sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

RUA AVANHANDAVA EM SÃO PAULO


Avanhandava
Rubens Ramon Romero
Quantas certezas pela Rua Avanhandava antiga:
o mundo sempre foi antigo,
a vida deliciosa,
sempre houve lugar pacato,
o sol descobrira a rua.
Seguir... Seguir caminhos
ao som das canções
e dos acordes poéticos.
Parar para um café expresso amigo, contigo,
Saborear massas olhando quem passa.
Deixar-se levar mansinho pelo cheiro do molho Mancini.
Apreciar o jeito com que me explicavas tudo, com as mãos.
E na noite quando as cadeiras foram postas nas calçadas,
soavam nas mãos dos serestei ros, harmonia cantada.
Em nenhum momento havia dúvidas
que o tempo também passava na cadência,
e o ritmo na canção.
Entre as tantas lembranças que trouxemos
está um ar de encanto da Avanhandava
e uma promessa de voltar um dia.
Pisar novamente nessa rua,
sentir aquela brisa do ar reconhecida e
fazer com que ouçam nossas vozes
em nossos versos, em antigas canções,
em qualquer canto de bar,
no Bar do Canto.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

LEO CAVALCANTI


RELIGAR E DAR OUVIDOS AO MISTÉRIO:
O POP TRANSCENDENTAL DE LEO CAVALCANTI
Por TATÁ AEROPLANO

Leo Cavalcanti foi um desses encontros mágicos. Tulipa sempre dizia: “Tatá! Você tem que conhecer o Leo! Você tem que conhecer o Leo!” O que aconteceu no final de 2005 em
São Lourenço, MG; foi amizade e afinidade musical dessas que pouquíssimas vezes
acontecem. E agora estou aqui com a missão de escrever sobre e totalmente absorvido por esse lindíssimo trabalho, que não cabe em palavras e sensações porque é metafísico, é plural, é movimento, é arte no seu estado mais elevado.
“Religar” tem que ser escutado com calma, como se estivesse numa sessão de cinema, só
você e a tela, só você e as músicas, palavras, sons, sensações, imagens, amores, danças, ritmos, lugares,essências, sabores e quando você se dá conta, o disco acabou,
o filme terminou. É uma película sonora que vai te embalar, um clássico!
Então você dilata o tempo para apreciar mais e mais vezes.
Projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural - 2009.
DELEDELA
As canções são fortes, viciantes, dançantes, com melodias e letras lindas. E você quer mais, quer mostrá-las aos mais próximos e naturalmente elas ganharão a dimensão das rádios, embalarão trilhas e histórias de vida mundo afora. O disco do Leo é exatamente assim, genuinamente “Pop”, ou melhor, “Pop Transcendental”.
Dar “Ouvidos ao Mistério” é o nome da primeira faixa, e dar ouvidos ao grande mistério é fundamental para prosseguir viagem em “Religar”, disco produzido por
Leo, Décio 7 e Cris Scabello, mixado por Gustavo Lenza e masterizado por Felipe Tichauer Betão Aguiar também participou da produção de algumas faixas que estão no disco. Os arranjos em geral foram criados por Leo, assim como a concepção sonora que foi desenvolvida inicialmente em seu estúdio caseiro e totalmente integrada ao processo de composição. É um trabalho criado e confeccionado a partir de muitas edições, misturando elementos acústicos e eletrônicos como retalhos – religados, resultando num disco de camadas. Outra coisa muito bem acertada em Religar, foi a maneira como Leo trabalhou as camadasde vozes, sempre com muita criatividade e propriedade. A banda formada por; Guilherme Held (guitarra), Marcelo Dworecki (contrabaixo) e Décio 7 (Bateria), marcou presença com personalidade, acrescentando uma série de elementos sonoros de modo a refinar e tornar orgânicos os arranjos produzidos por Leo. O disco conta com a participação de Tulipa em “Sem (des)esperar”, Marcelo Jeneci em “Acaso”, Douglas Felis tocando Alaúde e Derbak, entre muitos instrumentistas. Eu tive a felicidade de participar em “Chuvarada”, música nossa, única parceria do álbum todo composto por Leo. Religar é um álbum tecnicamente primoroso, épico, místico e conceitual, concebido com paixão,
