terça-feira, 15 de março de 2011

ADRIANA MANARELLI


Coração da Sabedoria
(Adriana Manarelli)

A cada esgar de prata
O funeral de um medo.
Na teia translúcida
Se recolhe, o inatingível.
As tempestades
São apenas o refugo
De núcleos obsoletos.
Essa terra não vela natimortos.

Na arena enferrujada
De cadáveres rubro-negros,
A tuculência aborrece e dorme.
Na imersão límpida a percepção profunda,
Depressões, cabelos de espuma,
Sabedoria real do absoluto.

Isso é o dogma:
Desafia as perguntas —
Indiscutível nesga
Na pele de léguas tórridas.
Achincale dourado
Sobre tudo,
Cada vez mais
Até a perfeição
Do silencioso
Alvo.


13/ 02 / 2011 tela: pablo picasso

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