quinta-feira, 29 de novembro de 2012

ROBERTO ROMANELLI MAIA







A FLOR DA HONESTIDADE

ROBERTO ROMANELLI MAIA

ESCRITOR, JORNALISTA E POETA


Por volta do ano 250 A.C., na China Imperial, na corte de um príncipe da região norte do país, que iria  ser coroado imperador, de acordo com a lei,  ele deveria, antes da coroação, se casar.
Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte e entre quem quer que se achasse digna de ser sua esposa.
No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.
Ao chegar em casa contou à jovem e desesperou-se ao ver que ela pretendia ir à celebração, indagando preocupada:
Minha filha, o que você fará lá ?
Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte.
Tire esta ideia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne esse sofrimento uma loucura.
E a filha respondeu:
Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca.
Eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, e isto já me torna feliz.
Na hora marcada, a jovem chegou ao palácio.
Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas joias e com as mais determinadas intenções.
Em determinado momento, o príncipe anunciou o desafio:
Darei a cada uma de vocês, uma semente.
Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo.
O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Mas passaram-se três meses e nada surgiu.
A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido, Dia após dia.
Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado.
Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, no prazo combinado, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na data e hora marcada, lá se apresentou, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas cores e formas.
A jovem ficou admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente, chegou o momento esperado e o príncipe passou a observar a flor trazida por cada uma das pretendentes, com muito cuidado e atenção.
Após analisar todas elas, ele anunciou um resultado surpreendente, indicando a bela mas humilde jovem, do vaso vazio, como sua futura esposa.
O público presente, perplexo, quis saber o motivo, afinal, o desafio previa que se casaria com a moça que lhe trouxesse a mais bela flor e ele escolhera, justamente, a que não cultivara flor alguma.
Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
Esta jovem foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz: A Flor da Honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
E foi neste dia que aprendi algo que me trouxe ainda mais felicidade a minha vida que a Honestidade é como uma flor, tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor.
Assim, independente de tudo e de todas as situações que nos rodeiam, que possamos espalhar essa luz àqueles que nos cercam...
E se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, PERCA!!!
Só assim você será sempre um vencedor !!!

 

 

 

 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

ALAORPOETA

Na célula de solidão
a cama tão grande
dispensa unhas vermelhas.
Da porta (que porta?)
                 o tempo
                 contempla
e se come autofágico
à espera de si mesmo:
a moça nua
na posição de concha
captura o futuro
de seus descendentes.

Entre quatro paredes
o desencanto
mora no canto
          da frente:
no frenesi efêmero do
                         prazer
a volúpia é séria
porque a natureza
               não sorri.

Alaor Tristante Júnior

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

LUZ MARINA







queridos amigos queridos


envio aqui esse link, e peço um tempinho de vocês para ver e participar do jeito que for melhor!!
Ta lindo o trabalho musical da luz...é claro que pareço uma mãe coruja, que sou tb..rs, mas tenho consciencia, é como profissional que eu digo!!
vai ficar demais, principalmente com a colaboração de amigos, familia e fãs!

VAMOS LÁ? 


beijos e beijos

OBRIGADA
Alzira E.





QUEM é LUZ MARINA
Nasci no Pantanal, sempre vivi em São Paulo, mas sinto que meu lugar é no mar. A música, pra mim, é um “modo de ser” que dá sentido à minha existência. Acredito que expressão em música é aquele timbre mais interno e universal, feito com sístole e diástole do coração, que cada um carrega dentro de si e coloca pra fora quando tem um outro pra trocar. Vim de uma família de artistas, a maioria é de cantores e compositores. A vida sempre foi de cantar. E tem uma hora que a sua música amadurece. Hora de partilhar. “Os pés vão saber onde mora o momento”, como canto numa canção que fiz com Daniel Viana e minha mãe, Alzira Espíndola. Esse momento chegou. Compus esse e outros sons e gravei em estúdio com amigos-músicos-incríveis (que admiro!). As músicas dizem de espaços-tempos vividos no acaso. Voaram e chegaram aqui, nessa CATARSE!
O QUE PRECISA PARA O CD IR PARA O FORNO
As músicas já foram gravadas em estúdio. Agora, convido você para colocar fermento neste projeto. Seu apoio vai viabilizar os trabalhos de finalização do disco (mixagem, masterização, impressão gráfica e prensagem do CD). O bolo vai crescer e você vai receber a sua fatia quentinha!
PARA SABER MAIS SOBRE O CD
Esse CD nasceu no estúdio do querido e generoso Ney Marques, no bairro da Liberdade. De tanta liberdade que teve, agregou um monte de músicos-amigos-admiráveis: Curumin (bateria e programação), Mau (baixo), Ney Marques (guitarra), Bruno Buarque (bateria), João Taubkin (baixo), Cris Scabello (guitarra), Du Moreira (teclado), Marcelo Dworecki (baixo e guitarra), Charles Tixier (bateria) e ainda a participação do incrível Mauricio Pereira (sax). Os arranjos foram todos fluidos e coletivos! Produzi isso com a imprescindível co-produção de Daniel Viana. E a direção de voz foi de Alzira E.
As músicas foram compostas com amados-parceiros-do-acaso: Daniel Viana, Alzira E, Lucina, Anelis Assumpção, Thalma de Freitas, Bruno Pt e Marcelo Coutello. Cada um acrescentou um sabor único. Uma receita com recheios delirantes!
Para ouvir um pouco mais: www.soundcloud.com/luz-marina
E AGORA, VAMOS COLOCAR O FERMENTO?
Escolha uma opção ao lado e receba a sua fatia!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ANA RUSCHE





