sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
POEMA DE EMÍLIA POSSÍDIO
Reverso do Vento
Emília Possídio
Passam nuvens apressadas pelo ar
umas tão alvas, outras já cinzentas
passeiam preguiçosas sobre o mar
e alcançam o barulho das tormentas...
Há ventos que ressoam no caminho
e orquestram com vigor o seu vibrar
sob a ordem de um bravo temporal...
Assim perdida, ouvindo a voz do vento
posso sentir um toque de emoção
que empresta calmaria a esse momento
fazendo clara, azul e transparente,
a noite que se achega ao coração.
Tudo se acalma no sereno instante
e o zênite azulado em terno abraço,
circula o dia que vai agonizante,
sumindo ao longe e à noite cede o espaço
entre os sons que se espalham de mansinho,
e embalam os sentimentos devagar...
Vem da noite, reluzente lua clara,
deixa entender o mistério insondável
do Universo harmonioso que se ampara
nas forças que o fazem inabalável...
Em chuvas de esperança e de magia,
espalha-se na terra ressequida,
o amor que brota na paz da poesia,
e expõe à vista o sentido da vida....
No reverso do vento, em tempo breve,
um Universo tranquilo brilha leve...
Recife, 13.02.2008
Emília Possídio/tela de manet
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