segunda-feira, 30 de junho de 2008

AUTORAMAS EM ARAÇATUBA


Autoramas a 300 km em araçatuba
Os fãs se aglomeravam nas calçadas do rock pub beer,em Araçatuba/sp, para ver e ouvira a premiadíssima banda AUTORAMAS, que agora conta com a presença de FLAVIA COURI no baixo e vocal. Duas outras bandas legais iriam abririam o show: TIA VELHA (ARAÇATUBA/SP) E MEDULA (RJ).Demorou ,mas O autoramas chegou. Tive o prazer de conhecê-los pessoalmente. Mantenho troca de emails com o Gabriel Thomas (vocal e guitarra),já conhecia também a trajetória do ótimo baterista Bacalhau. Que alegria vê-los tão próximos, eles que já conquistaram tantos prêmios na MTV,e lançaram discos incríveis,e são pessoas simples, sem esnobismos e megalomanias pops. Eu e meu amigo Fernando Dagolds tivemos a ousadia,após o convite feito por Gabriel Thomas ,de adentrar o camarim da banda para realizarmos um velho sonho, respeitando a privacidade dos músicos,evidentemente.O bar é um ambiente seguro, livre,aberto para que as amizades possam fluir espontaneamente. Esperamos pela abertura dos show tão esperado. Falei com Flavia Couri sobre a filha do saudoso Glauber Rocha, sobre Beatles e sobre sua incursão pelos Autoramas,sobre bandas do RJ como NELSON E OS GONÇALVES. Acho que o AUTORAMAS mereciam a casa lotada,porém o que interessa é a qualidade do público,não necessariamente a quantidade.Nesses tempos difíceis,as pessoas estão sem grana. E quem estava no bar eram fãs de carteirinha dos AUTORAMAS, gente que adora a banda,que esperou muito por tudo isso. Lá pelas 2 da madrugada, o autoramas subiu ao palco destilando roooccckk!20 músicas sensacionais,abrindo com MUNDO MODERNO,CARINHA TRISTE, HOTEL CERVANTES,e as apocalípticas NADA A VER E MEGALOMANIA,até o sucesso recente de A 300 KM (clipe na MTV), do chapante disco TELETRANSPORTE;o já antigo sucesso de VOCE SABE e PACIÊNCIA. Gabriel Thomas de topete,modelito legal,denuncia a influência de ELVIS PRESLEY com seus trejeitos,costeletas, fúria e alegria ao som de BLUE SUEDE SHOES,e arrasa a festa com FALE MAL DE MIM E SURFIN BIRD. Melhor que isso, só mais AUTORAMAS!!! Bacalhau é seguro, tem o domínio da batera,sempre simpático. Gabriel é também um performer,acrescentando algo de teatralmente valioso ao espetáculo do rock. FLAVINHA COURI, faz a harmonia rítmica com bacalhau em ótima coesão baixo-batera, precisa, viril,pop,exuberante! Essa banda não faz idéia da alegria que eles nos proporcionaram,que voltem sempre!!!!
foto gentilmente cedida por MARIA ROSA
EVERI RUDINEI CARRARA:Músico, escritor,agente cultural.
http://telescopio.vze.com
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sexta-feira, 27 de junho de 2008

O IMPOSTO ESPÚRIO E INÚTIL


Manifestou-se quem deve falar por ter conhecimento de causa. Na qualidade de presidente da Associação Paulista de Medicina, o Dr. Jorge Carlos Machado Curi, em carta publicada pelo jornal “Valor” no dia 17/junho p.p., salientou que existe muito dinheiro para ser aplicado na saúde independentemente da criação de um novo imposto e que o que é preciso fazer é apenas investi-lo em saúde. Simples, realmente simples e basta ter vontade política de aplicar a parcela reservada do dinheiro público para a área da saúde. Está ele coberto de razão quando afirma que “É INADMISSÍVEL QUE USEM O SETOR COMO PRETEXTO PARA A CRIAÇÃO DE MAIS UM IMPOSTO”. Devemos, portanto, acompanhá-lo na sua proposta de conclamar, por todas as formas, os Senadores a derrubarem a CSS, um espúrio imposto travestido de contribuição: assim atuando estar-se-á lutando por um Brasil melhor.
PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO – pedrover@matrix.com.br
R.Lisboa,212 – S.Paulo – Tel: 3088.7799 – RG: 2.666.922
Advogado e Procurador do Estado de São Paulo aposentado

PATO FU


A edição especial do nosso primeiro CD, Rotomusic de Liquidificapum, acaba de chegar da fábrica. Já temos em nossa loja do site e em breve estará nas melhores lojas do ramo. Faixas inéditas, capa caprichada e áudio remasterizado. Fica também o convite pra quem quiser conferir o clipe da música "Rotomusic de Liquidificapum" feito só com cenas de show da banda em 1992, na seção "videos" de nosso site. Quem preferir pode assistir também pelo YouTube Tivemos recentemente a estréia de Dudu Tsuda nos teclados. Dudu vai substituir Lulu Camargo no Pato Fu e também nos shows da Fernanda - divulgando seu disco "Onde Brilhem Os Olhos Seus". Lulu vai fazer falta porque é um gênio como músico e um amigo daqueles raros. Ele tem que se dedicar a alguns projetos pessoais e só podemos desejar a essa grande figura muita sorte. Dudu Tsuda é um músico multi-talentoso que toca também em várias outras bandas legais: Trash Pour 4, Jumbo Elektro, Cérebro Eletrônico. Valeu Lulu! Bem-vindo Dudu!
Mais shows estão sendo marcados pro Japão em setembro. Nossos amigos do outro lado do planeta, aguardem!