[poema de amor sem título]

meu corpo se estende pela américa do sul.
os pés, por exemplo, estão na patagônia,
por isso estão tão gelados e parecem pinguins
(e penso em meias fofas pra dormir,
embora sejam bem pouco atraentes)
.
meus cabelos, agora mais compridinhos,
são os sargaços, florestas escuras, riachos
entremeados, embaraçados.
 .
só uma pequena parte
está na outra margem deste rio chamado atlântico
o coração
e por isso hoje sou
tão dilacerada.
 .
podem chamar de exagero
mas é intriga da oposição
aqui sim sabemos o que é por fogo
nas casinhas pra erguer uma civilização de edifícios
(em plena cidade grande! em plena luz do dia!)
e do outro lado deste rio tão blue
também se sabe outro tanto, sabemos.
 .
meu coração dum lado
meu corpo doutro.
meu corpo noutro lado
e meu coração neste.
a noite escorre comprida.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

YAMANDU COSTA







25 DE NOVEMBRO DE 2012

Rio de Janeiro - Yamandu Costa e Renato Borghetti
Marina da Gloria
Brasil Rural Comteporâneo
http://www.mda.gov.br/feira/noticias/item?item_id=10634290

27 DE NOVEMBRO DE 2012

Mario Adnet em UM OLHAR SOBRE VILLA-LOBOS
Show terá participação especial de YAMANDU COSTA, Edu Lobo, Mônica Salmaso, Paula Santoro, Muiza Adnet e Renato Braz
Endereço: Auditório IbirapueraAvenida Pedro Álvares Cabral, Parque do Ibirapuera, Portão 3, São Paulo - SP
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Duração: 90 minutos

 http://www.auditorioibirapuera.com.br/2012/11/01/mario-adnet-um-olhar-sobre-villa-lobos/


28 DE NOVEMBRO DE 2012

Mario Adnet em UM OLHAR SOBRE VILLA-LOBOS
Show terá participação especial de YAMANDU COSTA, Edu Lobo, Mônica Salmaso, Paula Santoro, Muiza Adnet e Renato Braz
Endereço: Auditório IbirapueraAvenida Pedro Álvares Cabral, Parque do Ibirapuera, Portão 3, São Paulo - SP
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Duração: 90 minutos

02 DE DEZEMBRO DE 2012

YAMANDU COSTA E NANÁ VASCONCELOS
PROJETO CHORANDO SEM PARAR
Doze horas de música, com revezamento ininterrupto dos convidados
Endereço: Praça XV, São Carlos - SP

http://www.esteta.com.br/noticia.php?intNotID=19826
http://www.guiaerudito.com.br/aberto/mostra_notas.asp?cod=719

08 DE DEZEMBRO DE 2012

SHOW TRIO (YAMANDU COSTA com Guto Wirtti e Bebe Kramer)
Araxá - MG

13 DE DEZEMBRO DE 2012

SÃO PAULO: PARTICIPAÇÃO

ACADEMIA TAGUATINGUENSE DE LETRAS









No próximo dia 24 de novembro, a Academia Taguatinguense de Letras (ATL) vai comemorar seu aniversário de 26 anos em grande estilo, com uma festa no Teatro da Praça (Espaço Cultural de Taguatinga), a partir das 19h. Um dos pontos altos da programação será a posse do escritor Pedro Gomes como acadêmico titular, na cadeira 21, patroneada por Augusto dos Anjos. A posse de acadêmicos beneméritos também será outro momento importante da festa, que contará com a participação de integrantes da comunidade cultural e artística de Taguatinga e do Distrito Federal.
O presidente da ATL/DF, escritor Gustavo Dourado, lembra que será um dos encontros mais especiais da academia que, ao completar 26 anos de existência, demonstra cada vez mais vitalidade, compromisso e engajamento com a causa cultural de Taguatinga e do Distrito Federal. Ele convida escritores, artistas, intelectuais e amigos da cultura a participarem deste grande evento, ocasião em que os apoiadores e colaboradores da ATL serão homenageados. Haverá ainda uma homenagem ao saudoso poeta Antonio Garcia Muralha, feita pelo escritor Wílon Wander Lopes, diretor do Jornal Satélite. Os acadêmicos também vão lançar livros e publicações. Todos farão uma homenagem aos centenários de Jorge Amado e Luiz Gonzaga. PARTICIPE!

Serviço:
Data: 24 de novembro de 2012 (Sábado), às 19h.
Local: Teatro da Praça - Espaço Cultural de Taguatinga.
CNB 1 Área Especial 1 - Av. Comercial Norte - Taguatinga Centro.
Ao lado da EIT - Em frente ao Santuário N. S. do Perpétuo Socorro,
Próximo à Estação do Metrô da Praça do Relógio.
Traje: Passeio completo.
Apoio: GDF - Administração de Taguatinga/SEDF e Câmara de Vereadores
Comunitários de Taguatinga (CVCT).
Confraternização literária seguida de coquetel.
Informações: 93281839/32011745 Gustavo Dourado.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

NEIL FERREIRA









Joaquinzão Maravilha nós gostamos de você, faz mais um pra gente ver
Neil aplaudindo de pé Ferreira

 Peço venia para citar ipsis litteris as palavras do Eminente Jurisconsulto  Professor Doutor Jorge Ben; abro aspas:

“E novamente ele chegou com inspiração
Com muito amor, com emoção
Com explosão e gol,
Sacudindo a torcida aos 33 minutos
Do segundo tempo
Depois de fazer uma jogada celestial
E gol,
Tabelou, driblou Lewandowski
Deu um toque driblou o Toffoli
Só não entrou com bola e tudo
Porque teve humildade e gol,
Foi um gol de classe
Onde ele mostrou sua malícia e sua raça
Foi um gol de anjo
Um  verdadeiro gol de placa
Que a galera agradecida assim cantava
Joaquinzão Maravilha, nós gostamos de você
Joaquinzão  Maravilha, faz mais um pra gente ver (bis)”

