses locais, nacionais e internacionais.
Ali, no Contestado, ao sul e a oeste das então fluídicas fronteiras entre Santa Catarina e Paraná, deu-se um embate fratricida de quatro anos; ali, em torno de 7 mil homens, um terço do efetivo do Exército brasileiro, promoveu um morticínio exemplar e único no século 20, sob o comando do general Setembrino de Carvalho (1861-1947), coautor da tragédia de Vaza-Barris havia menos de duas décadas. E, onde, entre mortos e feridos, como em Canudos, se revezavam na brutalidade, espelhando-se mutuamente na sangueira e na insensatez, cada um empunhando a “sua” bandeira da verdade secular e de transcendência messiânica.
Incontornável: no Contestado matou-se à bala, à baioneta e na degola, e tombaram de fome, doençaria e perdição, entre soldados, caboclos e fanáticos, mais de 20 mil pretos, cafuzos, bugres e índios aculturados, imigrantes europeus (poloneses, alemães, ucranianos, rutenos), retirantes e trânsfugas de todos os grotões miseráveis do País. Hoje, centenas de cruzeiros sem nome e data, às vezes emoldurados com fitas coloridas, à sombra dos verdejantes pinheirais remanescentes e das sombrias florestas de Pinus elliottii do planalto catarinense, ainda clamam por justiça e reparação histórica.
No Contestado, a refrega teve inequívocos lances separatistas. Talvez resida aí uma das razões pelas quais se teme tanto mexer e rever o conflito na sua integridade holística, denunciando executantes e mandantes, desencavando valas crematórias, lápides e necrológios. A caudilhesca Revolução Farroupilha (1835-1845), que deu na breve “República Piratini”, era explicitamente autonomista, uma macabra antevisão sesquicentenária do dístico “o Sul é o meu país” - ao contrário do Contestado, onde essa vocação nunca foi coletiva, nem havia unanimidade política quanto a uma possível secessão, e muito menos representou o insumo para a longevidade da desgraceira.
Mesmo que chefetes, ex-lideranças de Gumercindo Saraiva, um dos comandantes da malograda, também separatista, Revolução Federalista (1893-1895), chegassem a propor, em 1914, a criação de um Estado autocrático batizado de “Monarquia Sul Brasileira”, que incorporaria tanto o Paraná como o Rio Grande do Sul, estendendo-se ao Rio de Janeiro. Na “Carta Magna”, que deixa escapar laivos republicanos, além de uma inusitada liberdade de voto, culto e de opinião, sonhava-se até com a criação de um Ministério da Marinha e a anexação da Banda Oriental do Uruguai, “antiga Província Cisplatina”...
Não raro o Contestado é associado à Guerra de Canudos (1896-1897), sendo inclusive chamado, equivocadamente, de “Canudos do Sul”, e faz mesmo algum sentido semântico, pois já nas primeiras notícias de ajuntamentos messiânicos na região, no início do século 20, a expressão veio a lume na mídia. No entanto, o Contestado diferencia-se de Canudos menos pela sua origem igualmente milenarista, como é reconhecido esse surto religioso de deserdados que agem em uníssono almejando uma suposta redenção moral de mil anos.
Tudo atiçado pelo verbo, ora incandescente ora melífluo, de um “messias”, com subtexto cristão revanchista e de restauro de um idílico tempo de benesses e bem-estar geral e perene. Esse “salvador” de homens e almas tanto pode ser um Antônio Conselheiro como os dois “padroeiros” do Contestado, os “sãos” João Maria, histórico e pacifista, e o bruxo incendiário José Maria, de passado dito criminoso, idolatrado por suas mandingas e curas e por arrecadar dinheiro dos caboclos para promover o assentamento fraudulento deles em terras devolutas.
Para higienizar de vez esse caldeirão, o que fazer com os milhares de enjeitados recalcitrantes, como controlar esse lumpesinato enfurecido que se engraçara com o messias em voga, indiferente à interminável pendenga jurídico-institucional entre Paraná e Santa Catarina? O jeito foi forçá-los a se virar como operários das multinacionais Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, a Brazil Railway Company, e Southern Lumber & Colonization (então a maior serraria da América do Sul). Ou, na pior das hipóteses, enxotá-los de suas glebas feito cães sarnentos, por não possuírem título de propriedade.
Isso sem falar nos 8 mil homens recrutados no Nordeste e no Rio de Janeiro como mão de obra quase escrava para tocar a ferrovia. Com seu término, em 1910, desempregados, eles viraram os potenciais novos “soldados do exército encantado de São Sebastião”: miséria por miséria, que fosse acreditando no improvável que poderia matar sua fome, em lugar da exploração de sua força de trabalho por ninharia e da serventia física e moral.
Foi quando o presidente Hermes da Fonseca, apavorado com que ali subsistissem cinzas de um monarquismo redivivo, mandou à região, armado até os dentes, inclusive com inéditos aviões, o general Setembrino de Carvalho, que acabara de liquidar um levante do Padre Cícero no Ceará.
Setembrino atuou com as PMs de Santa Catarina e do Paraná, coadjuvadas pelas milícias dos “coronéis”, os chamados “vaqueanos”, de infausta memória, que faziam o serviço sujo na cola do Exército, do qual recebiam soldo. Um a um eram fuzilados ou degolados os intimoratos recos da tropa celeste de “São Sebastião” (o mito do sebastianismo, restaurado nos sertões catarinenses, virara o mote da hora), em cujas fileiras estariam os combatentes mortos no Irani, tendo à frente “são” José Maria, lancetado naquele entrevero inaugural do Contestado (22 de outubro de 1912).
Conhecidos como “redutos” (eram mais de 40), e para os sertanejos, “cidades santas”, essas favelas, então inexpugnáveis “fortes de resistência” do jaguncedo, constituíam um misto de dormitório, rupestre praça de prédica, reza e batismos, justiçamento sumário e de ditames bélicos. Numa viagem dos tempos, dada a mesma matriz cristã, os sítios remontam ao espaço de fanatismo religioso, cega obediência e castigos aos índios, formatado pelos jesuítas nas missões da chamada “República Guarani” (1610-1776).
Improvisados e provisórios, estendiam-se a partir do Rio Iguaçu (divisa do Paraná), ao longo do Vale do Rio do Peixe (centro-oeste catarinense), até quase às margens do Rio Uruguai, que separa Santa Catarina do Rio Grande do Sul.
Como viviam infiltrados por aventureiros e fugitivos da lei, muitas vezes o epíteto “jagunço” fazia sentido. Em nome de um suposto ideal igualitário (“quem tem, mói, quem não tem, mói também”) pregado por “são” João Maria, nas suas ações guerrilheiras, derrotados nas tentativas de convencer quem os seguisse, punham-se a ameaçar a população civil, além de lhes surrupiar o gado, mantimentos, roupas e armas.
Na invasão de Curitibanos, quando incendiaram prédios públicos, assombrando autoridades e habitantes, houve quem visse em seus olhos aquele esgazeado próprio do fanático. Algo que corresponde ao que o historiador Maurício Vinhas de Queiroz (1928-1995), cujo livro Messianismo e Conflito Social (1966) é referência histórica, revela sobre os caboclos: o Contestado teria sido uma revolta alienada, seus protagonistas agiam como se fossem autistas, enfrentando as razias do general Setembrino de Carvalho com espadas de pau, crentes que ressuscitariam no Exército Encantado de São Sebastião...
Nessa, acabavam embaralhando agressão a símbolos opressores (obras da ferrovia, da serraria, sedes de fazendas, depósitos de armas, linhas telegráficas do Exército) com quem os apoiava clandestinamente (pequenos fazendeiros, comerciantes, políticos locais). Um terrorismo que foi corroendo e manchando a legitimidade reivindicatória do movimento por confundir algozes e vitimas.
Dissolvendo nossa useira e vezeira inconsciência, deboche e preguiça acadêmicas quanto à exegese da história oculta do Brasil, onde invariavelmente o campeão e o perdedor mentem, é preciso desossar o Contestado a partir de um mix entre o que foi e o que poderia ter sido. Ou seja, munido de um rigoroso approach desideologizado, onde os influxos morais permaneçam inoxidáveis.ESTADAO.COM

