quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
NEIL FERREIRA
Depois da Amazônia,
vão transpor São Paulo
para o nordeste.
Neil pasmo Ferreira.
O bruxo unger ressurgiu das sombras com a idéia-mãe de transpor a Amazônia para o nordeste, num gigantesco aqueduto romano. Não sabia que há 300 mil ribeirinhos sem água encanada.A água da Amazônia precisa ser transposta para resolver a seca
da Amazônia mesmo. O problema é lá, não no nordeste. É de cano, não aqueduto.
Não interessa a mínima como será feito, a qual custo, nem se será feito mesmo, ninguém liga. O que interessa é a manchete nos jornais, a gritaria nas rádios,
o tempo na Globo, o auê federal. Se a mídia deu, então aconteceu.
Se a Globo deu, o nordeste foi inundado e salvo pela Amazônia, nunca antes neççepaíz. (Milhões das comissões e zilhões das obras vão entre parênteses).
Salivam zuleidos e gautamas, teúdos lobistas e manteúdos deputados e encenadores, renans e mônicas, que todos os têm.A Amazônia tem água doce demais é a maior reserva do mundo, não precisa de tanta assim, está atrapalhada com a imensidão que tem. O nordeste não tem. Dar uma talagada a quem não tem, lullismo do puro, do escocês.
Com uma idéiazinha à-toa, o bruxo desafoga a Amazônia, afoga o nordeste, enriquece empreiteiras e políticos. Estamos conversados. Próxima idéia, faz favor.
Transposição de São Paulo para o nordeste, pode apostar."Vem pro nordeste você também, vem !"O bruxo surgiu tipo do nada, assumiu, sumiu. Caiu. Surgiu de novo, assumiu de novo, mudo foi de aerolulla à África e calado voltou, voodoo reforçado e o corpo fechado.Ocupa o MiFu, Ministério da Futurologia, se é que existe,
inventado para substituir a SeAlopra, Secretaria de Assuntos a Longo Prazo, se é que algum dia existiu.MiFu soa melhor que SeAlopra. Com salonas, mesonas, poltronas para os paletós, uma pá de funcionários por decreto imperial, carros, motoristas,
secretárias, assessores, seguranças, garçons, ascensoristas, barbeiros, engraxates. Existe no faz-de-conta mas as contas são reais. Nós, cegos-surdos-mudos, deficientes. O bruxo "pensa" o Brasil do futuro, daí MiFu, Ministério da Futurologia. "De pensar morreu um burro", diz a voz do povo. Misterioso, unger ou é americano que fala português mal e porcamente ou é baiano que fala português mal e porcamente. Um debate com o rabino Sobel seria impagável. E incompreensível.
Como Cagliostro, é bruxo.Fumamos fumaças das suas passagens, nunca se sabe de onde vieram nem para aonde vão, materializam-se com suas míticas fórmulas de virar metal em ouro e poções da vida eterna. Vivem nas janelas do tempo, intuídas por Einstein.
Na biografia, unger atribui-se currículo acadêmico ímpar,
40 anos professor da Universidade de Harvard, uma das mais prestigiosas do mundo, com prêmios Nobel e presidentes dos Estados Unidos entre professores e ex-alunos.
Não há, porém, currículo que sobreviva a um aqueduto aloprado.
Despencou na guruzice mais que a bolsa. Queda livre de Harvard, afundou guruzando brizola, ciro gomes, caretano veloso, vice-presidente "coteminas", renan avacalheiros, cada um pior que o outro. Rolando Escada Abaixo impávido, rola. Sabe de notas frias, vacas gordas e mulheres quentes.
Sua obra mais festejada é o artigo que escreveu na Folha de S. Paulo, indigitando o governo lulla "o mais corrupto da nossa história, digno de imediato impeachment ". Concordo. Afirmou que lulla, "ignorante e preguiçoso", chefia um governo "cujo centro de podridão é a mala preta". Concordo.Vaiou lulla muito antes da vaia histórica do Maracanã. Concordo. Submergiu. Bruxaria pura, emergiu na SeAlopra, de onde despencou para cima. Antes mesmo de pendurar o paletó na poltrona e pedir cafézinho, tirou férias. Submergiu de novo. Emergiu a bordo do aerolulla, já no MiFu.Pitonisa chapada pelos fumitos de Delfos,vê "visões" do Brasil de 2010 a 2030. Uma, o aqueduto da transposição da Amazônia para o nordeste. Outra, a poção da transposição do lulla, desmorrido, da cova aos céus do nordeste, três dias depois de morto.
Não há futuro fora do nordeste. Nóis SiFu.
VAIAR LULLA DÁ MINISTÉRIO. QUERO O MEU.
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