Fecho as aspas. Digo eu: o Eminente Jurisconsulto Jorge Ben disse tudo o que eu gostaria de dizer e com rara sabedoria. Joaquinzão Maravilha viu que estava sendo marcado homem a homem e nem sempre com lealdade  pelo defensor Lewandowski, jogando em linha com seus cumpanheros de time Toffoli, Weber e Cármen Lúcia.
A intenção era segurar a contenda no zero a zero para que, na prorrogação,  o ala de contenção Ayres Britto fosse retirado do jogo pela expulsória e impedido de participar da decisão final por pênaltis.
Lewandowski adentrou o gramado (adentrou, boa essa) com sua estratégia adrede desenhada pelo técnico Thomaz Bastos -- fazer cera do começo ao fim na 2ª feira, quando seria a última participação de Ayres Britto;  na 4ª participaria do jogo- homenagem e daria volta olímpica por ser sua última atuação.
Mas ambos não contavam com a surpreendente capacidade de improvisação e dribles estonteantes dignos de um Pelé, do Joaquinzão Maravilha. Data maxima venia, Pelé que me desculpe mas Negão  é o Joaquinzão Maravilha.
Joaquinzão Maravilha deu uma finta espetacular ao inverter a pauta e inciar a contenda pelo Núcleo Político, com Dirceu, Genoíno e Delúbio naquele momento à beira do xadrez, que virão a habitar.
Lewandowski se autoexpulsou “em sinal de protesto” porque não poderia ficar  horas falando  do Núcleo Financeiro.
Dirceu,  Genoíno, Delúbio e a Clique dos 4, Lewandowski, Toffoli, Weber e Cármen Lúcia dançaram; “é pau é pedra é o fim do caminho”.
Lula afirma que não  viu a sessão histórica que condenou seus principais  asseclas, como nada viu do Mensalão, o que me leva a oferecer a ele o endereço do meu oftalmo, um dos mais bem conceituados de São Paulo, nível Sírio-Libanês, que é o da sua preferência.  
Aproveito ainda a minha boa vontade para oferecer a ele os serviços dos meus amigos da NASA, para trazê-lo de volta do mundo da Lua,  de onde afirma que “o Mensalão não existe”.
Meu notório saber jurídico me dá o direito de exigir uma Capa- Preta pra mim. Empatei com o Toffoli em sabença jurídica; decorei a sentença mais culta e bem fundamentada que ele  pronunciou: “Acompanho o Ministro Revisor”; para isso foi nomeado, sabe-se.
Dirceu O Inocente e o núcleo duro do PT --  ele mesmo, Rui Falcão, a famiglia Tatto, a Vovó Periguete Relaxa e Goza e a numerosa claque dirceusista --  insistem em afirmar que a gangue foi condenada por um Tribunal de Exceção; concordo: a exceção foi o Lula, que deveria estar lá sentadinho no banco dos réus. Lula foi o maior beneficiário  pela esculhambação de costumes que foi a tentativa, em parte conseguida, da compra de um dos Três Poderes, que colocou em risco a existência do Estado Democrático e de Direito.
Do latim, decorei  os nomes dos novos suspeitos, apontados com o dedo (indigitados), com insistência pelo Douto Advogado de Defesa Doutor Lewandowski.
O contumaz Bis In Idem, que aparece todas as vezes em que seus constituintes  passam a receber sentenças condenatórias; e a suspeita  Vita Ante Actum, certamente uma das garotas de vida airada da equipe de Mary Jean Corner, submersa na clandestinidade, mas em pleno uso e gozo do direito constitucional ao trabalho, legítimo e de alto valor social, como bem pode atestar Mermão Paloffi.
Chefe da numerosa e caríssima banca defensora, o Douto Defensor Doutor Lewandowski, de cara demonstrou  o ato de ofício que colocaria  em prática: gastar tempo, obstruir, atrasar, falar demais, ler votos intermináveis e repetitivos, enfim lewandowskiar o julgamento com a barriga .
Passou séculos sentado em cima da sua função de Revisor,  com os objetivos de:
(1)Impedir os votos do Ministro Peluso, que se aposentaria; conseguiu. O Ministro Peluso pouco  participou  do julgamento.
(2) Impedir que o resultado saísse antes da eleição; conseguiu em parte, as condenações ficaram conhecidas, mas não as punições.
(3) Na fase das punições, fez de tudo para atrasar  os trabalhos, caiu no campo, chamou a maca, demorou uma eternidade para bater os tiros de meta, levava horas pra cobrar um lateral, com a intenção de impedir, pela aposentadoria, que o Ministro Ayres Britto votasse as penas a serem impostas. Quase conseguiu.
Aos 33 minutos do segundo tempo, Joaquinzão Maravilha fez  a jogada celestial e gol! Você sabe o resto e vibrou comigo.
Cana Neles !

ARNALDO BAPTISTA NO SESC SANTOS









Compartilhe:Sarau o Benedito?Ex-mutante, Arnaldo Dias Baptista chega ao Sesc

Mutante Arnaldo Baptista volta ao palcos

No próximo dia 24, às 20h30, o músico criatdor do grupo Os Mutantes, Arnaldo Dias Baptista vem ao SESC Santos para apresentar o espetáculo Sarau o Benedito?. O show conta com piano e clássicos como Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki, Não Estou Nem Aí, Jesus Come Back to Earth e Balada do Louco.

O repertório também inclui músicas inéditas do novo álbum Esphera, como I Don't Care e Walking in the Sky. O cantor voltou aos palcos depois de realizar um showpara 150 fãs em uma festa de aniversário no ano passado. Agora, o musico tem levado o sarau às principais capitais do país.