ALMANDRADE

*A PERSISTÊNCIA  DO NUDISMO ABSTRATO*

Pensei em elementarismo, despojamento, abecedarismo geométricos mas acabei
por optar pela idéia do nudismo abstrato, para tentar caracterizar a
postura e a impostação de Almandrade ante suas criações  e criaturas
sígnicas que hesitam entre a bi e a tridimensionalidade, em duas ou três
cores, em duas ou três texturas.

A parcimônia desses objetos franciscanamente contundente, desenhados,
signados (designed), compostos segundo uma grafia de cartilha, porém
enganosamente sig-nificada e simplista, posto que metafísica.

Criam um campo significante que parece rechaçar instruções extratexto,
mesmo quando inclui algum elemento metafórico *in memorian* Dadá.

Meteoritos geométricos do pensamento, taquigrafia precisa de uma claríssima
visão cuja totalidade se ofuscou, indício e impressão minimal de um evento
artístico-mental; ocorrido no panorama ecológico da arte  do  século XX,
como  um  pássaro em extinção,  aparição de  ordem  inegavelmente
metafísica, essência e forma divinas (diria Baudelaire) do pássaro nu da
poesia e de seus amores descompostos.

Um nudismo Proun (El Lissitsky) nos trópicos, lembranças metonímica do
paraíso, graciosas construções-instalações não habitáveis, amostras
quase-duchampescas, quase-vandoesburguesas de um ex-Éden artístico, onde a
provável ironia embutida não passa de meio-sorriso.

Esses seres correta e rigorosamente nus, o olho os colhe por inteiros, como
objetos cabíveis no bolso. E há música neles, mas não é sequer de câmara -
é de cela, nicho e escrínio: são microtonais, minideogramas sólidos à
Scelsi.

O Almandrade capricha nas miniaturas de suas criaturas, cuja nudez implica
mudez, límpido limpamento do olho artístico, já cansado da fantástica
história da arte deste século interminável, deste milênio infinito.

*Décio Pignatari*



*edicaolimitadadegravuras.com.br/almandrade.html*

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*
   *Almandrade* :: Expoart <http://www.expoart.com.br/almandrade/>

www.expoart.com.br/*almandrade*/

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       *ALMANDRADE* | *PORTAL
ARTES*<http://www.portalartes.com.br/artistas-do-portal-artes/1115-almandrade.html>

www.portalartes.com.br › Artistas do Portal
Artes<http://www.google.com.br/url?url=http://www.portalartes.com.br/artistas-do-portal-artes.html&rct=j&sa=X&ei=sSNfUMrEMY788QSN2oHQCg&ved=0CD8Q6QUoADAF&q=artistas+do+portal+arte+Almandrade&usg=AFQjCNG4f0OCZuF_9TkSNPHnpUC0pz9mQg>


 O nome *Almandrade* está associado a uma estratégia singular dentro
daquilo que costumamos designar *arte* contemporânea.


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Almandrade


Francisco Antônio Zorzo

Professor da Ufba


 Essa é uma excelente oportunidade para se constatar a coerência do projeto
estético do multi-artista e festejar o seu reconhecimento nacional.


