sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

ECOS DA INFÂNCIA


ECOS DA INFÂNCIA
Quando Elvis faleceu eu tinha 7 anos de idade.
Não conseguia compreender como ele poderia ter morrido, afinal, tratava-se apenas de um personagem da TV. Não era de verdade! Alguns meses depois, naquele mesmo ano de 1977, no dia de natal, Chaplin também partia. A manchete no jornal da manhã seguinte, com uma foto do vagabundo, ilustrava: “Morre Carlitos”. Havia acabado de concluir a primeira série primária e a leitura, por mais singela que fosse, ainda me parecia uma tarefa herculana, afinal, de insipiente tornei-me incipiente. Consegui ler a notícia. E novamente a indagação. Morreu? Mas ele não era de mentira?
Hoje, certamente qualquer criança de 7 anos debocharia da minha dúvida.
Porque a infância não é mais o tempo da ingenuidade.
Mas um curto ensaio pra apreendermos uma tristeza que nunca mais irá passar.
CAETANO PROCOPIO

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