Os ingressos custam de R$10,00 a R$20,00 e podem ser comprados na bilheteria do Sesc (Rua Conselheiro Nébias, 136, Aparecida, Santos)
enviado por LUCINHA/ARNALDO

ENTREVISTA COM TETÊ ESPÍNDOLA





entrevisto a minha musa e emblemática cantora TETE ESPÍNDOLA, neste ano comemorativo do nosso site telescopio.vze.com - Ouçam seus cds, ouçam sua voz inigualável, suas composições e o talento de seus irmãos espíndolas - vozes de nossas matas,poesia de nossas tribos,rios e pássaros de nossa música regional que ainda não se contaminou com a bossalidade consumista que invade este país e o mundo.

 1- Querida Tetê, penso que sua música se identifica com paisagens naturais, pássaros, floresta, rios, indígenas - como voce este Brasil, no qual consta mais de 500 índios mortos desde 2003,segundo nos informa o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) ?
è um absurdo um país descuidar da sua raiz dos seus antepassados, na verdade, toda essa riqueza    das    nossas florestas rios deveriam estar intactas, pra esse povo viver em PAZ, no seu habitat natural. Eu como compositora, me inspiro muito nos pássaros, e nos nomes em Tupi Guarani que fazem parte da minha cultura matogrossense. Ando bem preocupada com essa situção e nos meus shows faço a minha parte chamando a atenção, através dos meus agudos gritantes .


2- Pelo que sei a craviola foi divulgada pelo saudoso PAULINHO NOGUEIRA, uma especie de viola e cravo com sonoridade mais aguda - como é tocar este instrumento, para compor, sentir o mundo ?
A craviola na verdade foi "idealizada" pelo Paulinho Nogueira,que uma semana antes de partir me disse em um encontro casual o qto estava realizado em ver esse instrumento vingar nas minhas mãos.Adoro tocar craviola (ela me faz ser inteira quando canto)que é um violão de doze cordas, com um timbre mais metalico, e uma oitava a mais, e isso me deu a possibilidade de compor de uma outra forma, com harmonias e solos, que lembram a viola caipira.Acabei de gravar um cd com12 inéditas de minha autoria... ta saindo do forno...Tô muito realizada com esse projeto.


 3- Há muitos anos atrás voce me enviou o cd PIRARETÃ, que considero uma jóia rara! adoro músicas como: piraretã, cunhãtaiporã,tamarana,vida ciagana..como foi trabalhar neste disco e o que representa hoje pra ti?
 Também adoro esse lp,  pois ele foi muito importante considerando que foi uma passagem da minha carreira, saindo de um grupo (com meus irmãos o lirio selvagem)e indo pra o meu primeiro trabalho solo .Além dessas musicas q. vc citou temos a Refazenda ainda com a participação de Geraldo Alzira e Almir Sater esse arranjo foi uma curtição pra nós como tambem Aratarda com Alzira e Geraldo, uma linguagem de
infância.

 4- Ainda sobre o disco PIRARETÃ, há regravação de "BLACKBIRD", dos Beatles, como MELRO, voce ouvia BEATLES quando mais moça, e hoje, eles ainda te inspiram,voce ainda ouve o album branco deles?
esses caras e todos os seus discos me influenciam até hoje ... desde a adolescência, lá em casa eu e meus irmaos faziamos vocais, ouvindo o quarteto, as harmonias também, os arranjos, no fundo a gente adora quando consegue fazer uma musica q. lembra um momento Beatles.


 5- Por que ainda não gravou uma música do genial TOM ZÉ? há alguma em especial,que voce talvez possa gravar? 

 ja participei sim de um projeto do Tom Zé, aquela trilha que ele fez pro balé Stagium, um cd rosa peludinho, cantei um chorinho lindo, quem sabe a gente se encontra musicalmente logo logo ...


6- O Brasil vive um momento dramático de corrupção, falta de ética,destruição do meio ambiente, e falta de  respeito ao povo ,não acha que os artistas deveriam participar mais ativamente contra este caos que nos sufoca?
Acho que todos nos como cidadoes artisticos e com capacidade de mudanças temos sim que participar cada vez mais fazendo cada um o seu papel nas composiçoes nos palcos nas poesias ,alertando o publico mais sensivel incentivando ...mas entrar no esquema da politica eu nao pretendo, entende?

7- E os seus irmãos, o que estão fazendo musicalmente? há tempos recebi um belo cd  ESPÍNDOLA CANTA
Família Espíndola/            com composições de geraldo espíndola, jerry,sérgio?

todos estão bem Sergio está cantando e tocando com Arrigo Barnabe, no show Lupicínio, correndo o país.
Geraldo com um novo cd acabou de chegar da Europa onde tem ido divulgar a sua musica de uns tempos pra cá.
Jerry agitando muito no lado musical e como produtor cultural também, ele é uma figura importante no incentivo de novos talentos em MS.
Humberto pintando cada vez melhor a sua "Bovinocultura" .


 8- Alzira Espíndola esteve em Araçatuba, poucos anos atrás,fez um belo show ao lado da poeta ALICE RUIZ, como voce a atuação delas no cenário poetico-musical?
Ela é uma criatura de todas as artes ,como dizem lá em cas uma "arteira", compõe alem das musicas, letras e ideias incriveis,canta como ninguém ...
Acho que ela está dando uma continuidade pra linha Itamar Assumpção.Sou fã da minha irmã e sempre estou perto dela dando toda a fôrça necessaria pra ela "brilhar" .