Desde a década de 1970, Almandrade incorporou às suas peças a atitude
crítica da arte contemporânea. Tendo uma formação universitária como
arquiteto pós-Brasilia, veio a assumir uma posição autônoma em relação à
geração anterior, que foi muito festejada na Bahia.

Nos primeiros tempos, orientou-se pela abstração construtivista, mas depois
derivou por um caminho próprio. Em suas relações com artistas que
circulavam ao nível nacional, se aproximou bastante dos criadores Hélio
Oiticica e de Lígia Clark e de poetas como Dias Pino e Ferreira Gullar.


Uma lâmina de barbear pendurada dentro de uma garrafa compõe um objeto
criado por Almandrade que gerou fértil polêmica. Como interpretar um objeto
que incorpora significados múltiplos e cortantes, do vidro e do aço da
realidade? Cada objeto construído depende do sentido agregado pelo artista
e pelo espectador. Da parte do escultor, uma atribuição de sentido que lhe
correspondeu a uma experimentação e a uma reflexão singular. No olhar do
expectador a leitura pode ir do vértice do absurdo ao erotismo-vulgar de um
corte na pele.


No livro que publicou recentemente reunindo análises realizadas no correr
de sua trajetória, Escritos sobre Arte, Almandrade deu a pista para muito
de seus truques e procedimentos operativos. O importante, no caso da
produção desse artista “cult” baiano é que obras e discursos se traduzem um
ao outro, bem como conservam sintonia com sua proposta estética. Essas
reflexões são importantes, porque a estética engendrada não atendeu a
nenhuma chamada gregária no sentido de banalizar a arte baiana.


Como pode um objeto ser capaz de, ao mesmo tempo, causar uma fruição direta
e uma decodificação crítica? As obras de Almandrade primam pela
simplicidade e pela economia de meios. Ele certamente está entre os menos
barrocos produtores visuais do período entre os anos 1980 e 2000 no Brasil.
Os objetos e pinturas discutiram sempre os conceitos em voga e instalaram a
cunha de resistência de um pensamento rigoroso.


Para deixar mais um exemplo de suas criações, vale retomar um objeto que
expôs numa galeria do Rio Vermelho, anos atrás. Um instrumento quadrado
composto de duas peças sobrepostas, uma grande azul e uma pequenina dourada
no meio, sendo a primeira delas vazada e riscada com linhas brancas. Esse
objeto poético-visual foi denominado “Violão da Bossa Nova”. Ao fazer soar
esse violão quadrado soar, Almandrade conduziu, como um mestre, seu olhar
reflexivo e solitário sobre os campos das artes e da cultura contemporânea
no país.

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*ALMANDRADE*

(Antônio Luiz M. Andrade)

Artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano e poeta. Participou
de várias mostras coletivas, entre elas: XII, XIII e XVI Bienal de São
Paulo; "Em Busca da Essência" - mostra especial da XIX Bienal de São Paulo;
IV Salão Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio); Feira Nacional (S.Paulo);
II Salão Paulista, I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras
(Fortaleza); I Salão Baiano; II Salão Nacional; Menção honrosa no I Salão
Estudantil em 1972. Integrou coletivas de poemas visuais, multimeios e
projetos de instalações no Brasil e exterior. Um dos criadores do Grupo de
Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista "Semiótica" em 1974.
Realizou cerca de vinte exposições individuais em Salvador, Recife, Rio de
Janeiro, Brasília e São Paulo entre 1975 e 1997; escreveu em vários jornais
e revistas especializados sobre arte, arquitetura e urbanismo. Prêmios nos
concursos de projetos para obras de artes plásticas do Museu de Arte
Moderna da Bahia, 1981/82. Prêmio Fundarte no XXXIX Salão de Artes
Plásticas de Pernambuco em 1986. Editou os livretos de poesias e/ou
trabalhos visuais: "O Sacrifício do Sentido", "Obscuridades do Riso",
"Poemas", "Suor Noturno" e Arquitetura de Algodão". Prêmio Copene de
cultura e arte, 1997. Tem trabalhos  em vários acervos particulares e
públicos, como: Museu de Arte Moderna da Bahia e Pinacoteca Municipal de
São Paulo.

* *


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*AS ESCULTURAS DE ALMANDRADE
*

*
*

Cada uma das peças compõem-se de duas placas encaixadas que foram colocadas
diretamente sobre o chão. As placas são recortadas e vazadas e não se
empregam pregos, colas ou emendas.


Para se traçar um paralelo dentro da arte contemporânea dessas peças com
objetos de outros artistas, seria interessante dizer que as esculturas de
Almandrade mantém uma certa identidade com as de Franz Weissman e Amílcar
de Castro. O construtivismo, a economia material e a escolha de cores
simples são conceitos presentes na obra dos três artistas. No entanto, há
elementos de distinção. Franz Weissman e Amílcar de Castro usam solda ou
dobra na confecção de seus objetos.


Almandrade usa como procedimento de montagem o encaixe direto, onde os
planos de madeira laminada se interpenetram e se apoiam mutuamente.


O fato de não haver dobra nas peças de Almandrade é um índice importante
para a análise de sua obra. Almandrade intencionalmente mantém uma
distância do barroquismo, do expressionismo e de outras tendências do tipo
sensual muito recorrentes na arte baiana e brasileira.


O barroco tem muitas seduções. A dobra que vai ao infinito é um artifício
barroco que ultrapassa sua própria moda e seus limites históricos (ver
Deleuze em A Dobra, Leibnitz e o Barroco). Com a dobra, a escultura ganha
uma vibração especial, estendendo-se à arquitetura e alcança espaços cada
vez mais amplos. Trata-se de uma ilusão de ótica que realmente abre um
campo de significados.


