sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

NARA, ALÉM DOS LIMITES DA IMAGINAÇÃO


Nara, além dos limites da imaginação
E lá estava ela, esperando o momento certo, para ter sua entrada triunfal; era inútil tamanho desespero, todos nós confiamos em nossa musa, que de seus olhos escorriam lágrimas. Suas mãos trêmulas e a vontade de cantar.
Já haviam se passado 20 anos que tudo aconteceu, aquela senhora de 67 anos já é bem diferente do que a menina que mostrou os joelhos e cantou desafinada em 1967. Os tempos mudaram bastante e ela sabe que é reflexo de seu tempo. Já se passaram 20 anos, que ela, sequer cantou e tirou uma nota daquele violão. Ela já não tinha tanto tempo como antes.Do câncer ela se curou sim! mas ela teme que ele volte, e, para evitar; seu tratamento é a base de remédios homeopáticos e forais- sua nova paixão.
O ponteiro do relógio corria, despreocupado, a ansiedade aumentava a cada segundo. a praia de Copacabana já não era mais aquela que, 50 anos atrás acalentou os sonhos daqueles jovens malucos!O segurança vem avisar: Ela não quer se apresentar! Ela se defende dizendo que está velha demais, e que a idade atrapalha. Bem, mas o que ela realmente não quer dizer, é que está com VERGONHA !. Era saudade envenenada de medo, entregue a porta de sua timidez. Isso não faz sentido, mas tem um enorme significado. Minha musa subiu ao palco ao som de Tom Jobim...
Mas no final disso tudo, volto ao meu ponto de partida, A coragem estava dentro dela o tempo todo, só ela que não viu... E ela, bem, ela era NARA LOFEGO LEÃO
ANGELL MEYER

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