 9- Por falar em ALZIRA ESPÍNDOLA, outro cd maravilhoso que gosto de re-ouvir sempre  é  "Anahí" , . No repertório, polcas, guarânias e clássicos do cancioneiro popular, como "Chalana", "India", "Meu Primeiro Amor" e "Serra da Boa Esperança", tudo ao vivo! Como foi trabalhar neste discão? 

esse repertorio, esta é a nossa memória musical, e a gente adora virar ANAHI como a gente diz, somos uma só quando entramos nesse show.Esse projeto vai completar 15 anos e estamos sempre apresentando pelo Brasil todo, sempre um sucesso.

 
10. O que voce ouve em casa,quais os artistas e poetas que voce curte?

gosto de ouvir musica isntrumental: duo fel/ paulo lepetit - e essa nova geração, tatiana parra/ pedrinho/ alterio/ iara renno. e é ,claro dani black


 11- Eu sempre parei para ouvir HAROLDO DE CAMPOS E AUGUSTO DE CAMPOS, como foi seu contato com AUGUSTO, o qual participou da composição JAGUADARTE?

foi uma honra pra mim receber esse titulo: PASSAROS NA GARGANTA - que inclusive,  vai ser relançado logo mais . Sempre é uma delícia encontrar com Augusto, acho ele  genial  e jovial.


abçs do sempre fã
everi rudinei carrara

    bj    tt

terça-feira, 13 de novembro de 2012

ROBERTO ROMANELLI MAIA










VIVER SEM PERGUNTAS
NEM RESPOSTAS


ROBERTO ROMANELLI MAIA
ESCRITOR, JORNALISTA E POETA



Viva!

Não pergunte porque vive.
 
Pense!
 
Não esqueça que pensar não mata.
 
Reflita!

Mesmo que isso canse o teu cérebro.

Questione!

Mesmo que todos, a sua volta, digam sim.

Sinta!

Não busque entender tudo o que sente.

Alegre-se!

Sem que para isto precise de uma razão.

Sorria!

Para tudo e para todos quando desejar.
Se isso te fizer bem.

Fale!

O silencio nem sempre é de ouro.

Nem é o melhor caminho.

Busque!

Não importa o que.

Pergunte!

Tudo o que deseja e é importante saber.

Chore!

As lágrimas fazem bem
quando são necessárias.

E, finalmente, ame, sem esperar
que o outro o ame.

Sim, as vezes, um amor conquista outro amor.

Saiba que o caminho para a felicidade
sempre passa por emoções, sensações
e sentimentos simples, naturais e espontâneos.

SER FELIZ É UM ENCONTRO!

  NÃO UMA BUSCA!
tela: claude verdine



sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ALAORPOETA











MÁRCIA  
Ainda escalo castelos
           imaginados
e me faço Romeu
           por que eu?

Nossos beijos têm o mesmo
           gosto primeiro
a viajar nas rugas falsas
           do calendário
           que tempo?

Morreram as flores
do canteiro que a amei
a blusa salmão que mágico
fiz virar pele morena
maduraram nossos filhos
para a vida comer
na eterna fila do adeus...

mas basta o próximo
                                  abraço
            eis a verdade
na amêndoa cor de seus olhos
           o renascimento
                do amor
                   que
              (inclusive)
            tem seu nome.

Alaor Tristante Júnior

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

EUGENIO THEREZA

HISTÓRIA DA VIDA CULTURAL DE ARAÇATUBA CAP. 10
UM 14 BÍS PIORADO

Eugênio Thereza é músico, nasceu em Pereira Barretos/SP,mas vive em Araçatuba há décadas, fez parte da saudosa banda de MPB "TRILHOS URBANOS", no final dos anos 70 até meados dos 80. Eu me lembro de ter visto esse grupo tocando no antigo teatro INTEC,aí por volta de 1980 -naquela ocasião, o INTEC fazia divisa com a linha férrea. Eugênio, ficou conhecido como "Zé Eugênio", um músico autodidata, um moço branco,esguio, dedicado, batalhador, violeiro e violonista. Reside na rua NILO PEÇANHA, numa casa amarela ,com sua adorável esposa ANGELA.Fico sabendo que Eugênio tocou em sampa, e no ABC paulista, sabe me dizer quem é realmente gente confiável em Araçatuba/SP. O clima cultural em nosso tempo é uma espécie de 14 bís bem piorado. Eugênio sobreviveu ao cenário bovino que infesta o país. Alguns amigos nossos já residem no céu, todos sem o devido reconhecimento, porém, inesquecíveis entre artístas pelo país a fora. Eugênio se apresenta para os amigos ultimamente, no extinto Araçatuba Clube. Em seu rosto, reconheço o espírito do inconformismo, do artista vencedor, combativo, corajoso, avesso á musiquinha besta, avesso á nossa época decadente. Ser artista é ser resistente, eterno opositor, é preciso ir em lugares e tempos ainda não descobertos pela massa disforme. Suco de pêssegos para dois.
As década se passsam, mas não perdemos o verniz revolucionário, o gosto pela música de estampa fina. Chega de artistazinhos medíocres, chega de repressão via TV! Estamos caminhando sobre o campo minado, numa época improdutiva, pérfida, padronizada pela estupidez massacrante. Pasolini tinha horror á televisão italiana vexatóriamente colonizada; hoje, tudo é politicamente correto - ou seja, tudo é um horror, uma hipocrisia interminável - mas para o artista de gênio, o que sobrevive é ousadia, a transgressão contínua! O resto é conversa pra boi dormir!. Retiro-me da casa do artista EUGÊNIO THEREZA, certo de que ainda há esperança, ainda há pessoas decentes, artistas sensíveis, singelos, e honestos. Ele é fiel aos eu estilo de música, tornou-se uma jóia rara no contexto, dedilha chorinhos, marchas e coisas que não se ouvem mais neste país sem memória.
everi rudinei carrara - editor do site telescopio.vze.com,músico profissional, advogado. membro da academia poetas del mundo. TELA: claude verlinde

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

LÊDA MELLO

 
 
 
AMAR A PESSOA ERRADA
 
            Escuto com relativa frequência a frase  "Amei a pessoa errada".