SARAU AMPLIFICADO


"O Fogo Anda Comigo" (thefirewalkswithme.blogspot.com) tem como idealização um SARAU AMPLIFICADO, idéia esta muito presente no ambiente acadêmico juizforano, principalmente após apresentação do grupo "O Teatro Mágico" na praça cívica da UFJF. Os amantes da arte de Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira, se deparam com a frustração diária de ver seus espaços de exposição e debates sendo diminuídos dia após dia.Este Sarau Amplificado viu terra fértil no mundo dos blogs na internet. Pode-se constatar uma gama enorme de poetas, ótimos poetas, com seus espaços individuais na rede, uma vez que construir um blog não é tarefa difícil nos dias atuais. Estes poetas, apaixonados pelo que fazem, apresentam necessidade de expor suas obras a partir de alguma ferramenta, porém trabalham de forma desordenada e individual.O Fogo Anda Comigo tenta unir estes bons e novos poetas na representação maior deste talento pouco focado. Unidos, eles podem se fazer presentes e transpor às barreiras que a intelectualidade se depara nos dias atuais ao tentar se manifestar. Busca-se um ponto de encontro para aqueles descontentes com a cultura de massa, por um dos poucos meios de verdadeira liberdade de expressão em nosso tempo.
Nota-se poetas capazes de transmitir sua verdadeira pessoa em versos: bela, ardente, humana. Verdadeiros talentos que merecem ter, e agora o têm, um espaço para exposição e discução de sua arte.
SILAS DELGADO

quinta-feira, 26 de junho de 2008

EDITORA GLOBO LANÇAMENTOS


A DÁDIVA MAIOR
A VIDA E A MORTE CORAJOSAS DA IRMÃ DOROTHY STANG BINKA LE BRETON
Biografia da irmã Dorothy Stang revela a pessoa e os fatos por trás do mito
A dádiva maior – A vida e a morte corajosas da irmã Dorothy Stang, da norte-americana Binka Le Breton, cumpre bem o que diz seu subtítulo. E por um bom motivo: a irmã Dorothy Stang é o caso clássico da pessoa muito conhecida que não é nada conhecida. É muito conhecida, pois uma circunstância de sua vida, seu assassinato no Pará, colocou-a no centro dos noticiários nacional e internacional. Sabemos, então, que se trata de uma missionária norte-americana, de uma senhora de cabelos brancos e óculos que, numa estrada de terra na Amazônia, foi brutalmente fuzilada (quando então também soubemos que essa foi uma morte anunciada). Sabemos ainda o que fazia ali: defendia os oprimidos dos opressores, e, paralelamente, a sobrevivência da flor esta. Mas tudo isso, na verdade, é uma imagem bidimensional e um epílogo. Uma pessoa não se resume ao que faz nem ao modo como morre. Por mais que o que faça e que esse modo sejam incomuns e mesmo heróicos. Na verdade, ao ser incomum e heróica, sua vida torna-se ainda menos compreensível. Pois ninguém nasce nem incomum nem herói. Há a história de uma vida, de uma pessoa real, por trás de tudo isso. Vida e indivíduo que desconhecemos até ler este livro.Uma primeira informação, já no prefácio, inverte uma expectativa tácita quanto à pessoa: “Dorothy encontrava grande alegria nesta autodoação. Este desejo passional não estava fundamentado em um complexo de mártir. Ela amava as pessoas com quem trabalhava – as crianças nas salas de aula em Chicago ou Phoenix, as famílias de imigrantes mexicanos, os colonos camponeses brasileiros. Havia riso e divertimento onde quer que ela estivesse.” Desejo, riso, divertimento: se isto não diminui seu sacrifício, aumenta sua dimensão humana. Outra coisa aqui se manifesta: a visão externa do conflito brasileiro, impressa na expressão, para nós inusual, “colonos camponeses brasileiros”. Assim, ao lado da vida de Stang, uma americana de Ohio, também (re)descobrimos a quest&atild e;o da Amazônia sob outra ótica.Se há algo marcante na origem de Dorothy Stang é a circunstância em que nasceu e viveu a infância, num país em crise, afetado pelo desemprego e pela tensão social (e à sombra da guerra): os Estados Unidos, mergulhados na Grande Depressão. Ter terminado num país assim, o Brasil de 2005, mais uma vez fala muito da pessoa mas também do Brasil, de seu eterno atraso, da capacidade de perpetuar problemas em vez de solucioná-los. Como, aliás, fizeram os EUA nesse meio tempo. Dorothy Stang, então, acreditava na solução de grandes problemas. E foi assim, num crescendo, que passou das crianças para os imigrantes mexicanos e destes para os “colonos camponeses brasileiros”. Por tudo isso, o livro está bem resumido noutra frase do prefácio: “Dorothy Stang, uma pequena senhora de Ohio, tem uma grande mensagem para o nosso mundo.” A pequena senhora e sua grande mensagem estão inteiras neste livro. Em que também aparece inteiro, em primeiro plano, desde o primeiro capítulo (pois o livro abre em flash back), o dia-a-dia real na Amazônia, que assim como a pessoa de Dorothy Stang – e seu medo de morrer – ainda desconhecemos.A AUTORA Concertista que virou escritora, Binka Le Breton é inglesa de nascimento, brasileira de coração. Mora numa fazenda no interior de Minas Gerais, onde gerencia, junto com o marido, o Centro de Pesquisas e Conservação Iracambi (www.iracambi.com), que recebe centenas de pesquisadores e estudantes para trabalhar na conservação da Mata Atlântica e gestão de recursos naturais. Entre seus livros publicados destacam-se Todos sabiam, sobre a morte anunciada do padre Josimo Moraes Tavares. em 1986, e Vidas roubadas, sobre escravidão moderna na Amazônia, ambos publicados pelas Edições Loyola. A BBC de Londres produziu uma peça de teatro baseado no livro Todos sabiam, enquanto Vidas roubadas foi traduzido para quatro idiomas e ganhou um prêmio do World Hunger Year de Nova York. Binka é palestrante muito requisitada, falando em conferências desde pequenos vilarejos do interior da Amazônia até fóruns das Nações Unidas em Genebra