questionamentos, embates do eu com o outro, onde Leo se entrega de corpo e alma, traz o mundo para dentro de si e recria suas influências com originalidade.
Alaúdes, castanholas, música oriental, djambes, flamenco, violinos, trompetes, música
norte-americana, estalos, afoxés, bandolins, cellos, programações eletrônicas estão em plena harmonia com a banda e cada palavra cantada por Leo: Artista sublime! Cantor extraordinário!O mestre Glauber é reverenciado com vinhetas do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, Fernando Pessoa com o Livro do Desassossego ganha citações na canções “Soldado” e “Vou Ser Você”, e Frederico Garcia Lorca aparece na “Vinheta: Cantos Novos” Cada canção de “Religar” dialoga com a procura incessante de mudar, de buscar o mundo mas sem deixar também de olhar pra dentro. Em “Inalcançável Você”, Leo diz:
E se eu disser que eu quero aprender a me amar
e te amar também ao mesmo tempo
Você teria tempo?
e depois emenda:
Eu inventei o Inalcançável Você
me fiz escravo do meu medo de ser.
Já a belíssima música que dá nome ao álbum começa com os versos
Me cansei do cansaço
de não buscar meu mais sincero porque dói demais
outros trechos da mesma canção são muito reveladores
Ensaios de encontro com Deus
Mas é um ego velho que desenha os sonhos seus
e em seus traços a verdade se escondeu (…)
o meu frágil é meu forte
morte é sempre um renascer
o milagre é uma constante
é só querer ver
pra ser”.
“Religar” é a sétima faixa do disco e está justamente no centro, no meio, religando o início ao fim.Conversando via email com o Leo sobre o processo de criação e concepção do disco, transcrevo umtrecho que acho ser fundamental para “Religar”:
“A constante necessidade de transformação, do superar-se… do deixar-se nu para si mesmo, comsuas fraquezas e forças… creio ter a ver com isso. Colocar-se em xeque para poder ser realmenteespontâneo e amar-se verdadeiramente. Essa é uma questão que todos vivem em algum nível:
a grande dificuldade de se enxergar e de ser realmente livre consigo mesmo. Uma questão destaera, que está atingindo seu limite… penso que essa é a principal mensagem do disco.Assumir o absurdo e a beleza da existência, a fraqueza e as limitações do estado atual deautoconsciência e o grande potencial disso tudo. Religar é o que podemos fazer”.O mundo precisa ser apreciado com tempo, com olhos atentos, com calma e paciência, com
“A Tal da Paciência”. É preciso estar atento e forte, respirar fundo, recomeçar e religar.Leo nos presenteia com canções lindas, ensinamentos pra nossa geração, música feita pro corpo e pra alma com muito amor, ciência, desprendimento e (in)consciência.Leo, obrigado por me fazer voar esses dias. Obrigado por esse belo disco.
Tatá Aeroplano
Mercedes Tristão / Carola González
namídia assessoria de comunicação
(11) 3034-5501. ramal 217

DELEDELA
www.myspace.com/leocavalcanti
www.leocavalcanti.com.br
contato@leocavalcanti.com.br
lidiachaib@uol.com.br
11 8552-9351