            Todos nós temos, pelo menos, uma história de amor "que não deu certo" e, então, dizemos haver amado a pessoa errada. Este pensamento acaba fustigando o amor com sentimentos negativos, e sofremos. Sofremos com o amargor da rejeição, com a tristeza pela ausência, com o que consideramos ser uma insensibilidade para com os nossos sentimentos e, sobretudo, sofremos a dor da "perda", esquecendo de todas as coisas boas que essa história de amor nos proporcionou.

            Claro que o fim de uma relação sempre é uma situação dolorosa para ambas ou para uma das partes! Não gostamos de perder nem mesmo um simples objeto, quanto mais a pessoa que amamos. Quando um amor não dá certo, tendemos a nos fixar nos aspectos negativos da perda e quanto mais alimentamos a dor, mais o sofrimento se aprofunda.

            Ora, nós só perdemos o que possuímos. Possuímos uma jóia, uma casa, uma roupa, mas jamais possuiremos uma pessoa. O sentimento de posse acaba por gerar expectativas a respeito do outro, o que é muito difícil de ser correspondido. Ninguém veio a este planeta para satisfazer a vontade do outro, para se moldar dentro do desejo do outro. Cada um de nós é um ser único e, desta forma, cada um possui o seu próprio universo. Quando esperamos que as nossas realizações se façam através do outro, fatalmente somos malsucedidos, inclusive nos relacionamentos.

            Se, ao invés de nos voltarmos para os aspectos negativos, abrirmos nosso espírito para o lado positivo da situação, tudo toma uma nova dimensão. Nenhum encontro é sem sentido. Cada encontro é uma nova oportunidade de crescimento. Deixando  de lado as lamentações e começando a busca pelo que o outro nos proporcionou, certamente agradeceremos pelo encontro. Aqui, aprendemos lições de paciência, acolá, lições de coragem, humildade, desprendimento, generosidade, perdão, serenidade, equilíbrio e tantos outros aprendizados. No entanto, o maior deles é mesmo o aprendizado de amor.

            Quando nos voltamos para o lado positivo de um encontro de amor vemos que pouco ou nenhum espaço resta para os sentimentos negativos. Ainda que a história de amor não termine como terminam os contos de fadas, ainda assim amamos a pessoa certa, na hora certa e só precisamos agradecer a Deus pela oportunidade que aquele encontro nos proporcionou de agregarmos bens ao tesouro das nossas experiências de vida. Assim, o amor deixa de ser uma batalha de egos, para se expressar no seu verdadeiro significado: o maior e mais perfeito sentimento que o ser humano experimenta e vivencia.


Lêda Yara Motta Mello
Terapeuta Holística
Arapiraca (AL) - Brasil

Lêda Mello


http://ledayara.terapiaholistica.net/
 
 
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Arte final por Lêda Yara
 
 
 
 
 
 
 

LIVROS/LANÇAMENTO


Gente

Estou passando a informação abaixo sobre o lançamento e no anexo o convite oficial também.

Um abraço e sua presença será uma satisfação

Wladyr

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Na  http://www.escritablog.blogspot.com/ 
você encontra hoje:

Wladyr Nader lança sexta-feira, dia 9/11,
das 19 às 22h, a coletânea de contos
"O Tamanho  do Estrago".  Local:
Livraria Martins Fontes, av. Paulista, 509,
fone 2167-9900. Em São Paulo.
O volume tem  96 pgs. e custa R$ 25,00.


Convênio com estacionamento: rua Manoel da Nóbrega,
88 ou 95. Serviço de manobrista: no no. 95. Primeira
hora gratuita nas compras até R$ 10,00.

Veja também:

sábado, 3 de novembro de 2012

VENEDICKT EROFEEV


Venedikt Erofeev, um bebum genial


Eu morava em Moscou  e trabalhava  na Rádio Central, onde fazia locução de programas para os países de língua portuguesa. 1990 era um ano complicado na vida soviética, um revirar constante de situações, notícias escabrosas vindo à luz, homossexuais saindo dos guetos, ciganos surgindo dos porões, agenciadores de prostitutas antenados às portas dos hotéis e estações ferroviárias. E enquanto alguns autores também vinham à luz, com seus livros reeditados ou editados pela primeira vez, algumas vozes se calavam. Naquele ano morria um escritor marginalizado, esquecido propositalmente, de uma força descomunal e que, a exemplo do cantor Vladmir Visotski, sua obra era escondida nas gavetas de muitos dos poderosos do Kremlin. Não podiam admitir, mas muitos desses o admiravam. Eu preciva noticiar seu desaparecimento. Não pude.

Quem é esse escritor marginalizado e perseguido pelo sistema soviético? Certamente aqui no Brasil ninguém, ou quase ninguém sabe de sua existência.

Venedikt Erofeev (Венедикт Васильевич Ерофеев; 24 Outubro 1938) era uma personalidade lendária. Em 1970 editou em dois exemplares datilografados sua novela Moscou-Petuchki (Москва – Петушки), que em poucas semanas circulou por toda Moscou, varou regiões indevassáveis, penetrou fronteira a fora.   

Dele falava-se constantemente, mas pouco o conheciam realmente, mesmo porque ele sequer gostava de qualquer popularidade, principalmente de paparicos. E como vivia? Como conseguia tempo para escrever?  Trabalhava permanentemente. Nas obras em que trabalhava, quando escrevia, deitado no beliche de um vagão que servia de moradia para construtores civis, chegavam perto dele e perguntavam: “O que escreves? Por acaso queres entrar para a Academia? Seja como for, bem sabes que não conseguirás. Melhor encher a cara de vodca, aqui conosco.”

