quinta-feira, 31 de julho de 2008

ULISSES TAVARES


Bar Vila Teodoro
Rua Teodoro Sampaio, 1229
fone: 3571-3730
CONVIDA:
Dia 31 de julho, quinta-feira agora, às 21 hs, acontecerá mais uma edição do
Sopa de Letrinhas (sarau lítero-etílico-musical). Desta vez, o poeta
homenageado será Ulisses Tavares, comemorando exatos 50 anos de militância
poética. Reserve sua mesa, sua garrafa e seu coração para muitos poemas e
canções.
Ulisses Tavares tem 118 livros publicados em todos os gêneros e assuntos.
Com mais de 22 milhões de exemplares vendidos, 8 milhões apenas em poesia.
Há 3 anos vive (mal, mas com tesão) literalmente de literatura.
Tem um brilhante currículo de publicitário, jornalista, dramaturgo,
roteirista de televisão, marketeiro político, professor de pós-graduação.
Mas prefere ser o que é: um moleque cinquentão, budista e anarquista.
www.ulissestavares.com.br

quarta-feira, 30 de julho de 2008

segunda-feira, 28 de julho de 2008

sexta-feira, 25 de julho de 2008


REVOLTA NEGRA
Pouco me importa em que condição me põe, ou se escorneiem, de mim
não me importo que despejem sobre mim a maldição do racismo, meu ser é superior
Me tratam por negrinho de terceiro mundo subdesenvolvido,sem alma
Mas da dor eu fujo, tenho longas pernas para zanzar livremente por aí
Hora sou natureza
Hora sou eternidade
Hora sou a liberdade
José Luiz Grando "Militante Negro" e-mail: grandojl@yahoo.com.br/imagem MALCOM X

IDALINA DE CARVALHO


CAÇADA
A fêmea devora
a presa
com o olhar
voraz.

A fêmea ferve
o sangue
da presa
para atacar.

A fêmea penetra
o cerne do ser
que se rende
arde
queima
morre
e se refaz.
Idalina de Carvalho ("O livro proibido - poemas" - Cataguases, 2008.)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