As peças de Almandrade não possuem a dobra, evitando o seu ilusionismo. A
dobra na escultura permite a mudança de plano sem rupturas de continuidade.
O olhar que acompanha um plano ao passar pela dobra aceita a mudança de
direção e é convidado a avançar sucessivamente até deslizar em uma outra
dobra. A dobra provoca um despistamento que, se por um lado seduz, por
outro distrai o expectador. Pode-se dizer, além disso que a ambivalência da
dobra percorre uma espiral que vai do desejo à melancolia. Ao suprimir a
dobra Almandrade parece estar procurando evitar a dispersão intelectual e o
efeito de superfície.


Curiosamente, nos retábulos barrocos brasileiros, no entanto, as peças de
madeira que sustentavam as dobras e curvas das superfícies ornamentadas,
eram montadas com encaixes. Esses encaixes tinham que ser perfeitos em sua
geometria. O barroco recorreu em suas bases construtivas a técnica do
ensamblamento. Ensamblar significava, no dicionário de arquitetura e
ornamentação, reunir, juntar, encaixar peças de diversos materiais. Um
glossário do barroco mineiro traz uma referência documental, datada de
1771, referente à construção de uma igreja em Sabará, de um “ensamblamento”
de pedras, com ferro e chumbo.


As peças reunidas nos retábulos de madeira das igrejas barrocas deviam ser
ensambladas, quer dizer, encaixadas uma nas outras, sem a necessidade de
recorrer-se a pregos ou colagens.


Nesse sentido as peças de Almandrade contém um ar clássico que, pode-se
afirmar, continua atravessando até hoje, energicamente, o mundo material
das artes plásticas. Esse trabalho parece estar respondendo a pergunta
fundamental, o que assegura a expansão expressiva infinita (da arte, da
imaginação, das dobras) em relação ao portador finito (a madeira, o ferro,
a pedra)? Qual é estrutura construtiva, quais são os encaixes e as
articulações que permitem a realização de uma obra?


*Francisco Antônio Zorzo*

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Bibliografia

*Ávila, Affonso et. Al. Barroco Mineiro Glossário de Arquitetura e
Ornamentação*

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

MARCELO MASTROIANNI


HEITOR SCALAMBRINI COSTA





Setor elétrico: ganância de alguns, prejuízos de muitos.
Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

O setor elétrico está presente na mídia já algum tempo com uma agenda negativa. Apagões, “apaguinhos”, tarifas imódicas, devastação ambiental, construção de grandes hidroelétricas em áreas de proteção ambiental em plena floresta amazônica provocando expulsão de populações indígenas de seus territórios, incentivo a termoelétricas a combustíveis fósseis altamente poluentes, construção de polêmicas usinas nucleares. Estes são alguns de seus malfeitos.

Mais recente é a polêmica causada pela estratégia adotada pelo governo federal para reduzir as tarifas elétricas (Medida Provisória no 579).

A politização deste tema tem levado a uma grande discussão entre os analistas, acadêmicos, especialistas e na população em geral. Este recrudescimento de posições divergentes com motivações político-partidária, em nada favorece o objetivo final almejado pelo povo, que é a redução das tarifas elétricas.

Utilizar a renovação das concessões das empresas geradoras e transmissoras, da forma autocrática como foi levada a cabo esta decisão, por um número restrito de “experts” governamentais, acarretou uma rejeição quase que generalizada na sociedade.

O que se verifica nos últimos anos, desde a adoção do modelo mercantil para o setor, foi de lucros extraordinários das geradoras, e principalmente das distribuidoras de energia elétrica. Basta para isso acompanhar os balancetes anuais contábeis destas empresas, mostrando lucros líquidos exorbitantes para a realidade brasileira, e conseqüentemente a divisão de altos dividendos aos controladores, inclusive nas estatais.

São nos contratos draconianos de concessão é que reside o “nó” do problema. No caso das distribuidoras é evidente que algo precisa mudar. Pois são os contratos “juridicamente perfeitos”  que garante a Aneel estabelecer reajustes das tarifas que penalizam ano após ano o consumidor. Contratos formulados na época das privatizações, com cláusulas embutidas extremamente favoráveis às empresas, criando assim, um negócio praticamente sem riscos ao adquirente.

No caso das geradoras estatais, por muito tempo se beneficiaram de contratos de concessões em que as tarifas eram estipuladas pelas próprias empresas. A energia gerada chega a ser vendida até 5 vezes mais do que o custo para sua produção, operação, manutenção, e lucros necessários a novos investimentos. Ou seja, se locupletam à custa do consumidor final, e acabaram irradiando estes preços para as tarifas pagas pelo consumidor final.

A participação das empresas transmissoras é mais recente no mercado elétrico. Também seus contratos devem ser revistos.

Não se pode entrar no jogo do “dogma dos contratos”. Como algo imexível, com proteção divina, e que nenhum reles mortal poderá modificá-los. Se os contratos têm prejudicado tanto a população, trazido tanto prejuízo a nação deve-se ter a coragem de negociá-los, modificá-los. E não aceitar o terrorismo feito por alguns beneficiários destes mesmos contratos ultrajantes, que advogam que mexer nos contratos afastaria os investidores estrangeiros, abalaria a credibilidade do país, e assim por diante. Uma ladainha, repetida, e que se têm transformado numa verdade absoluta.

O Brasil é grande e importante no cenário mundial, maduro o suficiente para não aceitar mais contratos que usurpam sua soberania, massacram o povo brasileiro, e inviabilizam a distribuição de renda. Não se pode admitir, que os contratos, contrários aos interesses nacionais, se perpetuem. Sem modificá-los as tarifas continuarão a serem majoradas abusivamente. Logo, é nos contratos que reside o cerne do problema das altas tarifas, que beneficiam alguns, e trazem prejuízos a muitos. Obviamente os encargos e impostos também contribuem, e devem ser reduzidos.