STOOGE E OS CACHORROS


Stooge & Os Cachorros
Sabe aquela banda que quando toca você tem a sensação de já conhece esse som? É porque é Rock n’ Roll (maiúsculo).
Sem firulas, sem baladinhas e sem discursos. Stooge & Os Cachorros é assim. Curto e grosso. As letras não tem nada de bonitinhas.
Inspirados pelos Rolling Stones, tocam também Hendrix, Who, Kinks, etc.
Eles encarnam o estilo Bad Boys e desprezam o rótulo de Indie de seu curriculum.
Já há 3 anos na estrada, ganharam elogios de Thunderbird (ex-mtv e Devotos de Nossa Senhora Aparecida),
Pedro Pelotas (pianista da Cachorro Grande), Cláudio Astronet (Astronet Club de São Paulo), entre outros, provando
que é possível fazer rock n’ roll em português sem perder a essência do estilo.
Formada em 2006, a Stooge & Os Cachorros é um trio: Nando Stooge (baixo e voz), Dimas Horne (guitarra e voz)
e Thiaguera (bateria e voz). A formação permite uma rotação nos vocais. O diferencial? Uma banda que todos os integrantes
cantam e interagem com o público sem aquela formalidade que tem um lead singer.
Com a demo “Pelas quebras de Kirilândia” de 2007, eles já excursionaram por várias cidades. Já dividiram o palcocom bandas como Faichecleres, Devotos de Nossa Senhora, Rock Rocket, Pública e etc.A demo contém 7 músicas que podem ser baixadas no www.tramavirtual.com.br/stooge_e_os_cachorros.A banda entra em estúdio ainda no primeiro semestre para a gravação do seu primeiro álbum que será lançado até o finaldesse ano, já com o interesse de alguns selos e com o título que expressa bem a cara do trio: Rock n’ Deliriu’s.Enquanto o álbum não sai, o jeito é curtir as músicas no www.myspace.com/oscachorros
Lá tem agende de shows, blog da banda, fotos e vídeos.
Comentários
“É um trio tri-afudê! É como se eu estivesse no meio de viagem de ácido em alta rotação”, Pedro Pelotas, Cachorro Grande.
“Eles lotam a minha casa, por isso estão com certeza no top 5 do Astronet”, Cláudio Cunha, Astronet Bar.

Repertório: Rolling Stones, Beatles, Elvis, Chuck Berry, Johnny Winter, Steve Ray Voughan, Jimi Hendrix, Titãs, Ultraje a rigor, Raul Seixas, The Who
Os Cachorros são: Stooge – baixo e voz
Dimas Horne – guitarra e voz
Thiaguera – bateria e voz
CONTATO: 14 32230531/9123 9161 – email:
stooge.cachorros@terra.com.br
www.tramavirtual.com.br/stooge_e_os_cachorros
www.myspace.com/oscachorros
Rock and Delirius Tour 2008
02/08 - Garage Road Bar/Botucatu
01/08 - Festival Solidary Rock/ Bauru
Julho - Gravação/ensaios/estudio
21/06 - Audiogalaxy Bauru
20/06 - Berlim/Marilia
14/06 - Pub Rock Beer/ Araçatuba
31/05 - Funhouse/São Paulo
30/05 - Astronet/São Paulo
29/05 - W Bauru
23/05 - Armazen Bar/Bauru
09/05 - Berlim/Marilia
03/05 - Audiogalaxy/Bauru
02/05 - Bar do Maurelio/Barra Bonita
13/04 - Ser do Bem/Bauru
11/04 - Luxe/Bauru
05/04 - Poços de Caldas/MG
21/03 - Bar do Maurelio/Barra Bonita
15/03 - Berlim/Marilia
01/03 - Bauru/BTC
16/02 - Festa Legale/Bauru
25/01- Festival Grito Rock/Jaú

quarta-feira, 25 de junho de 2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