CONCURSO INFANTIL


Concurso Literário Infantil para crianças de 6 a 12 anos,
Para a escolha do nome do cachorro do DANILO
(personagem do meu livro infantil: DANILO, SUA MOCHILA E SEUS AMIGOS).
O prêmio será um Computador.
Anexo segue o REGULAMENTO.
Obrigada pela DIVULGAÇÃO:
Neida Rocha
(0**51) 99-42-3898
CONCURSO INFANTIL
“AJUDE DANILO A ESCOLHER O NOME PARA O CACHORRO”
REGULAMENTO
O objetivo do CONCURSO INFANTIL “AJUDE DANILO A ESCOLHER O NOME PARA O CACHORRO” é escolher o nome para o cachorro da personagem principal do livro: “DANILO, SUA MOCHILA E SEUS AMIGOS” de NEIDA ROCHA.
O CONCURSO INFANTIL “AJUDE DANILO A ESCOLHER O NOME PARA O CACHORRO” poderá ter a participação de crianças de 6 (seis) a 12 (doze) anos de idade de todo o país.
A inscrição é GRATUITA e NÃO ESTÁ VINCULADA à compra do livro: “DANILO, SUA MOCHILA E SEUS AMIGOS”.
A inscrição deverá ser feita até o dia 30 de novembro de 2008, através da ficha de inscrição abaixo.
A divulgação será feita dia 10/12/2008 no site: http://escritoraneida.blogspot.com/ e a entrega do prêmio acontecerá em data a confirmar.
Cada criança poderá participar com quantos nomes desejar, desde que seja feita uma ficha de inscrição para cada sugestão.
A remessa deverá ser feita APENAS PELO CORREIO TRADICIONAL para a autora:
NEIDA ROCHA
Rua Almirante Barroso, 51
92.110-370 – CANOAS/RS
CONCURSO INFANTIL
“AJUDE DANILO A ESCOLHER O NOME PARA O CACHORRO”
O contato com a escritora poderá ser feito pelo endereço acima ou via e-mail: neidarocha@terra.com.br
A escolha do nome será feita pela autora e levará em consideração a criatividade do nome. A título de premiação, a criança que tiver a sugestão de nome escolhido para o cachorro no CONCURSO INFANTIL “AJUDE DANILO A ESCOLHER O NOME PARA O CACHORRO” receberá um COMPUTADOR com Programas básicos instalados e os acessórios básicos para seu funcionamento. A participação no CONCURSO INFANTIL “AJUDE DANILO A ESCOLHER O NOME PARA O CACHORRO” pressupõe a aceitação deste regulamento por parte do concorrente, cedendo o ganhador, os direitos autorais e autorizando o uso de seu nome, a qualquer tempo no material de divulgação do resultado, bem como a inclusão do seu nome nos próximos livros da autora, sem ônus para a mesma, desde que autorizado por um responsável.
As fichas participantes e não premiadas serão incineradas pela autora.
NEIDA ROCHA Neida da Costa Rocha nasceu na Vila Harmonia, em ==Canoas/RS, em 01/02/1954. Filha de José Lopes da Rocha e Tereza da Costa Rocha, criada entre dois irmãos. Aos 45 anos, mãe de dois filhos, retomou os estudos e aos 50 anos concluiu a Faculdade Letras (Português/Inglês) e aos 53 Pós Graduação (Língua Portuguesa). Após 30 anos residindo em SC, retornou a sua terra Natal. Faz dos acontecimentos de sua vida, matéria prima para a criação de seus poemas Tem 8 publicações individuais e participação em 46 Antologias com Contos, Crônicas e Poemas.DANILO, SUA MOCHILA E SEUS AMIGOS – [Infantil (2ª edição – revisada) - 32 páginas – Odorizzi - Blumenau/SC – 2004] é um livro infantil que narra a história de um menino de 11 anos que ao dirigir-se para a escola, cai e vai parar dentro da própria mochila escolar, onde vive uma aventura com seu material escolar.DANILO, SUA MOCHILA E SEUS AMIGOS (2ª edição) pode ser adquirido diretamente com a autora (R$25,00 - incluídas despesas de correio).

sexta-feira, 18 de julho de 2008

RÉGIS BONVICINO E ALCIR PÉCORA


ARTE / RISCO
Arte/poesia enquanto ato de risco postula a luta cultural, entendida como combate entre o que se reconhece como arte/poesia e o novo que o próprio legado cultural exige como condição da arte/poesia.
Arte / poesia enquanto ato / de risco
Régis Bonvicino e Alcir Pécora
1.
A idéia do módulo é evidenciar aspectos não-representacionais da arte/poesia: visa a dramatizar a ação que produz a arte/poesia e os efeitos que gera, em vez de interpretar os conteúdos que supostamente veicula. Arte/ poesia não é veículo. Não transporta significado de um lado para outro a fim de obter um sentido, mal ou bem remunerado. No limite, opera para despir o gesto do sentido. A não-representação nada tem a ver com irrealismo ou irracionalismo.
Não se trata de negar a realidade, mas de negar que arte/ poesia seja apenas uma segunda natureza ornamental ou hermenêutica dessa realidade; trata-se igualmente de negar que sua função seja tornar a realidade compreensível ou perceptível para todos pois ela mesma é uma realidade. Arte/poesia não é vassala da filosofia, nem da história, nem do sujeito, nem da comunicação de um sujeito com outro. Arte/poesia não é determinada por nenhuma essência ou fato. Arte/poesia é um ato de indeterminação radical, ato de descoberta da potência anterior ao ato. Arte/poesia não diz, mostra; não reflete, não é gênero, pois existe enquanto presença, energética, evidência, engenho, máquina, matéria, física: “El água es el elemento de los peces”, para concordar com o verso do poeta chileno Gonzalo Millán.Arte/poesia não tem garantias ontológicas. Arte/poesia não tem significado fora de sua forma de vida, peculiar e intransferível, e o que ela primeiro significa é a sua própria existência. Seu ato não é uma terceira coisa. Há, pois, na poesia/arte, uma dimensão irredutível a significado ou conteúdo prévio, pois o que ela diz é o que faz, e o que não faz simplesmente não pode dizer. Não se diz o que não é; Wittgenstein: não há semblante sem rosto. Não há nenhum fato oculto no que arte/poesia faz: arte/poesia é o fato manifesto.
E o que arte/poesia manifestamente faz quando diz?
2.
Neste âmbito, em que a dimensão não-representativa da arte/poesia é acentuada, interessa-nos tão somente o que ela faz como ato de risco, isto é, enquanto ato ainda sem legibilidade artística ou poética constituída ou partilhada: arte que não tenha garantia artística. Isto não significa a proclamação do direito ou do dever do absolutamente novo ou do inteiramente outro, mas a necessidade do risco. Boris Groys: A condição de entrada no campo da arte/poesia é a imersão no legado da cultura. O legado de cultura, entretanto, tem a insubmissão e o confronto como condição da relevância deste ato de Arte/poesia. Arte/poesia enquanto ato de risco postula a luta cultural, entendida como combate entre o que se reconhece como arte/poesia e o novo que o próprio legado cultural exige como condição da arte/poesia. Arte/poesia está nas fronteiras da destruição, para estar nas fronteiras da criação.