PAISAGENS E POÉTICAS







Olá pessoal,

O programa Paisagens e Poéticas, criado pela artista Renata Roman,
que foi ao ar mês passado na Mobile Radio, da 30ª Bienal Internacional das Artes de São Paulo,
vai ser retransmitido amanhã pela Rádio Contato.org
em três horários,
vejam o cartaz abaixo.

Neste programa, o quinto da série, a poeta Ana Guadalupe fala sobre sua relação
com a cidade de São Paulo, sua poética e os sons da Bela Vista.



Participei criando a trilha sonora com loops de guitarra.

Ouçam antes alguns guitar loops for Anaguadaloop's poems.

'L',

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

ALAORPOETA








"CONCUPISCÊNCIA"




Há um céu retrato de chão
no abismo de nossos desejos
um palpitar sôfrego em vão
e uma língua oculta em beijos.


Orifícios copulam mastros
guerras se entrelaçam em camas
entre castos e mundos vastos
a carne se aviva em chamas.


Pensar que é a vida senão
prazer de cada tentação
enlevos do próprio calvário


concúbitos entre cajados
filas de buracos cavados
o sol germinando do armário.


alaorpoeta

ROBERTO ROMANELLI MAIA






 
 
 
SOU POUCOS E SOU MUITOS...
 
 
ROBERTO ROMANELLI MAIA
 
ESCRITOR, JORNALISTA E POETA
 
 
Quantos eu sou?
 
Muitos, poucos, não importa...
 
Se sei quem sou e o que sou...
 
Completo ou não, partido ou inteiro, quem sabe como...
 
Fragmentos, minúcias, detalhes, tudo eu sou...
 
Em busca do tudo e do nada...
 
Cada um por vez...
 
Olhando de frente o meu espelho...
 
Para ver refletir todo o meu eu...
 
Todo o meu ser...
 
Sim, quem sou eu?
 
Se para mim basta saber o que e quem não sou...
 
Diverso, desigual, dferente, comum e especial...
 
Sim, sou tudo e sou nada...
 
Com verdade, buscando estar sem mentira...
 
Santo e pecador...
 
Vítima e algoz...
 
Amante...
 
Amado...
 
Feliz...
 
Solitário...
 
Sim, sou homem e sou menino...
 
E isso basta...
 
Branco e preto...
 
Com ou sem cores...
 
A depender do instante...
 
Do momento de vida...
 
Sendo alegre, sendo triste...
 
Com sorrisos...
 
De bem com a vida...
 
Sem reclamos e sem avessos...
 
Com lágrimas secas que são a única água
a cair e a molhar o deserto...
 
Olhando para trás o passado...
 
Vivendo o presente...
 
Imaginando o futuro...
 
Sem mais tantas verdades nem mentiras....
 
Nem tantos sonhos e fantasias...
 
Tudo perdido no meio do caminho...
 
Sim, sou início e sou fim...
 
Sou eu mesmo...
 
Basta...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ARNALDO BAPTISTA E FERNANDA TAKAI







o ex-MUTANTES, ARNALDO BAPTISTA E A CANTORA/ESCRITORA FERNANDA TAKAI


No lançamento do livro na Livraria Quixote em BH...

Bjs...

Lucinha Barbosa e Arnaldo Baptista

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Twitter@ArnaldoBaptista
Blog> Arnaldo Baptista as a fine artist
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ITARARÉ/SP









Itararé: O Céu Pode Ser Lá!