SILAS DELGADO


Como aquele a desmaiar subtamente,
sem escolha,
sem momento,
sem mente,
semente cruel germinada,
subtamente sofro da cegueira dos ciúmes latente.
.
Ciúmes.
.
Correia de irracionalidade,
irracionalidade instintiva,
espremes meu coração tanto que o deixa pequeno,
e meus bofes são postos pra fora em forma de silêncio.
.
Silêncio.
.
Silêncio mortal para nós,
silêncio grito de dor,
silêncio súplica,
silêncio expressão de meu distanciamento do amor.
.
Distanciamento.
.
Distanciamento porque prefiro adiantar a dor,
enquanto em meu controle,
como se o amor tivesse controle,
do que desconta-la em ti.
.
Por ti.
.
Quanto a dor do ciúme e o medo de te perder,
prefiro ser egoísta há não ser,
não devolverei tamanha carga que me deu e engoli,
faço isso em nome do bem querer,
faço por ti.
Silas Delgado

tela: claude monet

ESCREVIVER É PRECISO?


ESCREVIVER É PRECISO?
Parafraseando o poeta, perguntaríamos: quem lê tanta notícia?
A leitura, afinal, alimenta a vida ou a vida deve ser dividida entre a leitura e o viver?
A lei da vida atura leituras diversas não vividas ou é a vida uma leitura adversa e não dividida?
Entre a dúvida das leituras não vividas e a dívida das vidas não lidas, por quem balançaria o seu coração?
Por outro lado, que impulsos estranhos e ancestrais levariam os poetas a se esquecerem da vida e, divididos, distanciarem-se de si mesmos para a prática de outras leituras?
Esse impulso esquizóide serviria para um entendimento mais amplo do mundo que nos cerca - poetas e leitores - ou apenas serve para fazer-nos esquecer (fuga nº 2?) esse mesmo vasto mundo? Enfim: escreviver ou viver visões?
E, raimundos ou severinos, buscar rimas ou soluções?
Navegar nas águas de um espelho é preciso ou não existem outras traduções/leituras possíveis para a ilusão da vida?
-Clóvis Campêlo
Recife, 1997
http://cloviscampelo.blogspot.com
tela:salvador dali

quinta-feira, 19 de junho de 2008

quarta-feira, 11 de junho de 2008

ARNALDO BAPTISTA NA ROLLING STONE


Arnaldo Baptista
Marcus Preto

Produtivo, o ex-Mutante lança livro e prepara novo disco sem abandonar seu lado psicodélico

Definitivamente fora dos Mutantes, a lenda viva do rock brasileiro não pára de trabalhar. Está compondo um disco novo, em que toca todos os instrumentos, e acaba de lançar Rebelde entre os Rebeldes, ficção semi-autobiográfica escrita em 1980. Sua vida rende ainda o documentário Loki?, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, que deve estrear nos cinemas no segundo semestre. Sua próxima vontade secreta, admite, é “fazer a música telepática”.

É chato ser uma lenda?
Isso me deixa besta. Há uns dois dias, fiz o lançamento do meu livro no Rio de Janeiro. E estava lá uma menina que tinha tatua-do no braço os Mutantes na época da Shell [1968]. Falei pra ela: “Eu não mereço isso!”. Tem coisas que acontecem que a gente nem imagina. Eu gosto.

Rebelde entre os Rebeldes mostra um conhecimento considerável de física e outras ciências. Você estudou esses assuntos?
Esses dados de física me interessam na medida em que a música alcança o campo da matemática. Com isso eu me identifico. O livro tem a ver com os vários lugares onde morei enquanto estava escrevendo. Revelaram-se coisas da minha personalidade que eu nunca esperava. Isso aparece naqueles personagens imaginários. Cada um é uma parte das pessoas com quem convivo e de mim mesmo. Faço uma espécie de condensação do que tem a ver comigo e uso uma pessoa só.
Você chegou a participar de sessões de telepatia, conversas com seres de outras dimensões, viagens no tempo e outras situações narradas no livro?
A única coisa que vi na minha frente foi um disco voador ultrapassar a velocidade da luz. Quando tinha 16 anos, minha mãe me contou que já tinha visto essas coisas, e eu nunca consegui acreditar. Já fiz muitas sessões espíritas, mas nunca tive nenhum dado prático. Então, fiquei por aí, nessa vontade até de fazer a música telepática. Fico imaginando em que ponto de evolução deve estar a física das entidades extraterrenas, que certamente deixam a gente pra trás. Se a gente pudesse partilhar disso seria mais importante do que apostar alguma coisa ou entrar em guerra.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 21 da Rolling Stone Brasil, junho/2008
enviado por LUCINHA/ARNALDO BAPTISTA

sábado, 7 de junho de 2008

ISSO ACONTECE NA DINAMARCA !!!