BABY GARROUX


HOMENAGEM AO BELL
Grande poeta e amigo parceiro de poemas no meio da praça, das ruas, de um tempo bom que não volta mais; apenas nas lembranças da poesia eterna.
"Não vim aqui para vos bajular/Contar piadas picantes/ou cantar canções de amor adolescentes./ Não venho aqui para vos fazer cócegas na alma/ou na planta dos pés/tampouco trazer-vos os lírios do campo./Venho para dizer-vos como se diz para irmãos/ao redor de uma fogueira ou de uma mesa:/ou a gente mete uma bala na cabeça/ou fica no redemoinho vital/para dizer e denunciar./Alegra-te cidade, terra e mar./Alegra-te campo de amor./Alegra-te que a poesia é canto,/ainda é canto,/e é grito, ainda é grito,/e o poeta vai a praça/levando um povo pelas mãos/e um coração na grande vontade de amar."Este é um poema de Lindolf Bell que serviu de abertura para inúmeros recitais e leituras de nosso grupo e alguns ainda somos amigos: a Catequese Poética. E através dele, sempre foi possível sentir, a intenção e o desejo do Bell, e de cada um de nós, em reconduzir o poema aos limites amplos da pessoa, da praça, da comunidade. O poema é o dilema. O poeta é o que projeta: palavras arrancadas de um dicionário cardíaco. Contaminado coração. Contagiada palavra por usos, abusos e lambuzados corpos e sonhos infantis. E tudo situado nesse real lugar onde se desdobram os sinais e as sinas de atlânticos e pacíficos. E aqui contemplo - diz Rubens Jardim - o verídico enxergar da luta rápida entre a letra viva e o oceano lento. Mares da infância. Ares de rio. Pomares. Ambígua volta em torno de ambígua ida. Tudo ambigüidades, é claro. Até porque, como é possível capturar a abrangência deste instante, de celebração e de homenagem a um poeta morto, se nós sabemos que quando um poeta morre todos nós morremos também."Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre, nem sou triste. Sou poeta". E o que é o poeta senão essa criatura sem equivalência, a transbordar de seus limites humanos, em vício ou virtude, a exceder a multidão que o contempla ou não contempla, entende ou não entende, combate ou glorifica - mas não pode deixar de saber que está presente. Que é o poeta senão o ouvido que melhor ouve o apagado e esquecido e recolhe a sua informulada queixa e seu cântico longínquo? O olho que mais longe avista, até onde as formas são simples esquemas, onde tudo que parece o mais simples se desdobra e entrelaça em trama profunda.Sem ser Deus, nem profeta, nem sábio, mas tudo isso, imperfeita e amargamente, porque é apenas um poeta. E poeta é mesmo assim: múltiplo, complexo, contraditório, solitário e plural, humilde megalômano, desgraçado feliz, audaz e tímido, antinômico, poliedro de cristal com uma luz diferente em cada aresta.E ESTA É APENAS UMA DAS ARESTAS--QUE RESTAM-- PARA ME LEMBRAR DE TI, AMIGO, MENINO, IRMÃO, COMPANHEIRO. Ninguém escreveu com tanto sangue e com tanta fraternidade como você. Nem mesmo Nietzsche, nosso irmão de adolescência. Nem mesmo Rilke, perdido e achado entre Duino e Raron, as Elegias e as Cartas. Nem mesmo Drummond, Bandeira, Pessoa, Jorge de Lima, Saint John Perse,T.S.Eliot . E como são cada vez mais raros os poetas que são poetas 24 horas por dia! E você foi assim naturalmente, espontaneamente. E por isso te chamo menino, mestre, bruxo, cidadão do mundo e de Timbó. Você acreditou sempre, tal como o poeta Pablo Neruda, que é preciso escrever para o povo - MESMO QUE O POVO NÃO POSSA LER POESIA COM SEUS OLHOS RURAIS. Será que o tempo abrirá o grão do esquecimento na polpa seca ou na