Filho de “inimigo do povo”, nascido na região de Murmansk, depois do curso secundário mudou-se para Moscou onde tentou uma vaga na Universidade. Conseguiu-a, mas um ano e meio depois era excluído por não freqüentar as aulas de “Preparação Militar”. A partir daí (1957), trabalhou nas mais diferentes funções: carregador numa loja de produtos alimentícios, ajudante de obras na construção civil, guarda, sondador-perfurador geológico, bibliotecário, e vai por aí. Mas o único trabalho que realmente agradou-lhe foi o de ajudante numa expedição parasitológica, na estepe Golodnaia (estepe da Fome), no Uzbequistão, e o de ajudante de laboratório de pesquisa científica para a luta contra insetos voadores e sanguessugas, no Tadjiquistão.

Começou a escrever a partir dos cinco anos. Sua primeira obra digna de nota são os Escritos de um psicopata, iniciados aos 17 anos. É a mais volumosa e absurda dentre tudo o que escreveu. Em 1962 Boa Nova, obra que alguns “especialistas” consideraram uma “confusa tentativa de criar um Evangelho do Existencialismo Russo”, tal como Nietzche, “virado do avesso”. Escreveu vários artigos sobre os noruegueses Hamsun e Byerson, assim como acerca dos dramas da última fase de Avicena. Todos eles foram recusados pelos editores porque eram “metodologicamente horripilantes”.
Nos últimos anos, tudo o que escrevia ia se acumulando em dezenas de cadernos e grossos manuscritos. Sua doença (câncer na garganta), revelada em 1985, adiou indefinidamente a concretização de seus planos.

Foi submetido a duas complicadas cirurgias, recebia uma mísera pensão por invalidez. Até os 50 anos, nem em sonhos poderia pensar em seu reconhecimento como escritor. Reclamava que rebaixaram seu grau de invalidez. Dos 50 rublos que recebia, passou a receber 26. No atestado escreveram que “assim e assado”, “pode ter por ocupação uma atividade de escriturário ou conforme os seus hábitos profissionais”. Mas ele acabava se conformando: “Pagam-me exatamente tanto quanto minha Pátria considera necessário.”

Seu aparecimento diante dos guardiões das regras éticas da escrita, por certo deixou alguns chocados pelos “mimos” de sua linguagem.  Não reclamava, apenas dizia que os maiores adversários de suas expressões, tanto na imprensa como na literatura, eram exatamente os que mais as utilizavam em suas reuniões e plenárias. Tinha idéias para tudo. Dissertava sobre a embriagues, sobre o sexo, sobre os poderes, sobre as mulheres. Em seu Moscou-Petuchki, único livro editado, fala das mulheres:

“Eu era contraditório. Por um lado gostava que elas tivessem aquela cintura, já que nós não temos cintura nenhuma. Isso provocava em mim... como dizer? Volúpia? Sim, despertava em mim volúpia. Mas por outro lado, elas retalharam Marat a navalhadas. Ora, Marat era incorruptível e não deveria ter sido retalhado! Só por isto já matava toda a volúpia. Por um lado, como Karl Marx, eu gostava da fraqueza delas, isto é, elas são obrigadas a mijar de cócoras, e isso agradava-me, enchia-me... bem, de quê? De volúpia? Sim, algo assim. Mas por outro lado, foram elas que dispararam  contra Ilitch! Isto matava novamente a volúpia: podem ficar de cócoras, mas para que disparar contra Ilitch? Seria ridículo falar de volúpia depois disto.”

Em 1973, Moscou-Petuchki foi editado em Israel, quatro anos depois na França, RFA, Estados Unidos, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Polônia, Iugoslávia. Em todos os países obteve sucesso, mas em Moscou ainda passava despercebido “oficialmente”.

Perguntado se se considerava um dissidente, respondia que não, que nunca tivera nada a ver com a história. Sempre viveu à margem da dissidência. A antimusicalidade dos dissidentes afastava-o, suas vozes não criavam harmonia.

Venedikt morreu. E quase não se noticiou. Quando propus. na Rádio Central, dizer uma notinha rápida sobre Erofeev, Pugachov, o editor, alertou-me. Não era salutar, não devia atiçar um fogo em vias de se apagar.
 
“E se eu morrer um dia  – e morrerei brevemente --  sei que morro sem ter aceitado este mundo,. Tê-lo-ei aprendido de perto e de longe, por fora e por dentro, mas morro sem o ter  aceitado. Morrerei e Ele perguntar-me-á: “Gostaste de viver por lá? Foi bom ou o quê?”. Eu ficarei em silêncio, de olhos baixos. Essa mudez é conhecida pó todos os que sabem o que acontece quando se sai de uma bebedeira duradoura e pesada. Não é a vida de um homem uma momentânea bebedeira da alma? Todos nós vivemos como que embriagados, só que cada a seu modo: uns bebem muito, outros bebem menos. E o efeito é diferente em cada um: um ri-se nas barbas deste mundo, outro chora ao peito do mundo. Uns já vomitaram e sentem-se melhor, mas outros só agora começam a ter vômitos. E eu, o que sou? Já provei muitas coisas mas nenhuma deu resultado. nem sequer me ri pra valer uma única vez, nem sequer vomitei uma única vez. Eu, que experimentei tanto neste mundo, tanto que já perdi a conta e a seqüência, estou mais sóbrio do que ninguém; só que já não me faz nenhum efeito... “Porque estás mudo? – pergunta-me Deus, envolto em relâmpagos azulados. O que responder? Continuarei assim, calado, calado...”