Isto é para ser divulgado. Se fosse no Brasil, seriamos povos selvagens, como é na Dinamarca, ninguém diz nada, especialmente os DINAMARQUESES. Eles jamais iriam falar mal de si próprios. Esse degradante espetáculo acontece anualmente nas ilhas Feroe, Região Autónoma da Dinamarca. É incrível que ninguém diga nada sobre este crime e atentado ecológico monumental .Trata-se de uma festa anual, onde os rapazes participam ativamente para manifestar a sua passagem à idade adulta. E são membros da União Europeia!... Esta é uma das Nações mais avançadas do Mundo...
Não há duvida que algo terá que acontecer no mundo para que o ser humano seja mesmo humano. enviado pela cantora TETÊ ESPÍNDOLA/SP

sexta-feira, 6 de junho de 2008

CECÍLIA FERREIRA


Apocalipse

Foi bem diferente naquele dia,
apesar da muita réstia de sol
infiltrada pela veneziana
não me espreguicei. As juntas doíam
e sob o cobertor o frio teimava.
Lentamente naquele dia
afastei da minha mente
cada dor que me acudia,
fosse ela egoísta,
fosse ela uma agonia.
Sob aquele cobertor,
não me levantei de um salto.
Em pensamentos e vontades
eu me despia
daquelas justas medidas
como alguém que se alivia
pelo retirar de roupas
que são feitas de suplex:
“Não vou dizer à fulana
as verdades que merece,
não vou dar mais bola aos juros
ou ao Efe-agá-cê,
não vou mais me importar
com o Lula e seu Petê,
com os painéis do senado,
com Jader ou com Kosovo,
com o vestido brocado
com as traças e seus troços.
Deixa eu troçar dos destroços
e destas unhas quebradas,
dos brancos nestes cabelos,
desta arcada desdentada..
Não quero sofrer por dores
de pais que matam seus filhos
de mães de filhos que matam,
da fome e de seus rastilhos
de pólvora que se alastram.
Não irei mais dar ouvidos
ao coração confrangido
que bate aqui neste peito
ou às bravatas intelectuais,
nem ligar pra humilhações,
segregações raciais,
para as vendas de armamentos,
dominações,
televisões,
religiões,
financiamentos,
o poder de ter poder
o poder de poder mais.
Lentamente naquele dia
afastei da minha mente
cada dor que me acudia,
fosse ela egoísta,
fosse ela uma agonia.
Então pus os pés no chão
e, entre o tapete do quarto e o piso
do banheiro, fiz o que nunca fiz:
dei meia volta,
ao armário
à procura de um presente
que um dia alguém me deu!
- e o que nunca apetecia,
de repente apeteceu –
olhei para a sapateira,
me abaixei
– ah, dificuldade –
e vesti, novinho em folha,
por muito antigo que fosse
o chinelinho encorpado
bem macio e agasalhado,
desejando assim a Paz,
não ao mundo
– não mecânica e irrefletidamente
qual qualquer entrevistado
quando quer impressionar –,
mas a mim,
a mim mesma.
A idade faz amar-se.
Lentamente naquele dia
afastei da minha mente
cada dor que me acudia,
fosse ela egoísta,
fosse ela uma agonia.

CECÍLIA FERREIRA/ARAÇATUBA/SP
TELA: salvador dali

ESCULTURA DE RON MUECK


Revolucionário na arte da escultura,
hiper-realista, Ron Mueck, nasceu em Melbourne, na Austrália, em 1958. Ron Mueck
“Boy”, 1999
Medidas da
escultura:4,90m x 4,90m
x 2,50m
“Boy”
(detalhe do detalhe)
“Boy”,
dimensão.
Ron Mueck já teve sua arte exposta nas maiores
galerias do mundo. O sucesso de sua primeira exposição já foi estrondoso, quer seja pela sua arte, quer seja pelo impacto que ela provoca. A fibra de vidro tornou-se seu mármore e seu bronze.
enviado por CECÍLIA FERREIRA:ARAÇATUBA/SP

