quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

POEMA PARA PACO



Poema para Paco – Por Anand Rao

Adelante Cavaleiro Andante
Adelante teu violão amante, abraça a mulher
E a tece como teia despida
Ao solar
E em pleno toque, gozo, évoé baco
Ao tocar, na caixa acústica do violão ímpar
Acaricie os lábios, todos os lábios
Paco
Evoé
Lucia é teu nome
Luz plena é teu lar

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PAULO LEMINSKI





Hoje, quinta, terça e na outra quinta!!!

"Fãs de Paulo Leminski poderão saber mais sobre fatores do processo de criação de suas letras no curso gratuito “A Obra Musical de Paulo Leminiski”, com Estrela Ruiz Leminski. Os encontros serão realizados entre 18 e 27 de fevereiro, às terças e quintas-feiras, às 19h30. As inscrições podem ser feitas a partir do dia 3, na Central de Atendimento."

http://catracalivre.com.br/sp/cursos-e-palestras/indicacao/projeto-escrita-sonora-discute-musica-e-poesia-no-sesc-consolacao/

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

LIVRO DE CESAR AUGUSTO DE CARVALHO



 CESAR, VAMPIRO DE SI MESMO.
 
               Conheci o professor CESAR AUGUSTO DE CARVALHO,ainda nos anos 85/86,em palestras que realizava em Marília/SP, sobre taoísmo. Eu me lembro que certa vez, ele dizia que uma das funções do professor era fazer a cabeça do aluno refletir,girar, explodir em saberes,ou algo assim. Eu penso que ele como educador e poeta conseguiu. Seu livro se chama PROESIA,todo branco em capa e despojamento, á memória de UILCON JÓIA PEREIRA,e muitos outros queridos seus. Eu destaco pelo despojamento e brilho o toque de "DOIS CAMINHANTES", "numa noite de fevereiro", "PARA UM SUICIDA EXEMPLAR,TORQUATO NETO". Mas, há os haicais deliciosos, insuflados de sabores  leminskianos, claros,brancos,transversais, chovando certa sensualidade, desapego, dúvida,humor, natureza, amores,raios lunares,urbanismos,kigo,jhorei, o poeta como vampiro de si mesmo,o sabor da infância,alice ruiz,beija-flor. CESAR AUGUSTO ,relata ter jogado no lixo, muitas impropriedades poéticas,como todo poeta ou artistas já o fez algum dia,porém, os poemas são produtos de nossas vivências, e ressurgem,ainda que não aceitemos esse fato, e são registros humanos, que em qualquer época futura nos afetam e respingam suas matizes em leitores mais atentos. O que me interessa é o teor de sinceridade entre o poeta e seu registro em prosa e verso - nem tanto a sua técnica,a qual se aprimora com o tempo. Uilcon nos dizia: "você nunca leu um livro ,ou ouviu um disco,ou viu algum filme" -porque estamos sempre a ver o filme,a ouvir o disco, a ler o poema. O livro de CESAR AUGUSTO CARVALHO ,pela leveza, clareza, e sabor é para ser apreendido desta forma, sem subterfúgios poéticos,na clareza da aurora, branco intenso, alma inquieta, relato verdadeiro. Seus poemas são cinematográficos, curtos, sugerem imagens na cabeça do leitor. Ele que tentou fazer cinema neste país de novelas de gosto insípido. Fazer cinema,foi uma tragédia para muitos de nossas melhores cabeças como GLAUBER E LUIZ ROSEMBERG -fazer poesia é também um imenso desafio, em pleno século 21. Vampiro de si mesmo é o poeta, essa a grande pedra filosofal, a grande sacada que o difere do trivial, a descoberta crucial que o consome ao longo da encruzilhada.
everi rudinei carrara

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

BAR LEGAL,EM SAMPA!!!!!!!!!!!!




bar super legal em sampa:  vc vai adorar... tem um sistema que vc coloca a música que quiser no bar.... escolhe pelo celular... e garanto que vc curtir o som que tem lá. Só rock do bom!
fale com lee poser.

