quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

NEIL FERREIRA


Neil Ferreira

“Você pensa que cachaça é água...”

Neil skindô-skindô Ferreira


“Cachaça não é água não / Cachaça vem do alambique” / E paga muito imposto pro Leão. O Leão já nos mordeu mais de duzentinhos bilhõezinhos, entre 2 de janeiro e 13 de fevereiro. Não há quem não saiba disso, nem há quem tenha se acostumado com isso.

Não estão quebrados só os pés da quadrinha acima citada; eu e você estamos com os pés, as mãos, os bolsos e as contas bancárias quebrados, lambendo as feridas da mordida do Leão, sem tugir nem mugir; pagamos e não bufamos. Para os otimistas incuráveis, aqui vai uma dica que pode ajudar na salvação: no jogo do bicho, Leão é grupo 16 e as dezenas são 61-62-63-64.

Vamos arredondar a tascada para tornar a conta mais fácil: em 31 dias úteis, 200 bi; 6 bi e 451,6 mi por dia útil; 806,37 mi nas 8 horas úteis que você trabalha por dia; 67,2 mi nos 5 minutos que você perde lendo este besteirol, se é que alguém lê o que digito com 2 dedos e tanta dificuldade. Começou e acabou de ler, o Leão já mordeu mais de 67 mi do otariado nacional. Ler meus textos custa uma nota. Imagine o que custa escrever.

Essa grana arrancada do nosso couro bem que poderia voltar para a sociedade, na forma de pagamentos decentes aos médicos, educadores, policiais civís e militares, com o Estado cumprindo sua obrigação mínima de proporcionar Saúde, Educação e Segurança ao povo, separando parte do sobrante para a tão abandonada infraestrutura; mas não.

Sabemos que a bufunfa vai para destinos mais nobres, como aquele bilhão faturado com o honesto suor dos corpos em embates nas aconchegantes alcovas de Brasília, em inocentes conúbios articulados por aquela advogada fofinha, que a “Veja” colocou na capa desta semana, com uma reportagem sobre poder, sexo e alcovas, nível BBB.

(Só faltaram drugs and rock´n roll, sei lá se faltaram mesmo ou se não li tudo com a atenção devida). O sobrante escorre pelo sumidouro da maior corrupa nunca antes vista neçepaíz.

Só a talagada da cachaça que você engole pra se animar e mais a outra que joga no chão pra animar o santo, pagam 81% de imposto; a cervejinha, que a molecada dimenor bebe como se fosse refresco ou energético, entrega uns 60% numa única golada com colarinho, para a fera aplacar a sede e lamber os bigodes de satisfação.

Se você fuma, anote aí 85% de imposto que se esvaem na fumaça de cada tragada, sem contar o risco de faturar como brinde um câncer na boca, na garganta, nas cordas vocais -- como alguém que você sabe muito bem quem é e eu também sei, mas não falo o nome, sou otário pagante de imposto mas não sou bobo -- na traqueia e nos pulmões; até no câncer da bexiga já foram encontradas impressões digitais do fumo.

Mas ninguém encosta o três-oitão no peito de ninguém para obrigá-lo a beber e/ou fumar. Se bebi e fumei, filo porque quilo, de livre escolha do uso do corpo e da busca da felicidade, é o que dizem bebuns e fumantes, plenos de razão.

Igual àquela Ministra da Mulher, que é tão a favor do aborto nas outras mulheres como é a favor nela mesma; anuncia aos quatro ventos que se submeteu a alguns e faz propaganda ideológica de como é livre e feminista militante aquela que, como ela, transa com homens e mulheres.

Esse é um assunto pessoal, de saúde e de alcova, em que não me meto a besta de me meter; longe de mim cometer esse pecado capital, mangalô treisveis, saravá zifíos ê-ê.

Numa democracia, cada um é cada um. Sei lá se essa madama aí é mesmo democrata; ela parece ser dirigida pelas instâncias menores, a saber, o Coletivo e o Partido (POC, Partido Operário Comunista, quem conhece levanta a mão) e pela instância superior, o Coletivo do Partido, a quem ela apelou para ajudar na decisão de fazer um dos seus abortos.

Não pense que isso aí é invenção da minha mente que perversamente inventa e mente; essas informações estão à disposição na internet, numa entrevista que ela deu em 2004, em que cita como companheira de prisão a atual presidenta. Se a gente for somar as autonomeadas companheiras de prisão da presidenta, dá para lotar um Carandiru inteiro. O Carandiru era uma prisão imensa, sabe-se.

De volta ao bloco do Leão, solto pra jantar a tua carcaça, quero que o povão (não sou povão, sou zelite), a quem a Mentirobrás convenceu de que não paga imposto, saiba que paga sim e tanto quanto qualquer um de nós. Até mesmo o povãozinho, que fica no porão debaixo do andar de baixo, leva suas mordidas do Leão. Paga no arroz, feijão, mistura e cafézinho; na luz, água e celular (há um celular e meio per capita neçepaíz, resultado da “privataria” do FHC).

Quanto à nova Crasse Mérdia A Sem Dente, a quem disseram que enricou, é bom que saiba que ao comprar em vezes o seu primeiro Fusca 65, em ótimo estado de conservação, apenas com um amassadinho que não deixa abrir a porta do motorista, com os 4 pneus carecas e sem estepe, metade dele é a parte do Leão. Pode não ser o filé-mignon que é uma BMW, mas é a mesma metade.

Quanto riso, oh quanta lambança...


EI VOCÊ AÍ ME DÁ UM DINHEIRO AÍ, PRA PAGAR O LEÃO AQUI

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