segunda-feira, 20 de maio de 2013

ENTREVISTA COM JARDS MACALÉ



Entrevisto JARDS MACALÉ, um gênio da musica universal, para que as novas gerações sempre se lembrem disso:

1- JARDS MACALÉ, em início de carreira, dizem que MARIA BETHANIA morou com voce por certo tempo, porque teria vindo da Bahia para substitui NARA LEÃO (minha cantora preferida),como foi este convívio musical com BETHANIA ?
        
       R - Passavamos o tempo tocando, cantando, lendo Fernando Pessoa, musicando poemas de Breht,  passeando pelas madrugadas do Rio.


2- no progrma provocações/tv cultura, despedindo-se em sua entrevista final, voce griotu como um tarzã, seria um grito em homenagem á liberdade total, um grito pela arte?
   
 R - Não, é simplesmente o Grito do Tarzãn

3- o primeiro livro do wally salomão que li foi " Me segura que eu vou dar um troço", na mesma época em que lia "Os ultimos dias de paupéria" do também saudoso Torquato neto - como foi sua convivência com esses autores? parece-me que eles mantinham essa chama acesa ,essencial da opção pela transgressão contínua, abrindo rachas na realidade,é isso?

    R - Eramos todos amigos íntimos.  Torquato, o abusado do Piauí, franco, bêbêsauro.  Waly, gestos largos, um dínamo.  Foi Waly que me fêz soltar a voz.
           Dois poetas barra pesada. 
           

4- Voce nunca chegou a conhecer pessoalmente NARA LEÃO? SEI QUE ELA ,gravou "POEMA DA ROSA"(bertolt brecht) no final dos anos 60 - e voce também no sensacional "CONTRASTES-1977.

    R - Conheci.  Ela foi a segunda pessoa que gravou musica minha.  Elizeth Cardoso gravou a primeira.  Nara era uma voz precisa.

5- Eu gosto muito dos primeiros discos de caetano veloso,mas penso que voce e TOM ZÉ,JORGE MAUTNER, e alguns poucos,se mantiveram mais criativos e na luta contra o coro dos contentes, é por aí?

   R - Talvez.  Acredito que permanecemos porque somos trangressores das linguagem estabelecida.  Somos pela invencão.  O único caminho para artistas          
           como nós.

6- Um compositor com VADICO,que fez pérola musicais como "cem mil réis" e "Feitiço da Vila" em parceria com NOEL ROSA, está muito esquecido - não acha que a internet pdoeria resgatar estes genios para as gerações atuais?

    R - Vou no Google e encontro Vadico. Ele era orquestrador, compositor paulista.  Engracado uma bela parceria entre um carioca e um paulista!!!

7- O seu primeiro disco de 1972, como voce sente este trabalho, 41 anos depois? um disco com a participação do genial guitarrista LANNY GORDIN,e clássicos como farinha do desprezo, rotação 78, revendo amigos, mal secretos e outras jóias raras?

    R - Usamos o material da época.  Acho o som que saiu muito interessante…o Lanny arrasou, tocou baixo e violão cordas de aco.  O resultado é esse que
          a gente ouve. Meio samba, meio blues, meio rock, meio tudo.

8- Voce está compondo muito hoje, ainda ouve outros sons, conhece músicos jovens talentosos no RIO?

    R -  Coisas novas vem por aí.


9- Estou estudando uma composição para violão do maestro RADAMÉS GNATALLI, trata-se de " SERENATA NO JOÁ", é quase um choro, acho que RADAMÉS deveria ser mais estudado e divulgado o trabalho dele, no mesmo nível de um GAROTO/TOM JOBIM ou PIXINGUINHA…

    R - Radamés, meu querido mestre.  Encontrei-o em Penedo/Itatiaia, onde        
Tivemos conversas formidaveis, Ele falava muito de Chiquinha Gonzaga.

10-  Estou sempre relando e revendo trabalhos do GLAUBER ROCHA -recentemente reli um livro do joao teixeira gomes, uma "rapadura" de mais de 400 páginas sobre glauber,e penso que  as idéais de glauber revelam as verdadeiras faces do BRASIL- glauber,umbrasileiro, um furacão, aberto e corrosivo contra os dragões da maldade latina e rolyudiana -  fazia a cirurgia de um país nu e árido,belo e ao mesmo tempo um imenso canteiro de obras, um país a ser descoberto ainda. Voce esteve com glauber, e com erick rocha, como foram as conversas?

    R -  Glauber e Éryk são pessoas bem distintas.  Glauber, a voz prá fora, berrando pelo povo brasileiro.  Éryk, pensa prá dentro, sem ruído.
           Ambos são fruto da mesma arvore, o Brasil. 

abçs do fã
everi rudinei carrara

 

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