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

LÉO CAVALCANTI


RELIGAR E DAR OUVIDOS AO MISTÉRIO:
O POP TRANSCENDENTAL DE LEO CAVALCANTI
Por TATÁ AEROPLANO

Leo Cavalcanti foi um desses encontros mágicos. Tulipa sempre dizia: “Tatá! Você tem que conhecer o Leo! Você tem que conhecer o Leo!” O que aconteceu no final de 2005 em
São Lourenço, MG; foi amizade e afinidade musical dessas que pouquíssimas vezes
acontecem. E agora estou aqui com a missão de escrever sobre e totalmente absorvido por esse lindíssimo trabalho, que não cabe em palavras e sensações porque é metafísico, é plural, é movimento, é arte no seu estado mais elevado.
“Religar” tem que ser escutado com calma, como se estivesse numa sessão de cinema, só
você e a tela, só você e as músicas, palavras, sons, sensações, imagens, amores, danças, ritmos, lugares,essências, sabores e quando você se dá conta, o disco acabou,
o filme terminou. É uma película sonora que vai te embalar, um clássico!
Então você dilata o tempo para apreciar mais e mais vezes.
Projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural - 2009.
DELEDELA
As canções são fortes, viciantes, dançantes, com melodias e letras lindas. E você quer mais, quer mostrá-las aos mais próximos e naturalmente elas ganharão a dimensão das rádios, embalarão trilhas e histórias de vida mundo afora. O disco do Leo é exatamente assim, genuinamente “Pop”, ou melhor, “Pop Transcendental”.
Dar “Ouvidos ao Mistério” é o nome da primeira faixa, e dar ouvidos ao grande mistério é fundamental para prosseguir viagem em “Religar”, disco produzido por
Leo, Décio 7 e Cris Scabello, mixado por Gustavo Lenza e masterizado por Felipe Tichauer Betão Aguiar também participou da produção de algumas faixas que estão no disco. Os arranjos em geral foram criados por Leo, assim como a concepção sonora que foi desenvolvida inicialmente em seu estúdio caseiro e totalmente integrada ao processo de composição. É um trabalho criado e confeccionado a partir de muitas edições, misturando elementos acústicos e eletrônicos como retalhos – religados, resultando num disco de camadas. Outra coisa muito bem acertada em Religar, foi a maneira como Leo trabalhou as camadasde vozes, sempre com muita criatividade e propriedade. A banda formada por; Guilherme Held (guitarra), Marcelo Dworecki (contrabaixo) e Décio 7 (Bateria), marcou presença com personalidade, acrescentando uma série de elementos sonoros de modo a refinar e tornar orgânicos os arranjos produzidos por Leo. O disco conta com a participação de Tulipa em “Sem (des)esperar”, Marcelo Jeneci em “Acaso”, Douglas Felis tocando Alaúde e Derbak, entre muitos instrumentistas. Eu tive a felicidade de participar em “Chuvarada”, música nossa, única parceria do álbum todo composto por Leo. Religar é um álbum tecnicamente primoroso, épico, místico e conceitual, concebido com paixão,
questionamentos, embates do eu com o outro, onde Leo se entrega de corpo e alma, traz o mundo para dentro de si e recria suas influências com originalidade.
Alaúdes, castanholas, música oriental, djambes, flamenco, violinos, trompetes, música
norte-americana, estalos, afoxés, bandolins, cellos, programações eletrônicas estão em plena harmonia com a banda e cada palavra cantada por Leo: Artista sublime! Cantor extraordinário!
O mestre Glauber é reverenciado com vinhetas do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, Fernando Pessoa com o Livro do Desassossego ganha citações na canções “Soldado” e “Vou Ser Você”, e Frederico Garcia Lorca aparece na “Vinheta: Cantos Novos” Cada canção de “Religar” dialoga com a procura incessante de mudar, de buscar o mundo mas sem deixar também de olhar pra dentro. Em “Inalcançável Você”, Leo diz:
E se eu disser que eu quero aprender a me amar
e te amar também ao mesmo tempo
Você teria tempo?
e depois emenda:
Eu inventei o Inalcançável Você
me fiz escravo do meu medo de ser.
Já a belíssima música que dá nome ao álbum começa com os versos
Me cansei do cansaço
de não buscar meu mais sincero porque dói demais
outros trechos da mesma canção são muito reveladores
Ensaios de encontro com Deus
Mas é um ego velho que desenha os sonhos seus
e em seus traços a verdade se escondeu (…)
o meu frágil é meu forte
morte é sempre um renascer
o milagre é uma constante
é só querer ver
pra ser”.
“Religar” é a sétima faixa do disco e está justamente no centro, no meio, religando o início ao fim.
Conversando via email com o Leo sobre o processo de criação e concepção do disco, transcrevo um
trecho que acho ser fundamental para “Religar”:
“A constante necessidade de transformação, do superar-se… do deixar-se nu para si mesmo, com
suas fraquezas e forças… creio ter a ver com isso. Colocar-se em xeque para poder ser realmente
espontâneo e amar-se verdadeiramente. Essa é uma questão que todos vivem em algum nível:
a grande dificuldade de se enxergar e de ser realmente livre consigo mesmo. Uma questão desta
era, que está atingindo seu limite… penso que essa é a principal mensagem do disco.
Assumir o absurdo e a beleza da existência, a fraqueza e as limitações do estado atual de
autoconsciência e o grande potencial disso tudo. Religar é o que podemos fazer”.
O mundo precisa ser apreciado com tempo, com olhos atentos, com calma e paciência, com
“A Tal da Paciência”. É preciso estar atento e forte, respirar fundo, recomeçar e religar.
Leo nos presenteia com canções lindas, ensinamentos pra nossa geração, música feita
pro corpo e pra alma com muito amor, ciência, desprendimento e (in)consciência.
Leo, obrigado por me fazer voar esses dias. Obrigado por esse belo disco.
Tatá Aeroplano
Mercedes Tristão / Carola González
namídia assessoria de comunicação
(11) 3034-5501. ramal 217
DELEDELA
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www.leocavalcanti.com.br
contato@leocavalcanti.com.br
lidiachaib@uol.com.br
11 8552-9351