Rua Major Maragliano, 364 
Vila Mariana - SP
 - (11) 5084-1165

AUTORAMAS



AUTORAMAS ao vivo no Auditório Ibirapuera em São Paulo ! 
15 de fevereiro às 21 Hs! 
 Apresentação Única! 

Participação especialíssima de Chuck e Thadeu dos Vespas Mandarinas ! 
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada) ENTRADA LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS! 
Para confirmar sua presença:  https://www.facebook.com/events/269607876525053/?fref=ts Para comprar seu ingresso antecipado: http://novosite.ingresso.com/sao-paulo/home/espetaculo/show/autoramas# 
Site oficial www.autoramasrock.com.br 

FILIPI MARINHEIRO


links para verem poemas:




outros links:


http://www.luso-poemas.net/modules/news/userstats.php?uid=18506 (estatística = visualizações poemas) 






(poemas)


http0://poetasdelmundo.com/detalle-poetas.php?id=8185 (briografia+poemas)



PRESS RELEASE:

«Silêncios» de Filipe Marinheiro

Filipe Marinheiro nasceu em Coimbra, 30 de Julho de 1982. 
É natural e reside em Portugal Cidade de Aveiro. Poeta.

Chegou em Dezembro de 2013 às livrarias o novo livro de Filipe Marinheiro intitulado “Silêncios” pela Chiado Editora. A obra reúne cerca de 270 poemas inéditos em 378 páginas.

Em desdobramentos melancólicos entre poesia em prosa e verso, a realidade poética é uma densa complexificação que devora o universo e é, ao mesmo tempo, devorada por ele.

A escrita desta segunda obra do jovem poeta é pautada pela construção e desconstrução da linguagem, resultando numa poesia de transfiguração e transmutação, caracterizando o sujeito poético como plural, obscuro e enigmático. Léxicos múltiplos, caminhos diversos para dar a conhecer os diferentes acontecimentos da sensibilização, a fim de exprimir o que mais puro existe na existência. Em “Silêncios”, a rebeldia e fragmentação da linguagem quase que hipnotiza a atmosfera envolvente, desenvolvendo uma sobre-realidade alquímica e mística, purificando a própria palavra e o vazio absoluto.

A força motriz da sua obra concentra-se nesse excesso do sensível, duplamente graça e maldição. Se por um lado, confere acesso a mundos mágicos e ao encanto dos sentidos pela sensibilidade e imaginação, por outro lado, exponencia o sofrimento, a angústia, a dor, a revolta causada pela violência da opacidade e agressividade do mundo, realidade insuportável que estremece o seu universo poético. Poesia de deambulação, vigília inquieta, procura ofegante de espaço vital, grito infinito da fragilidade extrema do ser humano nesta subtil inércia das forças.

O leitor é arrastado por um turbilhão de sentidos, em desvios múltiplos, num excesso imagético — despido e desamparado encontrará a verdade do ser. Apesar de uma poesia marcadamente desassossegada e melancólica, a tónica da mensagem de Filipe Marinheiro é esperança de resolução do mundo pela suavidade, beleza e pelo amor.

Para que se possa melhor conhecer este autor, o único caminho é lê-lo, atravessar a obra para encontrar os seus próprios “Silêncios”.

É possível encontrar uma forte influência dos poetas: Al Berto, Herberto Helder, Artur Rimbaud, Mário Cesariny, Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa, Lautréamont, Paul Verlaine, Stéphane Mallarmé, Charles Baudelaire, Paul Bowles, Antonio Gamoneda, entre outros...