Irmãos, amigos, companheiros, conterrâneos, camaradas, musas e boêmios, como é que eu não pensei nisso antes? Estância Boêmia de Itararé: O Céu Pode Ser Lá! Sim, porque o paulista de Itararé é mais paulista, o Itarareense-Andorinha sem breque não desiste nunca, Itararé é um estado de espírito, levamos nossa Cidade-Poema para onde vamos, mas nunca podemos sair de lá, já que nunca podemos sair de nós mesmos. O nosso mar azul é o céu de Itararé. E a história do Brasil passa por lá. Tenho até um poemeto que diz: “Itararé não existe/É a mais pura ilusão/Palco iluminado alegre e triste/Na cor púrpura do meu coração”
Itararé, O CÉU PODE SER LÁ, nosso berço esplêndido, nosso palco-íris, nosso ninhal, encantário, Terra do Nunca, santeria, cidade dos anjos, capital etílico-cultural da região. Por onde vamos, Itararé vai na nossa alma-andaluz. Somos todos Fanáticos por Itararé. Aleluia, Maestro Gaya!
Nossos bosques têm mais flores, nossas flores têm mais vidas, nossos bares têm mais seresteiros enluados, nossa fauna notívaga é mais amor e menos pescarias, somos cervejólos pela própria natureza, a BOA mesmo gostamos de tomar sob o luar de Itararé, pois foi lá que um anjo meio a la Carlito-Burle-Marx pendurou o lustre mágico: A lua nasce em Itararé. Quando pula fora fica cheia. Deus perdeu cinco dias fazendo o mundo, depois caprichou no sexto dia fazendo São Pedro de Itararé, claro, para no sétimo dia cair na gandaia, ir pro forfé, pro guaiú, tomar umas e outras no Bar Fecha-Nunca, porque Itararé é nosso reino da fantasia, nossa terra-mãe, nosso chão de estrelas, terra de artistas. Morremos pelo Brasil mas matamos por Itararé, como já dizia o humorista Solda, ou, Itararé, nosso amor já tem cem anos, como diria o Zunir. Itarareense não morre: estréia no céu. Sempre haverá Itararé. Itararé, é isso: O CÉU PODE SER LÁ. Já pensou? Itararé tem dessas coisas mesmo. Lá o Jesus Casado era solteiro, um Passarinho anda de bicicleta, Casagrande, o homem mais bonito do Brasil é de lá, os professores são jóias, as mulheres mais bonitas do Estado de São Paulo são de lá, Jorge Chueri nosso Patrono é uma figura fora de série, Elefante lá é jogador de futebol, tem restaurante que fecha pro almoço, o pessoal das saunas ganha dinheiro com o suor dos outros, tem gente que prefere ficar preso em Itararé do que solto em Itapeva. O céu só pode ser lá. Imaginem só. Acredite, se quiser. Alguns sonhadores após-calipsos a chamam de República Etílico-Rural de Itararé, porque já tentamos a independência várias vezes, poderíamos ser um Condado, o Estado de Itararé, ou mesmo um país, pois lá tudo tem, em se plantando tudo dá, mas, se erguem a clava forte, Itararé, verás que um filho teu não foge à luta. Itararé, o céu pode ser lá. “Quem nasceu em Itararé/Adora uma brincadeira/Pois toda Andorinha é/Uma criança a vida inteira” – Itararé nos idos do antes em que a água bebia a onça, era terra de dinossauros, imagine só eu, então, um Silassauro-rex, espécie em extinção, e no meu habitat escrito: Não atirem amendoim. Só cerveja. Viu só? Itararé, o céu pode ser lá: “Itarareeense quando nasce/Se esparrama pelo chão/Com um pouquinho de alface/Dá um belo sanduichão – E em Itararé tem no geofísico, um lugar chamado Corisco. Contam os índios que, de bem antes de 1500, naves partiam dali e chegavam prali, daí porque, o espaço natural (natural?) feito rampa de lançamento de foguetes de viajantes do espaço, tem o nome de Corisco. Itararé, o céu pode ser lá: “Se Deus é brasileiro/Jesus Cristo também é/Deus do Rio de Janeiro/E Jesus de Itararé” – Em Itararé, crianças polacas cantam nas janelas dos casebres, os pintores são ótimos, cantores vertem-se aos montes, poetas e gente de brilho especial lá ta cheio. Ruas cor-de-rosa, balés de andorinhas, campos de feijão com pintassilgos. Itararé, o céu pode ser lá: “Itararé tem pinheiros/Onde canta a gralha azul/E fica lá na rabeira/De São Paulo, bem ao sul” Washigntom Luiz já dizia em 1930 (virou mote histórico) “Defendam Itararé a Todo Custo”. Pois é: O Céu só pode ser lá! Longe de Itararé não somos nada, aliás, somos apenas como meros peregrinos anjonautas, com sandálias de auroras e prelúdios, em estúdios estranhos. Só em Itararé é que estamos dentro do nosso próprio coração. Itararé, o céu pode ser lá: “Eu sou pobre, pobre, pobre/De marré, marré, marré/Mas eu tenho a alma nobre/Pois eu sou de Itararé.” Itararé é onde tivemos a honra de nascer, e teremos orgulho de morrer, pois lá é um hangar do céu nesse mundo de framboesas e piruás. – Poetinha Silas Corrêa Leite - WWW.portas-lapsos.zip.net

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O NOVO CD DE FERNANDA TAKAI




Fernanda Takai volta à bossa nova a pedido de Andy Summers

'Fundamental', da mineira do Pato Fu com o baixista do The Police, já está à venda no Brasil

FONTE/ESTADÃO

OSCAR NIEMEYER







C Araújo Lopes posted on your timeline
"quinta-feira, 6 de dezembro de 2012/ARTE: ADÃO RODRIGUES
Oscar Niemeyer-DestinAÇÃO-Clevane Pessoa

  é um poema que escrevi para ele, nesta madrugada:

DestinAÇÃO.

Para Oscar Niemeyer, em sua passagem.

Clevane Pessoa

Escorregaste pelo escorregador
de uma infância presente
em tua maturidade,
subiste a montanha russa das curvas vertiginosas
-que ao desenhar, apaziguaste.
Criste, criste, por criAr
era teu Ar absoluto e necessário.
Niemeyer, teu prenome predestinava-te ao Oscar
em cada brasileiro
que no regozijo da contemplação
cantava em loas dentro do self,
tua excelência.
Orgulho de todos nós,
tão carentes de verazes heróis!

Simone de Beauvoir registrou em livro
a passagem por Belo Horizonte.Perto da Praça da Liberdade,
sentia que um prédio curvilíneo
parecia seguí-la, ao vê-lo de qualquer parte
daquela Parte da capital mineira.
Claro, uma de tuas obras projetadas
no embalo das curvilíneas e elegantes marcas
que traçaste para a eternidade.

Cumpriste o círculo, por inteiro ou em segmentos,
acompanhaste com a ponta do dedo, o desenho do caracol,
dos búzios, das ostras,e acabas
de cumprir teu ciclo do labirinto,
depois de recriar o minotauro do cotidiano
em tua Creta particular.
Por certo agora, Ariadne abrigou-te
na Coroa Boreal,
depois de lançar à terra seu fio salvador
por onde subiste para encontrares Teseu .

será que agora retraçarás o Cosmos?