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

RUA AVANHANDAVA EM SP


Rua Avanhandava
Após passar por uma grande reforma há cerca de dois anos, que lhe conferiu ares de boulevard, a Rua Avanhandava, que no passado foi o grande reduto de artistas em São Paulo, ficou ainda mais atraente para paulistanos e turistas que buscam diversidade gastronômica e cultural. Na via de ladrilhos coloridos, a boemia impera. E a boa gastronomia também, de barzinhos descolados com boa comidinha e acepipes a tradicionais restaurantes com cardápio internacional. As lojas alternativas e galerias de arte também são uma estimulante pedida.

Nessa segunda feira, dia 27/12/2010, reuniram-se na Rua Avanhandava, centro de São Paulo, alguns líderes de encontros literários, e entre eles estavam o Ferretti, o Galdino, o Jaime, a Mirian Warttush e outros companheiros e simpatizantes de Saraus Literomusical. A intenção da reunião era conhecer melhor o local e estudarmos a possibilidade de realizarmos um sarau nesse novo Boulevard de ares europeu.
Após algumas horas de um bate papo maravilhoso e descontraído entre os participantes, ficou combinado de marcarmos um novo encontro em breve para fazermos o lançamento oficial desse novo ponto cultural que está para nascer. E assim que tivermos definidas as datas para a realização do Sarau entraremos em contato com todo mundo para que possamos fazer uma festa de inauguração para ficar marcada na história.
Fiquem atentos. No mês de Janeiro o Jornal Virtual Cataversos trará todas as informações sobre o evento.

Acesse o site abaixo para e conheça o charme da Rua Avanhandava:
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=420682
Abraços.

PRÊMIO PARA EVERI RUDINEI CARRARA

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

ADRIANA MANARELLI


Ceia
(Adriana Manarelli)

Seis concavidades amarelas
No semblante fosco —
E o reflexo velado, salgado e gélido,
Sem cor, transcende
No sétimo circuito, centro
Do círculo embaciado.

Mensagem entrançada nas artérias,
Pétala negra,
Pétala azul,
Minhas entranhas
Se estreitam
Bem fundo:
Um racemo de orvalho.
Essa noite

Em que os astros
Se entrelaçam,
Meus querubins em sangue
Guardam minhas veias
E velam por minha respiração
Quando meus dogmas aurinegros cantam
As espirais que serpentiam
Prata e vermelho.
A cordélia alva dispara
O míssil anil perene.

24/12/2010 TELA: jackson pollock

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

ANAND RAO

MARCELO BADARI


desafio/ilustração de marcelo badari

JACKSON POLLOCK


REFLECTION OF THE BIG DIPPER

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

LEO CAVALCANTI


Leo Cavalcanti cria pop transcendental a partir de máscaras Publicidade
MARCUS PRETO/FOLHA DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO

Com o lançamento, hoje à noite, de "Religar", primeiro álbum de Leo Cavalcanti, podemos considerar encerrado o ano que coroou a guinada paulistana para o centro criativo da música brasileira. Leo vem se unir a Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz, Karina Buhr, Luisa Maita, Thiago Pethit e outros estreantes que, nem sempre nascidos na cidade, trabalharam nutridos pela cena que nela se instalou. E acabaram por construir, em 2010, discos importantes para o que será o Brasil da próxima década.
Esteticamente, "Religar" (DeleDela; R$ 20, em média) não se parece com nenhum dos supracitados --o que o torna um filho legítimo da geração que não organiza movimentos homogêneos, mas se une para colaborar uns com as diferenças dos outros.
Produzido em nove meses de estúdio por Leo e mais Décio 7 e Cris Scabello, o disco se caracteriza pela grandiosidade dos arranjos, compostos por sobreposições de guitarras, alaúdes, beat box, violinos, castanholas, trompetes, bandolins, cellos e programações eletrônicas. "Gravamos todas as músicas ao vivo, depois picotamos esse material [no computador] e fomos colando as camadas de instrumentos, os coros", diz. "Grande parte dos arranjos já nasceram na hora da composição, a partir da batida do meu violão."
A tal batida de violão vem da linhagem percussiva de Gilberto Gil, Djavan e Lenine. Leo atribui o estilo ao passado de percussionista, quando, aos 14 anos, era músico nos shows do pai, Péricles Cavalcanti, e do grupo infantil Palavra Cantada.
Caroline Bittencourt/Divulgação
O cantor e compositor Leo Cavalcanti, 26, em foto de divulgação de seu primeiro álbum, que se chama "Religar"
IOGA
O conteúdo das letras também distingue Leo dos colegas da cena. No texto que escreveu sobre o CD, seu parceiro Tatá Aeroplano o classifica como "pop transcendental" --o que dá uma boa dica a respeito da temática geral.
Leo cita como principal agente motivador de suas músicas a "necessidade de trabalhar com as questões do ego, entender a estrutura da mente, identificar as nossas máscaras e os escuros que evitamos tanto olhar".
Ele conta que foi tomando intimidade com tais assuntos a partir da ioga, que pratica há seis anos, e do interesse por ciências holísticas.
Todo esse repertório já vem sendo testado desde 2007, quando estreou uma temporada de shows no Grazie a Dio, na Vila Madalena. Ali, chamou a atenção principalmente pela impactante performance, que incluía figurinos andróginos e marcação cênica. No show de hoje, não pretende recorrer a nada disso. "Naquele começo, queria estabelecer um roteiro marcado. Com as mudanças que vieram com o disco, tenho vontade de trabalhar a espontaneidade e a liberdade."

TANIA TAVARES


Salvando "o cara"
Não posso concordar com alguns comentários feitos pela mídia dizendo que esta greve dos aeronautas seria um absurdo se feita neste momento de festas, pois colocaria a população contra eles. Ora srs., o governo Lula teve pelo menos 6 anos para colocar em ordem a INFRAERO, a ANAC, através do Ministro da Defesa, e outros setores responsáveis pelo bom andamento dos Aeroportos, neles inclusos as companhias de aviação.
O que vimos foram maquiagens mal feitas, pois já sabiam que isto vinha ocorrendo nos natais passados, e muito pouco fizeram. Como agora o "cara" terminaria o mandato com esta greve nas costas e querendo ou não as pessoas não estariam felizes, "força" um recuo, que gostaria muito de saber do presidente do sindicato dos Aeronautas como foi feito "o acordo" de Não greve para que 2010 termine às mil maravilhas. Quem faz greve tem que escolher a melhor hora para fazê-lo, e o ex-sindicalista Lula muito usou deste expediente!
Oras, depois do dia 07 /01/11 os trabalhadores estarão enfraquecidos, as companhias lucrado e o "cara" nos picos da aprovação terminado o governo. Brasil um país de TOLOS!
Tania Tavares
São Paulo- SP

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CECÍLIA FIDELLI


Chove lá fora.
(Poema para Everi R. Carrara).

Chove lá fora.
Ele flerta, envolve-se.
E sem camisa nem nada,
dobra os joelhos
e põe as mãos na cintura dela,
insistindo que devem ficar,
porque chove lá fora.
Vulnerável ao encanto feminino,
rostinho de menino,
sente-se
completamente livre para amar.
Então o subordinado
dos mistérios da sedução,
agradece à sua fada madrinha,
porque chove lá fora.