Espero que lá no alto Venedikt Erofeev tenha resolvido falar, para alegria de anjos e santos.

PS.  Traduzi o seu Moscou-Petuchki. Cadê editor?
fonte: LUIS AVELIMA

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SUPER IMPERATRIZ /VÔLEI

CAMPEONATO ESTADUAL 2012
Super Imperatriz busca hexa para Florianópolis no Vôlei

O Super Imperatriz Vôlei entra em quadra nesta 6ª feira (2/11), às 20h, no ginásio do Capoeirão, para o primeiro jogo contra a equipe de Chapecó, na melhor de três da final do Campeonato Estadual 2012. Depois de conquistar em setembro a terceira colocação na II Copa Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e o vice-campeonato do World Challenge Cup, disputado na cidade de Mar Del Plata, na Argentina, a equipe de Florianópolis busca o seu primeiro título na temporada.

Segundo o técnico Douglas Chiarotti a evolução gradativa faz parte da preparação. “Os treinamentos estão intensos e os jogadores entendem que temos de ter um ritmo forte todos os dias independente de vésperas de finais e jogos decisivos. Eessa final é importante para o grupo se firmar e comprovar que o resultado de todo o trabalho pode vir após tanto esforço”, afirma Douglas.

Para o técnico a motivação está presente no cotidiano da equipe. “Sinto todos os atletas dando o seu máximo e muito empenhados para conquistar o primeiro título como Super Imperatriz Vôlei. Nosso objetivo principal sempre é a Superliga e os Estaduais fazem parte do calendário, porque é uma pena ainda não termos um Estadual forte aqui em Santa Catarina, mas com certeza essa final nos ajudará também no entrosamento e ritmo de jogo para começar bem a Superliga”, destacou o técnico, que terá o primeiro compromisso nacional da temporada no próximo dia 24, em Canoas/RS.

A final do Campeonato Estadual contra o time de Chapecó no próximo final de semana será disputada numa série de melhor de três. Os jogos de 6ª feira (2/11) e sábado (3/11), acontecerão às 20h, no ginásio do Capoeirão. Caso necessite do desempate, a grande final será realizada no domingo (4/11), às 11h. A entrada é franca, mas os torcedores podem retirar os ingressos antecipadamente para concorrer a prêmios numa das 15 lojas dos Supermercados Imperatriz, a partir de 6ª feira (2/11). O jogo também será transmitido via internet e poderá ser acessado através do site da Federação Catarinense de Voleibol: www.voleibol-sc.com.br.

SUPER IMPERATRIZ VÔLEIAssessoria de Imprensa
Marcilênio Arruda
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TATÁ AEROPLANO

Terráqueos, Extraterrestres e Extramarinhos!
 
Quem ainda não baixou o disco segue o site para pegar o bichinho gratuitamente!
http://www.tataaeroplano.com.br

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 Vynil, Compacto e Cd o caminho é por aqui: http://www.tataaeroplano.com/site/compre/


Próximas Aventuras


 

 Dia  04 de Novembro– 19h – Domingo – Satyrianas – Espaço VISUMIX
Show Canibaile – Músicas para Dionísio
Praça Roosevelt – Gratuíto
O show reunirá dentro da Instalação VISUMIX e seguindo o conceito Canibaile “Músicas para Dionísio”: Leo Cavalcanti,  Alzira E, Andreia Dias, Bárbara Eugênia, Tatá Aeroplano, Peri Pane, Meno Del Picchia, Zé Pi, Gustavo Souza e Fernando TRZ.
Performance Live Image Bijari
 

Dia  10 de Novembro – 21h - Sábado - SESC Ipiranga
Show do Cérebro Eletrônico e da Trupe Chá de Boldo
R$ 16,00 (aceita meia entrada)
Rua Bom Pastor, 822
Maiores Informações
 
 
Dia  11 de Novembro – 19h - Domingo - SESC Ipiranga
Show do Cérebro Eletrônico e da Trupe Chá de Boldo
R$ 16,00 (aceita meia entrada)
Rua Bom Pastor, 822
Maiores Informações
 
 
Dia  12 de Novembro – Segunda – 2h00
Discoteco no D-edge – Noite On The Rocks com o Gunter
R$ 40,00
Alameda Olga, 170
Tel: 3666 - 9022
 
 
Dia  14 de Novembro – Quarta – 19h30 -  SESC Santana
Internet Livre - Gratuíto
Atividade “Musicast” com Tatá Aeroplano
Um bate papo sobre a divulgação da música nos meios digitais
 

Dia 16 de Novembro – Sexta – 20h30
Auditório do SESC Vila Mariana 
40 anos de Bloco na Rua
R$12,00 (aceita meia entrada)
Show do disco “Eu Quero Botar Meu Bloco na Rua”  do músico e compositor Sérgio Sampaio
Banda formada por: Juliano Gauche, Gustavo Galo, Gustavo Cabelo, Zé Pi, Meno Del Picchia, Tatá Aeroplano e Gustavo Souza
 
 
Dia 24 de Novembro – Sábado – 17h00
Sesc Consolação – Área de Convivência – Gratuíto
Participo do show do músico e compositor Juli Manzi
Maiores Informações
 

Dia  01 de Dezembro – 21h - Sábado – Cataguases – MG
Show do disco Tatá Aeroplano
Com Junior Boca,  Bruno Buarque, Dustan Gallas, Dj Marco e Tatá Aeroplano
Projeto Usina Cultural
Anfiteatro Ivan Muller Botelho
http://www.tataaeroplano.com/site/shows/
 
 
 
Tatá Aeroplano 45.334 pés de altura escutando T-Rex e The Traveling Wilburys