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Representante da REBRA em Minas GeraisRepresentante do Movimento Cultural aBrace-Brasil;Uruguai
Vice Presidente do Instituto de Imersão Latina-IMEL.
Embaixadora Universal da Paz -Cercle de Ambassadeurs Univ.de la Paix-Genebra, Suiça,
Consultora de Cultura da Associação Mineira de Imprensa-AMI.
Membro da Rede Catitu de Cultura; do virArte, da ONE, da SPVA/RN, da CAPORI, da APPERJ,e do PEN Clube de Itapira, da ALACIB..
Colaboradora da ONG Alô Vida. .
Membro Honorário de Mulheres Emergentes
Divulgadora e Pesquisadora do MUNAP_Museu Nacional da Poesia
Dama da Sereníssima Ordem da Lyra de Bronze

OSCAR NIEMEYER







Cordel para Oscar Niemeyer
Por Gustavo Dourado
Centenário de Niemeyer:
O mestre da arquitetura
Em eterna construção:
Forma, leveza, ternura
Harmonia e elegância:
Simetria na estrutura...

Ano 1907:
No belo Rio de Janeiro
Nasceu Oscar Niemeyer
Um gigante brasileiro
Arquiteto universal:
Comunista por inteiro...

Em 1934:
Termina a graduação
Escola de Belas Artes
Deu início à profissão
Com o amigo Lúcio Costa:
Floresceu a criação...

Le Corbusier presente
Na arte niemeyeriana
Ministério da Educação:
Fluiu arte soberana
Edifício-sede da ONU:
Influência corbusiana...

Volumes espetaculares
Leveza na estrutura
Vocabulário barroco
Modernismo na cultura
Estética da linha reta:
Evolução na arquitetura...

Oscar Niemeyer Soares:
Sol do Rio de Janeiro
É nome internacional
Famoso no mundo inteiro
Expoente da Arquitetura:
Na arte – um candeeiro...

Neto de Ribeiro de Almeida
Do Supremo Tribunal
Amava a boemia
Da terra do carnaval
Sempre foi preocupado:
Com a estrutura social...

Aos 21 anos:
Concluiu o secundário
Casou-se com Anita Baldo
O seu amor foi diário
Em oficina tipográfica:
Teve primeiro salário...

Escola Nacional de Belas Artes:
Arquiteto engenheiro
Passou por dificuldades
No terreno financeiro
Sempre foi insatisfeito
Com o sistema brasileiro...

Trabalhou com Lúcio Costa
No começo, estagiário
Com Lúcio e Carlos Leão
Não recebia salário
Queria nova arquitetura:
Foi pesquisador diário...

Tempos de Estado Novo:
De Getúlio presidente
Agricultura no auge
Industrialização crescente
Gustavo Capanema no MEC:
Um ministro experiente...

Fez parceria com Lúcio
Ernane e Jorge Moreira
Reidy e Carlos Leão
Uma equipe de primeira
Ideário de Corbusier:
Niemeyer na dianteira...

Ministério da Educação:
Modernismo Brasileiro
Lúcio Costa com Oscar
Seu amigo e parceiro
Portinari, Ceschiatti
Burle Marx...Jardineiro...

Feira Mundial de Nova Iorque:
No Pavilhão Brasileiro
Com Paul Lester Weiner
O escritório parceiro
A nova arquitetura:
Conquistou o mundo inteiro...

Edifício Gustavo Capanema
No Rio é inaugurado
Arquitetura modernista
Entra na pauta do Estado
O talento de Niemeyer:
Pelo mundo é destacado...

Em 1940:
Atuação do destino
O projeto da Pampulha
Une Oscar a Juscelino
O prefeito de BH:
Era homem cristalino...

O conjunto da Pampulha
Nasce em Belo Horizonte
Niemeyer aos 33
Faz brotar a sua fonte
Crítica e admiração:
Ao criativo hierofonte...

Igreja de São Francisco de Assis
Gera polêmica social
A Igreja não benzeu
A grande obra cultural
O lobo de Portinari:
Era um cachorro no mural...

Arte no concreto armado
Propriedade estrutural
Forma, sinuosidade
Mínimo traço nominal
Projetos justificados:
Renome internacional...

Francisco Inácio Peixoto
Dinâmico industrial
Colégio de Cataguases
Um projeto magistral
Residência e escola:
Foi um marco cultural...

Com jardins de Burle Marx
De Portinari, o mural
Mosaicos de Paulo Werneck
Ornamentos sem igual
Sete anos de trabalho
Do mestre primordial..

Filiou-se ao PCB:
O famoso partidão
Lenine, Revolução Russa
Stalin na programação
Segunda Guerra/Guerra Fria:
O povo no coração...

Universidade de Yale:
Convite pra lecionar
Teve o visto negado
E não pôde viajar
Devido a visão política
Não deixaram lecionar

Ano 1947:
Reconhecimento mundial
Projeto sede da ONU
Alcance internacional
Niemeyer a se expandir
No cenário universal...

Foi à União Soviética:
Contatos no Politburo
Além da Nomenklatura:
O regime era duro
Kremlin e Sputnik:
Gagárin viu o futuro...

The Work of Oscar Niemeyer:
Nos EUA é editado
Por Stamo Papadaki
O livro foi publicado
Seu trabalho se projeta:
É nome reverenciado...

São Paulo – 400 anos:
Obras no aniversário
Conjunto do Ibirapuera
Embelezou o cenário
No edifício Copan:
Um toque revolucionário...

Constrói a Casa das Canoas
Em nosso Rio de Janeiro
A paisagem é divina
Patrimônio verdadeiro
Niemeyer nos ilumina:
Camarada, companheiro...

Ano 1956:
Eleição de Juscelino
Faz um convite a Niemeyer
Uma mudança no destino
Pra dirigir a Novacap
No cerrado cristalino...

Brasília, sua obra-prima:
Com Lúcio e Juscelino
Israel na dianteira
Brasília em seu destino
Palácio da Alvorada:
No coração planaltino...