HAITÍ: CARTA ABERTA AO PRESIDENTE LULA


Haiti : Carta Aberta ao Presidente Lula
Senhor Presidente,
O senhor terá notado que sua visita de hoje, 28 de maio de 2008, não recebeu as boas-vindas daquela de 2006 quando, acompanhado da "seleção", enlouquecia a meio mundo, tratando de fazer-nos crêr que a lua é um queijo. É que, na realidade, as máscaras caíram. Primeiro, pelo rotundo fracasso da MINUSTAH com respeito aos objetivos do próprio Conselho de Segurança da ONU em maio de 2004. Em seguida, porque já mais ninguém crê na "desinteresada ajuda" dessa missão. Nós entendemos de imediato os "subjacentes" desta "benevolência". A vinda do filho do vice-presidente Alencar, proprietário da indústria têxtil mais importante do Brasil, a localizar as zonas francas e verificar com seus próprios olhos nossa famosa "mão de obra mais barata", acabou de abrir-nos os olhos. Hoje, estão igualmente de visita uns capitalistas, seguramente ávidos eles também de apostar neste "ouro vivo": vão se precisando os objetivos. Mas há mais. O povo inteiro experimentou o comportamiento tanto dos altos responsáveis da missão, cobrando uma dinheirada - neste país tão desprovisto de tudo -, como o dos militares: a repressão nos bairros populares já não se demonstra, ao igual que a arrogância dos chefes em comando, ou a atitude dos soldados encaramujados em seus tanques, metralhadoras sempre apontadas à nossa frente, os quais, aproveitando-se da situação de dominação que instalam, cometem violações e outras exações que não têm nome. ou o terror semeado durante os últimos acontecimientos. O fundo e a forma já não deixam pois nenhuma dúvida: obviamente se trata de uma tutela armada, de uma ocupação, que a suposta "ajuda sul-sul" (que não é mais que uma solidaridade entre classes dominantes de país a país sob direção dos rapaces multinacionais) já não consegue enganar mais.
Como tudo isto foi tão longe? Como a revolução mais extraordinária do continente pôde dar à luz a tal profunda humilhação? Como governos resultantes das lutas dos trabalhadores e das mobilizações populares puderam chegar a jogar conscientemente o papel tão degradante de executor dos planos imperialistas? Tratamos de explicar-se-lo no texto adjunto "Todas as roupagens da mentira", que diz, expõe a lógica de tal sentença, e os reais objetivos do projeto imperialista-burgués de exploração ilimitada. E o papel que ali lhe toca ao senhor. Rechaçando sua "ajuda" tal como a concebe e repudiando totalmente a presença de suas tropas armadas, termina preconizando que outra cooperação é possível ".que unificaría todos os operários, todos os trabalhadores e todos os povos, natural e fundamentalmente irmãos; na agricultura, na medicina, na construção de suas cidades, nos risos francos, nas danças e cantos então liberados, na produção coletiva e nos intercâmbios iguais.".
Assim, senhor presidente, considerando que a presença das forças de ocupação da ONU no Haití constituem uma gigantesca bofetada no povo haitiano e em nossos ancestrais que lutaram para deixar-nos um território liberado de toda dominação extrangeira: em nome desta luta contra a dominação, em nome do direito à autodeterminação do povo haitiano, em nome do direito à vida de toda a gente caída sob as balas criminosas dos seus soldados nos bairros populares, mas também com o mesmo sentimento que o ajudou a declarar não grata a quarta frota estadunidense nos portos do seu país; e considerando a necessidade de establecer uma cooperação horizontal entre os povos do sul onde não existiria explotação, lhe requeremos, Sr. Presidente, proceder de imediato a retirada de suas tropas armadas de nosso país.
Yannick ETIENNE - Batay Ouvriye [Batalha Operária]
Camille CHALMERS - Plateforme Haïtienne pour un Droit Alternatif [Plataforma Haitiana por um Direito Alternativo]
Marc-Arthur FILS-AIMÉ - Institut Culturel Karl Lévêque [Instituto Cultural Karl Lévêque]
Guy NUMA - Mouvman Demokratik Popilè [Movimento Democrático Popular]
Ps.: Queríamos entregar-lhe esta carta em mãos próprias: a polícia nacional, que está sob o comando de seus militares, nos proibiu categoricamente toda aproximação e qualquer manifestação de livre opinião.
Postada por: raymundoaraujobr@yahoo.com.br

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O ETERNO MUTANTE EXPOSTO PARA A CÂMARA


O eterno mutante exposto para a câmera
Documentário ‘Loki?’ mostra vida de Arnaldo Baptista
Ricardo Schott
Lóki?, documentário sobre o ex-mutante Arnaldo Baptista, que está sendo feito desde 2004 – antes mesmo da volta do grupo – e deve estrear mês que vem, deixa qualquer fã do músico em compasso de espera. O material selecionado para a edição final do filme, produzido pelo Canal Brasil e dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, já soma três horas de duração, e pode virar um seriado a ser transmitido pelo canal, ou um longa menor para ser exibido em cinemas e festivais. Enquanto a banda continua sem Arnaldo, a memorabilia do músico, com ou sem Mutantes, recebe sua melhor exposição.
– Recuperamos material que estava indo para a lixeira – revela o diretor.
Fontenelle achou, no depósito da TV Cultura, uma imagem raríssima dos Mutantes dividindo o palco com os Novos Baianos, em 1969, num programa chamado Jovem urgente.
– Eles cantaram Banho de lua (sucesso de Celly Campello). Temos também um clipe de lançamento do Loki? (primeiro disco solo, de 1974), exibido no Fantástico, com Arnaldo cantando Será que eu vou virar bolor?, tocando piano num caminhão.
A idéia surgiu quando Fontenelle e o produtor André Saddy produziram um especial com Arnaldo para o programa musical do Canal Brasil Luz, câmera e canção, em 2004, na época do lançamento de seu último solo, Let it bed. O projeto foi crescendo e culminou numa ida do diretor, do produtor e da co-produtora Isabella Monteiro para assistir ao show de retorno do grupo, no Centro Cultural Barbican, em Londres, em maio de 2007. É o ponto no qual o filme começa.
– O filme é sobre o Arnaldo, mas os Mutantes permeiam a história. Não daria para falar dele sem falar da banda – garante Saddy, que não esconde a condição de admirador. – O rock nacional é o Arnaldo, deve tudo a ele. Nossa idéia foi resgatar sua genialidade.Um lado exposto em Loki? é o do Arnaldo pintor. A equipe pediu ao ex-mutante que pintasse um quadro que simbolizasse sua vida. A elaboração da tela aparece no filme, entremeada com depoimentos de Tom Zé, Lobão, Liminha, Lucinha Barbosa (mulher de Arnaldo) e Sean Lennon (filho do ex-beatle e fã dos Mutantes). O músico adorou a experiência.
– Me pedem músicas, mas nunca tinham me pedido para pintar um quadro – brinca Arnaldo. – Foi como se alguém filmasse a gravação de um disco.
Um dos depoimentos mais tocantes é o de Sérgio Dias, guitarrista (até hoje) dos Mutantes e irmão de Arnaldo. Dois anos antes do retorno do grupo, Sérgio disse querer voltar a tocar com o irmão e até pediu desculpas a Arnaldo.
– Lucinha comentou que isso ajudou na volta dos dois ao convívio, já que a declaração foi ao ar no Luz, câmera e canção – lembra Saddy.
Rita Lee, ponto sensível na vida de Arnaldo, não quis falar, mas está bastante presente. Autorizou todos os usos de imagens e de fonogramas e surge no quadro de Arnaldo quando ele pinta uma moça loura e escreve na tela: "Sinto muito".
– Depois ele troca os olhos azuis do desenho por olhos castanhos, parecidos com o da Lucinha – conta Fontenelle, que gravou depoimentos reveladores de Arnaldo sobre a ex-mulher. – Ele faz um mea-culpa, diz que deveria tê-la entendido mais e comenta que, antes da Rita, a figura feminina para ele ainda era a mãe. Mas fala disso com leveza, sempre brincando.Enquanto Arnaldo pinta e escreve – seu primeiro livro, Rebelde entre os rebeldes, saiu há poucos meses pela Rocco – os Mutantes, com Sérgio e Ronado Leme (bateria) da formação clássica, e Bia Mendes nos vocais, iniciam turnê. Fãs antigos da banda, o diretor e o produtor acreditam que tudo está como deveria.
– O Sérgio tem o direito de recomeçar. Talvez não seja como eu gostaria que fosse, mas ele tem esse direito – conforma-se Saddy.