casca dura deste instante de difícil travessia? Ó meu velho e querido poeta, as crianças traídas estão ainda mais traídas agora sem a tua presença, pois ninguém mais se dispõe a recolher as lágrimas das mães numa bacia de sombra,e é muito raro alguém amar os amigos de pés no chão e mais raro ainda alguém reconhecer que foi a criança sem ciranda e acreditou numa igualdade total.Bell, ninguém mais está interessado na metamorfose de Deus. E acho que ninguém mais se lembra daquela tua advertência de que Deus está se transformando em um poste onde os homens urinam.Ou ainda da tua reivindicação da nossa morte natural e lírica sem nenhuma dessas abomináveis presenças: CTI, UTI.Pouca gente ainda acredita que a poesia é terrível soerguimento, necessidade atávica e concreta de todo ser humano. Esquecemos que a dimensão do poético é a dimensão do festivo e a poesia só existe mesmo é pra provar que o celeiro é inextinguível, que a estrela é cotidiana, e que o amor nasce e renasce como os grãos da romã que você ganhou de minha avó Elisa e ficarão lá, em Timbó, como testemunho do nosso infinito parentesco. Disseste em um poema que quase chegar é sempre perder a hora e encontrar o fruto seco de tanto esperar. E eu sempre te disse, em selvagens palavras, que a nossa única e possível conquista era a infância reconstruindo em nós um coração sem margens. Em ti, era o rio e o seu desvario, (rio-rio, rio-acho, rio que racho nas entranhas deste pesadelo). O rio e seu mistério, (dois rios cruzam minha vida,/um correndo norte/outro correndo sul,/e dentro do que foi/e do que virá/sou onde se cruzam os dois.) O rio e seus atavios (e tu és a viagem / que algum dia/ alguém deixou de fazer/ não por perder o navio/ mas por perder-se...) O rio e suas águas sempre novas e sem antiguidade -- como queria Heráclito.Mas era, é claro, muito mais do que isso. Era Timbó, a casa da tua meninice se abrindo, como “íntima aresta que te ata em nó e não desata”. Era também a sobrevivência do grande pomar da infância, florescido lá. Ainda assim a porteira da infância range e abre auroras indecifráveis pra você mesmo, ao ferir e referir. E ao denunciar a legítima gênese do teu lirismo. Em ti, também, estava o vale, —este Itajaí que te fundou e te findou — e que tu levaste aos limites de um chamado pleno, voz que ecoa em Raron, na tumba amada de nosso outro poeta amado, (com os sons do sino, com os sons da sina), e até em Sils Maria e Naumburg —onde outro irmão nosso sentiu o além-do-homem e cantou desesperado o seu Zaratustra. E eu canto o quê, meu irmão irmado, imã de mim na correnteza cardíaca que arrasta minha alma e meu corpo através deste inacabado encontro, que nunca teve datas nem de ir e nem de vir. Eu só quero mesmo te dizer isso: que dentro das tuas palavras, dos teus gestos mais febris, dentro da tua garganta e debaixo das tuas unhas, e sempre diante dos girassóis e sempre ainda diante dos plátanos que foram sempre companheiros da tua alegria de viver e conviver:
“ É MISTER QUE O AMOR SEJA CRUEL
CLARO É O QUE É CLARO.
TUDO PARECE SIMPLES
QUANDO NÃO EXIGIMOS MUITO.
OS OLHOS QUANDO SE JUNTAM,
NÃO SE JUNTAM, ACASO,
COMO RIOS FORA DE TODOS OS CURSOS?
ANTES, MUITAS SORTES HABITAVAM-TE
COMO LÂMPADAS ACESAS.
E,SE HOJE, A PENUMBRA SOBREVÉM,
AS MÃOS SE JUNCAM COMO TREPADEIRAS,
E O VÍNCULO DO AMOR
PERMANECE UMA LINGUAGEM,
SABE-SE MELHOR,
QUE AQUELES QUE PASSAM
SÃO AQUELES QUE FICAM MAIS FUNDO EM NÓS.**
* trechos de 2 poemas de Cecília Meireles montados por Rubens jardim.
**poema de Lindolf Bell.

