quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

NEUZA LADEIRA

Arrepio de estar viva \ 1970

O tempo que tive em me olhar e onde me encontrava
Foram frestas de luz quando o sol se move
Pisava em areia movediça
Homens soltos e ensanguentados pelo corredor
Ninguém se olhava se falava
Urinava e defecava com uma metralhadora apontada
Com os olhos do soldado pousados sobre mim NL

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