PREES TO PLAY JÁ ME CONVENCEU!
Nâo sei, eu me mantinha sempre distante desse disco, pois os comentários sobre ele eram péssimos. Preferia preservar minha admiração pelos discos clássicos do PAUL, eu queria não me decepcionar com PRESS TO PLAY. Eis que o comprei há alguns dias atrás,em vinil,por um precinho bacana. Gostei da capa, algo de romântico ao estilo das fotografias para cartazes de cinema nos anos 30.Paul de cílios cerrados, demonstrando certa timidez e exitação perante os lábios de Linda Mccartney., ao contrário da foto de DOUBLE FANTASY/JOHN LENNON-1980, também em preto e branco, mas registrando explicitamente o beijo do casal na capa. Deixei que as músicas fluissem naturalmente e percebi que se trata de um disco experimental, não comercial, bem ao modo de McCartney II, lembrando a textura das bandas oitentistas como U2, NEW ORDER, PHIL COLLINS, DAVID BOWIE ...e o resultado me pareceu bom, maduro, elegante, costurado pelo talento de PAUL McCARTNEY, e seus convidados ilustres (Pete Townshend, Phil Collins, Eric Stewart, Carlos Alomar). As músicas que mais gostei de PRESS TO PLAY foram: Stranglehold 3:34 , Good Times Coming / Feel the Sun 5:00 , Talk More Talk 5:14 , Footprints 4:30 , Pretty Little Head 5:11 , Move Over Busker 4:08 , Angry 3:33 e However Absurd 4:55 . Ou seja, quase todas. Good Times coming, num primeiro momento não me convenceu,mas a mudança de compasso nessa composição me fez aceitá-la em duas ou três audições posteriores. O disco é diferente do que PAUL usualmente fazia,mais ousado, moderninho sem ser chato. Para os mais saudosistas há melodias suaves em Footprints e em However Absurd. Ainda não aceitei a melodiosa Only Love Remains, mas não diria que essa canção fosse ruim.Para quem exige mais garra, há Stranglehold,Move over Busker e Angry.Estou gostando mais a cada nova audição.
Everi rudinei Carrara: escritor.
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