OPINIÃO ACERCA DE "SILÊNCIOS"

«A intenção era apenas ler um, e acabei por ler todos, experimente é bem possível que lhe aconteça o mesmo. 
A sua poesia, a sua crítica revestida por um inconformismo constante. Vem abalar alguns pilares que apesar de corroídos se vão mantendo, cheios de pensos rápidos. Sem ninguém se aperceber ou apercebendo-se e não querendo admitir, estes pilares se não tiverem uma reestruturação, um restauro afim de preservar o que de bom ainda têm, acabarão por cair. Não gosto do cenário. Eles deverão continuar de pé, não com o material degradado e desgastado pelo tempo e curado com pensos rápidos, e sim com uma intervenção cirúrgica que lhe forneça sangue novo. Desejo-lhe muitos leitores e Parabéns Filipe :) adorei e um bem haja à Chiado Editora :)»
Leitora Paula Duarte

 ENTREVISTA

Filipe Marinheiro nasceu em Coimbra, 30 de Julho de 1982. 
É natural e reside em Aveiro.

Em Dezembro de 2013, publiquei o meu segundo livro, “Silêncios”, com a Chiado Editora.

Livro que cria náusea e dor no leitor, ao reviver todas as experiências de vida e de morte e o seu questionamento. “Silêncios” ondula entre o tom alegre e o melancólico. Evoca uma linguagem de pureza e suavidade que abre vórtices para o tangível e o intangível, entre passagens viscerais até atingir percepção absoluta da beleza inimaginável. Dá ar e vida, sangue e respiração… e essa respiração é dicotómica: tanto é ofegante como também abranda, dando pois uma vida e um pulsar do coração a objectos e coisas invisíveis e inanimadas.

Ao percorrer essa beleza que é palpável e impalpável, rasa como que num estilhaço, todos os elementos da natureza e todas as suas paisagens. Uma poesia irrequieta, recalcada, vivenciada numa doçura triste que flutua entre o oxigénio e o dióxido de carbono do dia e da noite.

Poesia em estado selvagem, rebelde. Cada poema que faço é uma busca incessante do silêncio definitivo, alegoria para o local da paz. Procuro rebentar com toda as canonicidades de alguma da literatura actual.

Para mim, só existe o acto de escrita enquanto escrita em si, como pensamento livre. Tudo o resto é literatura… e o acto de leitura e interpretação deve ser igualmente livre, cada pessoa deve tirar a sua própria ilação, procurar os seus próprios silêncios. O mesmo poema poderá ser límpido ou compacto, dependendo dos olhos de quem o lê.

A poesia é um jogo de estados de espírito… aliás, eu não sei o que é a poesia, não sei defini-la. O acto de escrever poesia é simplesmente um jogo de estados de espírito reflectidos num espelho metido para dentro e para fora. A palavra e a linguagem são meros instrumentos. Dialogando diariamente com ela, espero continuar sem saber o que é a poesia e muito menos o que é ser-se poeta! Se pela força da vida algum dia souber defini-los, estarei louco ou morto.

Filipe Marinheiro

Estou à disposição de muito poucas pessoas, detesto as horas profanas quando estou com elas por estar.
É perturbante o meu desgaste ininterrupto apelando à figura diabólica entre crueldade assombrosa e decifráveis homenagens presas aos sustos lúcidos desses diálogos (perguntas-respostas, respostas-perguntas, suposições enfadonhas, inamovíveis, ninguém sabe bem o que é, o que são, para que servem?).

Por isso, é-me trágico, tampouco penoso. Gosto então dessa mestria, quase utópica, de meditar dentro do permanente Silêncio, tocar-lhe na sua essência com o sorriso dum arco-íris... expressar, apreciar, ouvir, tocar, escutar, ser um anónimo para fora e dentro brotando qualquer coisa, chorar, ver apenas... quero o Silêncio, o Silêncio, nada mais, nada menos. Amar, desamar, viver na simplicidade, fazer o certo!

in “Silêncios”, FM, Chiado editora, pág. 327

“Após chutar a dita estética frágil
descreio na cega literatura violentíssima
para mim inexistente
– destrutiva, desfigurada, falecida, mas precisa!
Nem tampouco me comovem as contradições
d’arte emaranhada em muitos contornos decalcados
– um recalcamento absurdo, improdutivo, um salto num vazio absorto...
renego-me profundamente... renego-me, renego-me! aller à Rimbaud... ... …”

in “Silêncios”, FM, Chiado editora, pág. 199