Cecília Fidelli.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

EL JUSTICIERO


Café Tacuba, Fito Páez y otros - El Justiciero cha cha cha: Un tributo a Os MutantesRollingStone
Comunidad RS
Nada mas "justiciero" (apropiándose del título de una de sus canciones) que esta suerte de tributo iberoamericano a Os Mutantes, luego de que su redescubrimiento fuera apadrinado por artistas del rock anglosajón, como David Byrne, Beck y Kurt Cobain. Este ambicioso proyecto independiente con dieciocho temas, reúne artistas (algunos famosos, otros emergentes) de Argentina, Uruguay, Colombia, México, Brasil y España, y fue producido por los brasileños Arthur de Faria y Sandro Bello y los argentinos Manuel Onís -quien también participa como intérprete- y Humphrey Inzillo (de la redacción de RS). A diferencia de otros tributos, éste tiene a su favor cierta coherencia dentro de la diversidad, y puede escucharse como un disco integral, entre otras cosas por la preponderancia de percusiones e instrumentos acústicos en la mayoría de los temas. Una vez superada la sorpresa (para quien conoce las versiones originales) de escuchar muchas -aunque no todas- canciones en castellano, empiezan a aparecer las joyas.El nivel general es muy bueno, pero Os Mutantes -al igual que el Pink Floyd de Syd Barrett- tenía una magia elusiva, un elemento lindante con la locura que es muy difícil de atrapar, especialmente si se lo encara con una mirada reverencial. En la segunda mitad del disco, aparece una seguidilla de temas que capturan ese espíritu, a cargo de Fernando Cabrera, Pablo Dacal, Manuel Onís y La Chicana. También para destacar: dos artistas españoles poco conocidos por estas playas, Refree y Silvia Pérez, que aportan versiones delicadas y hermosas; Aterciopelados, que se dan el lujo de contar con el guitarrista original de Os Mutantes, Sergio Dias, y los colombianos Asdrúbal, que aportan una cuota de locura que suena como el encuentro de Zappa y Os Mutantes.

Por Claudio Kleiman

ENVIADO POR LUCINHA E ARNALDO BAPTISTA

ADRIANA MANARELLI


Espetáculo (
Adriana Manarelli)

A ousadia, pensava,
Embalava o fim de uma era.
De repressão e distorção da identidade.
E a oprimida cinzenta
Num interlúdio paradoxal
Desabrochou um embrião corporificado.

Aspiro o puro veículo acumulado,
Rota de fuga singular,
Centro magnético
De perplexa subjetividade.
Esta manhã quero esse gótico
Azul, feito de abóbora de ocre à tarde.
Quero esse apinhado de brocado: noite
Dos olhos de Irina da noite.

De rígidas estruturas passivas
A singular alteridade
Grunhiu espontânea:
A destemida Laélia
No gemedouro do universo.
A terra, os cabelos de açucena,
Os interlúdios de primazia,
O soberbo sol de ébano
Tombando Órion,
Sobre o espaço da verve.

EFIGENIA COUTINHO


Fantasias
Efigênia Coutinho

Há uma Deusa muito desejada e amada
Ao teu lado com tesão embriagada,
A perde qualquer razão diante do sentir
Até os Deuses felizes vão consentir.


Vem com teu fogo matar este desejo
Com teu gozo, na carne febril sem pejo,
Faz-me mulher, rasga sem censura,
A timidez que esconde minha ternura.


Navegaremos por loucas fantasias,
Matando a fome da boca sem simetrias,
A megulhar na fenda já intumescida
Para receber teu gozo em acolhida.


Vem nessa dança frenética da libido,
Sem medo ousar, vem lúbrico e atrevido
Onde a tua carne em mim se inflama,
Para perecer na fenda que te clama.

ANDRÉ AUGUSTO PASSARI


André Augusto Passari
Ribeirão Preto / SP

Improvável amor, mais provável amor

Improvável amor, mais provável amor
Das flores que guardas no peito
Quais delas lhe trazem rancor?

Improvável amor, mais provável amor
Dos beijos não consentidos
Quantos a deixaste em rubor?

Improvável amor, mais provável amor
Das noites despidos no leito
Em quantas sentiste pavor?

Os carinhos, os espinhos, o destino...