CANÇÃO PARA MARYLIN


CANÇÃO PARA MARYLIN
Inerte em sono de pedra
reténs em teu corpo apenas
as cores do simulacro.
-
Teus olhos planos não vêem
velhos tempos e espaços
outrora já habitados.
-
No entanto, sempre serás
ícone de eras modernas,
fulgurante clarão da América,
a eterna deusa morta.
- Clóvis Campêlo,
Recife, 1994
http://cloviscampelo.blogspot.com

JULIO FERREIRA


O presidente Lula, eleito para ser o presidente que iria tirar o Brasil das malhas da corrupção e da incapacidade administrativa, deixou-se transformar em uma marionete na mão dos verdadeiros donos do poder, não só aderindo descaradamente ao neoliberalismo que tanto havia combatido, durante a gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, como também deixando que seu governo absorvesse todos os vícios de malversação do dinheiro público, tráfico de influência, mordomias etc, cuja extinção havia servido de bandeira em todas as suas campanhas eleitorais. Que decepção! Aquele Lula, em quem tínhamos votado na esperança de que consertasse o Brasil, mostrou-se mais um político dado a pensar unicamente em satisfazer seus mesquinhos interesses pessoais e políticos. Assim não dá para ser feliz!
Júlio Ferreira
Recife - PE
Ident.: 850.550 SSP-PE

sexta-feira, 11 de julho de 2008

ÂNSIA FINAL


ÂNSIA FINAL
Fátima Venutti

Peneirado está
o pó da palavra,
teso ao chão
pelos becos da
incompreensão.

Nua e em brasa,
a adaga demarca
e fere, sem pesar,
memórias da alma

Juiz de minha fala,
limito-me ao ocaso.
Desdobro o olhar,
pois que focado está
na cova do
poeta inexistente

E que venham zumbis
e saltem morcegos
e os mesmos lobos
regurgitados pela escória

Solstício final
e nada a se arrepender.
No vácuo do espaço vazio,
o pó tornou-se estrela.
Enfim, uma morada.
imagem: henri bresson