terça-feira, 3 de junho de 2008

LIVRO DE KENARD KRUEL


flash n.1 sobre o livro de KENARD KRUEL
O escritor piauiense KENARD KRUEL escreveu o livro "TORQUATO NETO OU A CARNE SECA É SERVIDA". Um tijolaço de mais de 600 pgs., abrangendo a vida e obra de Torquato Neto,poeta emblemático da Tropicália. O livro é imprescíndivel para os novatos e as gerações mais antigas,que pretendem ler e saber um pouco mais sobre Torquato, o poeta suicidado por essa sociedade ocidental,capitalista e hostil. É um trabalho de fôlego,pois imagino KENARD se debruçando sobre fontes de pesquisas,pessoas, filmes e problemas. O legado de Torquato Neto pode ser também conferido pelas interpretações em discos de CAETANO VELOSO, ELIS REGINA,EDU LOBO, GAL COSTA ,LENA RIOS,GIL,TITÃS,e especialmente em NARA LEÃO (minha cantora preferida, que gravou "vento de maio"/"mamãe ,coragem"/"deus vos salve essa casa santa").KENARD fez um verdadeiro levantamento sobre a cultura brasileira durante os anos de chumbo,pois Torquato era uma espécie de outsider, um poeta-cidadão em permamente risco contra a idelogia esquerdizante e os milicos. Lembra-me de certa forma pertencer a melhor linhagem espiritual de RIMBAUD,ARTAUD,NELSON RODRIGUES,OS BEATNICKS E ROBERTO PIVA. Ou seja, viveu intensamente os extremos,a vidência, não se enquadrava em modismos, em blá-blá-blá acadêmico para auferir altos salários em universidades e boquinhas governamentais.vivia na corda bamba. Era um poeta além, subvertia de fato, o côro dos contentes.Assim como Nara, ele não fazia concessões ao bom gosto,não se curvava perante o bom mocismo. Caetano relata que "torquato era doce",o que me fez pensar mais na proximidade artística do poeta Torquato com Nara.Ambos meigos,corajosos, sutís, dinâmicos,revolucionários na forma e no conteúdo.Ambos suicidados pelo pensamento hegemônico do consumismo boçal.
EVERI RUDINEI CARRARA:editor do site telescopio,músico profissional,escritor,agente cultural,membro da Abrace/uruguai-brasil,membro efetivo da academia Sala dos Escritores,prof.de tai chi chuan.
jornaltelescopio@gmail.com

segunda-feira, 2 de junho de 2008

EDITORA GLOBO


COLEÇÃO

FILOSOFIA FRENTE & VERSO




JOSÉ LUIZ FURTADO, JOSÉ DE ANCHIETA CORRÊA,
JUVENAL SAVIAN FILHO

Nova coleção reforça a tendência contemporânea de reaproximar a filosofia do grande público, abordando filosoficamente temas como morte, amor e Deus




A COLEÇÃO:

Heidegger, o filósofo alemão, afirmou que só era possível filosofar... em alemão – frase que Caetano Veloso popularizou em português. Mas, na verdade, parece que é impossível não filosofar – ao menos nas línguas ocidentais. Pois embora se fale, por exemplo, de “filosofias orientais”, como o budismo, estas jamais se separaram de fato da religião. A filosofia que merece o nome é, portanto, uma criação tão ocidental quanto o soneto – que, aliás, tem um pé na filosofia. Pois se trata de uma poesia pensada (em mais de um sentido), assim como a filosofia é um pensamento construído. Filosofar é pensar pensando também no modo de pensar. Filosofar é um pensar que sabe de si. Daí que tudo o que a filosofia pensa, pensa diferente do senso comu m. Senso comum que, aliás, pensa que a filosofia só sabe pensar sobre temas obscuros. Na verdade, a filosofia pode – e por isso deve – pensar sobre tudo, de um modo que só ela sabe fazer. Incluindo temas como morte, amor, Deus...
A nova coleção da Editora Globo, Filosofia Frente & Verso, cumpre precisamente o papel de trazer a filosofia para o grande público através de temas de grande interesse. Cada livro, de cerca de 150 pp., escrito por um especialista de maneira ao mesmo tempo acessível e sedutora, aborda então um único tema de modo simultaneamente amplo e sintético – incluindo, ao final, as seções “Ensaiando leituras”, com a reprodução de passagens de grandes autores sobre o tema, e “Bibliografia”. Se disto resulta, por um lado, uma síntese do que a filosofia pensou sobre o tema, de outro, apresenta uma pequena história temática da filosofia. Pois sintetizar o que a filosofia já pensou, por exemplo, sobre a morte, o amor, Deus, é também mapear a própria histór ia da filosofia.
Os primeiros lançamentos da coleção são, justamente, Morte, por José de Anchieta Corrêa (128 pp.), Amor, por José Luiz Furtado (134 pp.), e Deus, por Juvenal Savian Filho (108 pp.). Três dos maiores temas tanto da vida quanto, por isso mesmo, da filosofia.

OS LANÇAMENTOS:
Morte, de José de Anchieta Corrêa, é talvez o livro, digamos, mais natural da coleção. Pois a morte foi, desde sempre, um dos principais temas da filosofia, a partir da constatação de ser a única certeza da vida. Logo, um objeto irresistível para homens de pensamento – considerando que, então, todo resto é dúvida. Porém a morte é uma certeza paradoxal, pois uma certeza opaca: sabe-se que ela é certa, mas dela não se sabe nada ao certo. Ou talvez se saiba tudo, que é ser o fim da vida. O que se sabe, enfim, com certeza, é não o que seja a morte, mas o que não seja: isto é, a não-vida. Não-vida que se revela, assim, parte certa, incontornável, da vida. Pensar sobre a morte revelou-se, afinal, pensar sobre a vida. Foi por esse caminho que trilharam os primeiros filósofos gregos, concluindo, de um lado, que a vida é uma longa preparação para a morte, e de outro, que a morte não existe, porque, ao morrer, um homem deixa de existir, logo, não pode viver a própria morte. E se ela não será jamais vivida, por mais certa que seja, não faz afinal parte de vida, não fazendo, então, nenhum sentido se ocupar dela ou se preocupar com ela. Uma certeza clara que resta dessa certeza complexa é, enfim, ser ela um dos temas mais naturais (em mais de um sentido) da filosofia.
Amor, de José Luiz Furtado, deflagra imediatamente uma questão: como o amor é um dos temas mais corriqueiros da cultura contemporânea – não tendo sido necessariamente um tema dominante em todas as épocas históricas, mesmo no Ocidente –, é difícil à primeira vista imaginar o que a filosofia pode acrescentar a um assunto já abordado por todos – da música popular à poesia, passando pelo cinema e pelas conversas de bar e de chats da internet. Mas justamente por isso, a filosofia pode dar ao tema um vigor renovado, distante, portanto, das grandes redundâncias. Se o amor é um tema vital, abordá-lo de forma inteligente é, além de inteligente, vital. Este livro, portanto, o aborda não apenas de modo inteligente, como abrangente, mapeando a hist&o acute;ria do amor desde a filosofia grega (e o mito de Eros) até o surgimento moderno do amor romântico e sua permanência na cultura contemporânea.
Deus, de Juvenal Savian Filho, é uma verdadeira minibiografia de Deus. Não do ser de Deus, naturalmente, que, se de fato existe, não tem biografia. Mas da idéia ou idéias de Deus; assim, alguns de seus capítulos são: “O Deus dos filósofos antigos”, “O Deus dos filósofos contemporâneos”, “Questões sobre Deus e o ser humano” “Deus não é uma hipótese desnecessária?”, “Deus e as ciências”. E como Deus se tornou, a despeito de todas as expectativas do início da modernidade, um personagem central da cultura (e da política) contemporânea(s), este livro sintético, mas extensivo, funciona como aqueles pequenos dicionários de viagem: torna a “viagem” pela nossa própria cultura, se n&a tilde;o mais fácil (o papel da filosofia não é facilitar as coisas, mas dar a devida dimensão de sua dificuldade), um pouco mais compreensível.
Ficha técnica:
Título: Morte
Autor: José de Anchieta Corrêa
Número de páginas: 128
Formato: 12,3 cm x 20,5 cm
Preço: R$19,50
ISBN: 978-85-250-4474-7
Título: Amor
Autor: José Luiz Furtado
Número de páginas: 134
Formato: 12,3 cm x 20,5
Preço: R$21,00
ISBN: 978-85-250-4473-X
Título: Deus
Autor: Juvenal Savian Filho
Número de páginas: 106
Formato: 12,3 cm x 20,5 cm
Preço: R$18,00
ISBN: 978-85-250-4472-3
Informações:
Verônica Papoula e Julie Krauniski
E-mail: imprensaglobolivros@edglobo.com.br
Telefones: (11) 3767-7819 / (11) 3767-7863