Improvável amor, mais provável amor
Sem risco, sem perigo, sem um grito
Jamais se dirá que foi amor

CONTINENTAL COMBO


Clube Berlin apresenta a festa: "Turn On, Tune In, Drop Out"Flyers distribuídos e cartazes fixados pela cidade, e só pra lembrar mais uma vez:
Sábado, 18 de dezembro, faça chuva ou faça sol, é dia de ir ao Clube Berlin na festa "Turn On, Tune In, Drop Out" e conferir o Cosmo Shock exercitando lisérgia com seus teclados e guitarras saturadas (aos presentes a garantia de ouvir covers de Kim Fowley, Hendrix, Them e Serguei) já o Continental Combo repassa seus riffs de guitarra de 12 cordas, incluíndo no set do show faixas do The Charts, Buffallo Springfield, Momento 68 e Wilson Pickett. Seu 3º album "Conveniências na Cidade" já está pronto e tem lançamento previsto para o início de 2011 pela Voice Print.
Na pista, som direto das bolachas de vinil, com as Thee Pushin too Hards, Lipa e Anumati.
Um grande abraço e até lá.
Festa "Turn on, Tune In, Drop Out":
Sábado, dia 18 de dezembro, à partir das 23h
$15 Porta / $10 Lista / $30 Consuma
$10 Porta / $7 Lista ou / $25 Consuma.
listaberlin@gmail.com
Clube Berlin
www.clubeberlin.com.br
Rua Cônego Vicente Miguel Marino,85
Barra Funda - 11 3392-4594
www.myspace.com/cosmoshock
www.myspace.com/continentalcombo

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CAVALEIRO SIDERAL


CAVALEIRO SIDERAL
Montei o meu cavalo encantado,
mil anos-luz varei num só minuto;
Na cancha reta de um céu dourado,
sonhei-me o cavaleiro absoluto.

Solto aos galões, em campo estrelado,
Galáxias campeei, tão resoluto,
e em passo, marcha,trote,ou esquipado,
tangi cometas no abissal reduto.

Se a pata, no que toca,tudo acende,
saltei de astro em astro,qual duende,
como um folgaz e luminoso rei.

Transpondo o "pingo" um sideral abismo,
senti-me estremecer dentro de um sismo
e...ao cair da cama...acordei!...

Ernane Gusmão http://ernanegusmao.blogs.sapo.pt/


Efigênia Coutinho
Presidente Fundadora
AVSPE

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

MADAME MIM LANÇANDO NOVO CD


Estou lançando meu novo CD "Quero Ver Seu Bang Bang". Um álbum de canções com pegada eletropop, cada faixa remete a diferentes referências do dance, do eletro, do rock'n'roll, seventies, eighties, nineties and today. Produzido por três feras: Stigma em "Ping Pong" (com um cheirinho de new wave e a participação especial de Marcelo Adnet), "Mimderella" (delicada em todos os detalhes), "Pode Pode" (e seu refrão bubblegum) entre outras; Plínio Profeta em "Hipnotizar" (dancefloor irresistível); Fabrizio Iorio em "À Prova D'água" e JR Tostoi na faixa de encerramento "The Adeus" (climão de set ending). Direção artística Rafael Ramos e realização Vigilante/ Deck.
Acompanhando o lançamento do álbum também chega a nova coleção de roupas com muito brilho e texturas pra vc compor um visual rockstar. ;)
A idéia era transpor o conceito do visual e apresentar uma coleção prêt-à-porter dentro do meu estilo. Ficou incrível!
A coleção já está a venda pelo site www.7polegadas.com.br/mim
fotos by Egydio Zuanazzi/ marca parceria ECOW e DHUO
"Quero Ver Seu Bang Bang" é um ótimo presente de natal, einh! ;)
Vc já pode comprar na loja mais próxima ou nos seguintes links: FNAC - SARAIVA.
Beijos,
MIM

ADRIANA MANARELLI


Guernica
(Adriana Manarelli)


Esse ilimitado azul
Corrói as entranhas
Nos rubros dezembros.
Ovelha encouraçada,
Estrela guia no horizonte
Gritando à força do imemorial.

Uma nuvem de perpétuas
Me abraça,
E sobre ela me deito
E sigo.
Minha estrutura tênue:
Hausto de sangue,
Substancialmente
Alciônico.

Estabelecendo o puro instinto,
Busca do ventre.
A todo minuto âmbar
Ou tabaco,
Retenho o âmnio
Brancura medular,
Advento,
Trêmula camélia,
Fábula vicária,
Dessa pele adunca.

09/12/2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010