Urbanismo modernista:
Hierarquia viária
Corbusier prenunciou
Com sua mente visionária
Niemeyer edificou
A urbi revolucionária...

Prédios em blocos afastados:
Grande área verdejante
Sur les Quatre Routes
Uma cidade radiante
Aos estudos de Hilberseimer
Tem aspecto semelhante...

Catetinho foi um marco:
O palácio de madeira
Juscelino Kubitschek
Teve a verve pioneira
Oscar, Lúcio e Bernardo:
Brasília é de primeira...

Flui o Palácio do Planalto
E o Congresso Nacional
Da Ermida o pôr do sol
Logo depois da Catedral
Rodoviária nos Eixos:
Escala monumental...

Ano 1963:
Amplo reconhecimento
Instituto Americano de Arquitetos
Destacou o seu talento
Torna-se membro honorário:
Glória ao conhecimento...

Prêmio soviético de paz:
Por Prêmio Lênin conhecido
Niemeyer se amplifica
Tem o nome distinguido
Homem de sabedoria
Consciente e destemido...

Pós-construção de Brasília:
Niemeyer foi lecionar
Universidade de Brasília
Para bem coordenar
A Faculdade de Arquitetura
Até o Golpe Militar...

Socialismo sonhado
Ficou só na utopia
A elite se sobrepôs
Comanda a burguesia
Os pobres foram expulsos
Para outra freguesia...

Em 1964:
Para Israel viajou
Muitas mudanças à vista
O Golpe se anunciou
Em primeiro de abril:
A Ditadura se implantou...

Depuseram João Goulart:
Exilaram Juscelino
Interromperam o sonho
Abortaram o destino
Brasília sobreviveu:
Ao tremendo desatino...

Veio o obscurantismo:
Censura e repressão
AI-5 e tortura
Terror, fome e depressão
A miséria e a fome:
Estagnaram a Nação...

O medo nos foi imposto
A liberdade acorrentada
Frieza e opressão
Decadência na estrada
Ocaso do pensamento:
Prenderam a madrugada...

O Brasil entrou em crise:
A UnB foi invadida
O carnaval ficou triste
Sem samba na avenida
Niemeyer foi-se embora:
Para arquitetar a vida...

Auto-exilou-se na França:
Nos tempos da Ditadura
“Endurecer se preciso for:
Mas, sem perder a ternura”
Lênin, Marx, Che, Fidel:
Revôolução na arquitetura...

O povo quer moradia:
Pra melhorar o destino
Brasília foi aventura
Um momento diamantino
JK, Lúcio e Oscar:
Foi um sonho de menino...

No começo era o ermo:
Parecia o fim do mundo
Não tinha nada em Brasília
Só tinha o Riacho Fundo
Paranoá e Mestre D`Armas:
Céu azul muito profundo...

O Plano Piloto de Lúcio
Tinha muita qualidade
O mestre do urbanismo
Fez o plano da cidade
Volume e espaço livre:
O traço com liberdade...

Brasília foi um momento
De coragem e aventura
Otimismo e vontade
Arrojo da arquitetura
Lúcio Costa e Niemeyer
Em alta temperatura...

Memorial JK:
Monumento a Juscelino
Polêmica com os militares
Foice e martelo no tino
O símbolo do Comunismo
Prenuncia o destino?!

Progresso para o Interior:
De Brasília a utopia...
Crescimento exagerado
Miséria no dia-a-dia
Desvirtuaram o Plano:
Detonaram a Poesia...

Multiplica-se a cidade
Faz-se a re.construção
Evite-se o descontrole
Parem a poluição
A Capital da Esperança:
Reclama mais atenção...

Integração com a natureza:
Era o plano original
Pilotis nas construções
Da Capital Federal
Esplanada, Três Poderes:
Não se vê nada igual...

Excesso de automóveis:
Provoca a dependência
Detrimento do pedestre
Trânsito em turbulência
Brasília cresceu demais:
Dói a nossa consciência...

Cidades da periferia
Fora do planejamento
Grave problema humano
Desemprego, atormento
O povo invadiu o espaço:
Transgrediu o monumento...

A cidade explodiu:
Cresceu, se agigantou
Águas Claras, Taguatinga
Ceilândia se projetou
Gama e Samambaia:
Brasília se multiplicou...

Em Ceilândia, o Nordeste:
A Casa do Cantador
Único projeto de Niemeyer
Fora do centro gestor
Brasília em outros eixos:
O povo é renovador...

As satélites surgiram:
Houve a necessidade
O povo se instalou
Usou a criatividade
Não podiam expulsar
Os construtores da cidade...

Urbanismo modernista:
Hierarquia viária
Corbusier prenunciou
Com sua mente visionária
Niemeyer edificou
A urbi revolucionária...

O Cerrado ganhou alma:
Pulsa grandiosidade
Brasília é uma metrópole
O tempo deixou saudade
Niemeyer deu a essência:
Arte – Multiplicidade...

Minha experiência em Brasília
Editado no Japão
Rússia, França e Espanha
Fizeram a tradução
A forma na Arquitetura
Com boa repercussão...

Ano 1994:
Conversa de Arquiteto
Meu Sósia e Eu
As Curvas do Tempo, incerto
Minha Arquitetura, li:
É um livro sempre aberto...

Já no Terceiro Milênio
O Complexo Cultural
91,8 mil m²
No centro da Capital
Biblioteca e Museu:
Bem perto da Catedral...

Ano 2007:
O ano do centenário
Em Postdam, na Alemanha:
Planifica um balneário
Brasília homenageia:
O mestre revolucionário...

Oscar Niemeyer é gente:
É homem de consciência
Por toda a longa vida
Manteve a coerência
Escreveu bela história:
Com a sua experiência...