quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

MADAME SARKOZY:FELIZ NATAL NO ZIMBAWE


Madame Sarcozy: Feliz Natal no Zimbawe
*Raymundo Araujo Filho
A notícia é trágica e atual. Há uma Epidemia de Fome que se alastra pelo Zimbawe, acometendo MILHÕES de pessoas, já em grande sofrimento por representarem uma população e local geográfico onde a Miséria Humana é artigo de luxo. A Completa Degeneração Humana é que é o básico.Já no Ocidente primeiro mundista e aliados, pouco mais de 1 TRIHÃO de dólares são doados EMERGENCIALMENTE, só nos EUA, e outro tanto pelo mundo, usados para para socorrer os já socorridos de sempre, mas que agora, completam mais um ato do Plano Macabro de extermínio do "excesso" de Pobres no mundo, agora imprestáveis para a Revolução Tecnológica -Tecnocrática que nos impõem.Cenas de crianças de tenra idade a catar pequenos grãos de milho, solavancados para fora de caminhões nas estradas africanas, mostram o teor desta Epidemia (não da Natureza, mais dos Homens). A pesquisa feita nos dá notícia que entre as milhares de pessoas entrevistadas naquele país, 70% nada tinham comido nas últimas 24h antes da entrevista. Que, os que comeram algo, na sua maioria, serviram-se apenas de poucas gramas de pão ou similar. Que estão sem uma potável, ou qualquer tipo de assistência, senão aquelas voluntárias de sempre.Aqui no Brasil, recebemos a visita de um representante da Direita Ladina, aquela que percebeu que pode fazer o que Bush fez, mas com sorriso na cara, que veio acompanhado de sua esposa, ex-modelo da alta costura, cantora medíocre e, ao que parece, totalmente alheia ao que acontece no mundo.Fiquei pensando se tivesse sido a Madame Danielle Miterrand, que aportasse aqui no Brasil, como Primeira Dama da França. Tenho a certeza que se não por iniciativa própria, ao menos daria ouvidos e repercussão a qualquer agenda que a chamasse para se posicionar pelo que acontece no Zimbawe, em contraste com o mundo dos vivos. No mínimo palavras fortes e questionadoras, além de uma Campanha Humanitária de peso, seriam lançadas, por aqui. E, em vez de Champagne e Violão com artistas e bossanovistas alienados e colonizados, no mínimo teria uma agenda política.
Com todos os limites que teve no exercício de tal posição (talvez até auto impostos), um abismo separa a grande Dama Francesa do fim do século passado Danielle Miterrand, desta arrivista-com-cara-de-idiota (a famosa bonitinha, mas ordinária), casada com um perfeito Príncipe das Astúrias que tem em Lulla um subserviente parceiro, disposto a receber migalhas em torno do incessamento deste medíocre político francês que, com sua declaração mais famosa aqui, fez uma "declaração de amor" ao Lulla, dizendo: "Lulla, você não imagina o quanto eu gosto de você". O que mais um subserviente colonizado pode querer de seus patrões?Assim, Dona Sarcozy, sem procurar sarna para se coçar, faz uma agenda alienada e alienante, muito bem acompanhada pela sub-corte que lhe é subserviente, e todo mundo acha normal. Eu não acho!Acho, sim, o fim da picada! Uma ofensa aos mortos de fome daqui e de lá, na África. Indignado estou com o silêncio de todos, mostrando que além da febre consumista, nada resta do Espírito Natalino, que sei ser compartilhado por algumas pessoas, independente do aspecto religioso, mas sim humanitário-filosófico.
Assim rompido que sou, há muito, com o Natal Comercial e estúpido que se apresenta ano após ano, como uma exoneração alienada de instintos muito próprios da febre consumista que retroalimenta a exploração, justamente, dos mecanismos mais anti natalinos que conheço, a Exploração Capitalista, desejo a todos, nesta efeméride, a esta altura sem nenhum sentido, que ao degustarem suas deliciosas comidas e ao abrir seus presentes materiais que, ao menos, sejam tomado pelo incômodo pensamento naquela criançada negra, suja, doente, e COM FOME. Com Epidemia de Fome.
Portanto, neste Natal o que posso desejar a todos que acham que podem passar o ano todo alienadamente, para destinar seus bons sentimentos natalinos em apenas 2 dias, que sejam acometidos do mais profundo Remorso, bem no momento em que se comemora o nascimento de Jesus, segundo acreditam os patrocinadores da festa.
E desejo a todos aqueles que sabem do que estou falando, que não me levem a mal, nem pensem que estou a tripudiar de sentimentos religiosos, contra os quais nada tenho contra. Mas não poso me deixar de me insurgir contra a farsa montada e imposta referente ao que seria um momento de profunda reflexão humanista, transformada em um orgasmo consumista frugal, e conforto para sentimentos de culpa não enfrentados.Portanto, este ano todos tenham a coragem de dizer exatamente à meia noite:Feliz Natal no Zimbawe!
E que a Primeira Dama francesa e o seu marido de inclinações racistas e xenófobas com quem não é francês (ao menos em seu país), e promotor da desgraça econômica do mundo, e não vítima, estes que vão para....bem deixa prá lá. Afinal hoje é Natal.
*Raymundo Araujo Filho é médico veterinário homeopata e insiste que a Realidade já lhe basta.

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