AUTORAMAS EM ARAÇATUBA


Autoramas em Araçatuba (27/06/08)A Sensação de ser "Teletransportado" Após longa espera, eis que chegou a grande noite: foi realizado o terceiro Pub Rock Fest em Araçatuba - S.P., com a presença das Bandas Tia Velha (Ata), Medulla (R.J.) e Autoramas (R.J.).O Pub Rock Beer, Casa especializada em Shows de Rock, com ambiente agradável, seguro e aconchegante, mais uma vez presenteou seus frequentadores com atrações bastante ilustres, em especial o Trio Carioca AUTORAMAS.A Banda, formada por Gabriel Thomaz (Guitarra/Vocal), Bacalhau (Bateria) e Flávia Couri (Baixo/Backing Vocals), que excursiona com o quarto trabalho de estúdio - o excelente CD "Teletransporte" - é sem dúvida um dos grandes nomes do Rock Alternativo Brasileiro. Prova disso são as vitoriosas Turnês realizadas, inclusive no Exterior (Europa e Japão).Letras concisas, com a devida dose necessária ao convívio em Sociedade, aliadas à sonoridade sem firulas ou embromações; é, esse deve ser o segredo de tamanho sucesso, até porque se Steve "vai" Gabriel já está voltando ! rsrs...Muitos indagam de maneira utópica:- Ah, se o Teletransporte existisse...Mas ao vermos a Banda em ação, com sua impressionante presença de palco e imenso carisma, temos a sensação de que tal proeza, somente possível em filmes de Ficção, parece tornar-se real !Além de Compositor, Thomaz é um "Riff Maker" de mão cheia, que acompanhado da "cozinha" competentíssima composta pelo "Destroyer" Bacalhau nas baquetas e o Contrabaixo preciso e certeiro de Flávia (que também canta em algumas músicas), leva todos ao delírio, fazendo com que o público se 'desligue' das mazelas do cotidiano e seja literalmente "teletransportado'" a uma Atmosfera Mágica, onde o que impera é a alegria de viver ao contemplar tamanho Espetáculo !O Set List - muito bem escolhido - abrangeu os 4 Discos da Banda, incluindo alguns Covers (Elvis, Ramones e Metallica).Portanto, Teletransporte existe SIM !Vá a um Show dos AUTORAMAS e confira ! RRRRRRROCK !!! Fern@ndo Dagolds - Araçatuba - S.P.
foto cedida por maria rosa

CARLOS BENITEZ VILLODRES


A Juan Manuel González y Gómez

de León, poeta. In Memoriam
(Madrid, 6-09-54 / Madrid, 14-06-08)
¿Por qué quisiste, poeta,
escapar, en estampida,
de la sangre de esta vida
con imagen de ruleta?
Al pararse tu veleta,
por orden de tu destino,
se saturó mi camino
de tristeza y amargura,
exhalando desventura
sobre un mundo mortecino.
En mis adentros, de extraña
manera, impactó tu verso,
esencia del universo,
que por siempre me acompaña.
Hoy, sentado en mi cabaña,
recuerdo tus ilusiones,
tus fuentes de inspiraciones
tu sol, gozo sin disfraz,
que hace al buen hombre capaz
de crear sus propios sones.
CARLOS BENÍTEZ VILLODRES
MÁLAGA (ESPAÑA)
imagem: henri breson

sexta-feira, 4 de julho de 2008

ANIVERSÁRIO DE ARNALDO BAPTISTA


dia 6 de julho é aniversário do genial ARNALDO BAPTISTA (EX-MUTANTES) ,o cara que já produziu clássicos do rock ,ao lado dos MUTANTES, que lançou o maravilhoso disco "LÓKI" nos anos 70 ,e a melhor música brasileira das últimas décadas. Arnaldo, Tom Zé,Caetano,Macalé,Mautner,e tantos outros artistas sublimes,continuam desafiando o coro dos contentes,continuam produzindo jóias sonoras para encantaragente.Puxa,caro ARNALDO BAPTISTA,e voce ainda escreveu REBELDE ENTRE OS REBELDES,um livro de ficção que não de deixa de mim,é de cabeceira mesmo.Que legal! O que dizer sobre ti? fico aqui me deliciando com o teu exuberante LET IT BED (produzido pelo john ulhoa), o loucaço DISCO VOADOR,o encanto de SINGIN ALONE. Voce me lembra PAUL MAC CARTNEY,pela inventividade , produtividade,versatilidade (tocando baixo e piano),cantando os sonhos de uma geração inteira,espalhando psicodelia, baladas e muito humor.Receba o carinho nosso,de nossos amigos,de poetas, músicos,fãs,jornalistas,todos reunidos numa pessoa só.Feliz aniversário,eterno mutante ARNALDO!!!
do sempre fã ,everi rudinei carrara