segunda-feira, 31 de outubro de 2011

NENUNG E PROJETO DRAGÃO


Oi ! É em cima da hora mas o desdobre foi grande até conseguirmos confirmar > show com o

Projeto Dragão nesta terça véspera de feriado conforme fala o release abaixo, sim > este é um convite!
Nenung e Projeto Dragão fazem show no Sesc Pompéia
O show Serenoato estará pela primeira vez em São Paulo, e tem entrada franca
Dia 01 de novembro de 2011, às 21h, Nenung e o Projeto Dragão pousam pela primeira vez em solo paulista. A banda criada este ano em Porto Alegre, mostrará suas canções reflexivas , poéticas e instigantes dentro do projeto Prata da Casa, realizado na Choperia do SESC Pompéia (Rua Clélia, 93, São Paulo, fone 11 3871-7700).
O show “Serenoato” tem direção do cineasta Carlos Gerbase e une composições do EP de estréia do Projeto Dragão : “Serenoato de Ludicidez”- que conta com a participação de Dado Villa-lobos- e tem sido recebido com entusiasmo pelo público e crítica pela sua força criativa - junto a versões de suas bandas de origem mais as ditas (sub) versões, canções que vertidas para sua linguagem própria deixam explícitas muitas influências e podem visitar de Cartola a John Lennon.Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na bilheteria do Sesc a partir de uma hora antes da apresentação.
www.projetodragao.com
Nenung é poeta, performer e compositor. É parceiro de diversos artistas, entre muitos, Dado Villa-lobos, Paula Toller, Mariana Aydar e Wander Wildner. Circulando e criando pela música desde o final dos 80 pelos arredores de Porto Alegre, em 1999 cria Os the Darma Lóvers – banda de folk-rock meditativo que se torna uma cult-band com admiradores espalhados por várias partes do mundo que permanece ativa com 5 álbuns lançados entre Brasil e Europa.

Em 2010 se reúne ao baixista e produtor TH Heinrich - ao guitarrista Maurício”FUZZO” (Locomotores) e ao baterista Rastafael dando forma ao Projeto Dragão: blues, folk, literatura, intervenção e rock destilados com personalidade delineiam o caminho.Dragão, na simbologia oriental, é tido como tão forte e capaz de gerar transformações como a música. Capaz de inspirar, colorir e animar qualquer ambiente em que se encontre. São reconhecidos como protetores da clareira onde pousa a liberdade de nossa mente.
Serenoato – Nenung e Projeto Dragão
Dia 1º de novembro, às 21h

Choperia do SESC Pompéia

Rua Clélia, 93 - São Paulo. Fone 11 3871-7700

Senhas uma hora antes, no local.

NOVO CD DA BANDA TOMADA


O terceiro disco do Tomada é também o seu mais maduro registro. Muito disso se deve à entrada do excelente Marcião Gonçalves, um dos melhores guitarristas em atividade no Brasil. Explorando timbres e texturas com a curiosidade de uma criança em uma loja de brinquedos, Marcião colocou o som do Tomada em outro nível, tornando ótimo o que já era muito bom. As cores brilham, fortes e espessas, em arranjos repletos de detalhes. Das levadas de bateria ao groove do baixo, passando pelo tempero especial proporcionado pelo criativo trabalho de Lennon Fernandes, a parte instrumental segue na trilha do rock dos anos 60 e 70, mas inserindo algumas pitadas que fazem toda a diferença.

Ricardo Alpendre, inegavelmente um grande intérprete, mostra a segurança de sempre, mas surpreende de forma positiva nas canções mais calmas, como “Entro em Órbita” e “DC-3”, essa última com enorme influência de Guilherme Arantes.

O legal é que a banda não se limita a um estilo específico, navegando com a classe característica por vários caminhos. Cada faixa tem uma cara própria, o que torna o álbum uma surpresa constante. Do peso de “(Quero Ter) Uma Música Forte” à psicodelia sutil de “Ela Não Tem Medo”, passando pelo rock puro de “Catarina” e “Blá Blá Blá, Blá Blá Blá”, o que salta aos ouvidos é um trabalho redondo, requintado na medida certa, com tudo no lugar.

Mas, sem dúvida, o principal destaque vai para a excelente “O Calor de Abril”. Com uma letra que tem um lirismo inteligente, o arranjo leva o ouvinte por uma espécie de Jovem Guarda banhada em certeiras doses de lisergia. Grudenta e empolgante, é daquelas faixas que se tornam companheiras para os dias frios, aconchegando corações e confortando sentimentos. O encerramento com “Hoje Eu Não Tenho Muito a Dizer” é outro momento iluminado, com a banda carregando no soul e sendo acompanhada por um esperto naipe de metais.

Fechando o pacote, destaque para a produção, limpa e sem exageros, e para a parte gráfica, com um simples e belo digipak e capa feita por Tiago Almeida.

"O Inevitável" precisa chegar até você. Talvez você não encontre o disco em sua cidade, mas não tem problema. Basta entrar na loja da gravadora Pisces Records para garantir a sua cópia. Faça isso e tenha em sua coleção um álbum que, sem esforço, vai se tornar um dos seus favoritos em pouco tempo.FONTE: WHIPLASH

CARAVANA ANTINUCLEAR




CARAVANA ANTINUCLEAR CHEGA A ITACURUBA E REUNE POVOS INDÍGENAS

Neste domingo a Caravana Antinuclear viveu um dia muito especial, pois ela esteve em Itacuruba, onde é prevista a instalação da usina nuclear. Logo de manhã, enquanto eram montadas as exposições e estandes na Praça do Coreto, uma movimentação tomava conta da aldeia dos índios Pankará. De lá, um grupo de índios e representantes de organizações que integram a Caravana partiram para a beira do rio São Francisco onde foram aguardar os índios das tribos Tuxá e Pankararé.

“Quando eu era criança, lembro-me que os Pankará atravessavam o rio e iam dançar na Bahia e os Tuxá vinham de lá, dançar o nosso ritual aqui”, recordou o índio Jorge França, uma das lideranças do povo Pankará. Desde que ocorreu o processo de inundação da antiga Itacuruba, com a construção da barragem de Itaparica, nunca mais os Tuxá vieram de Rodelas, na Bahia, para Pernambuco. A Caravana Antinuclear favoreceu que os povos indígenas revivessem esse momento histórico. Ainda pela manhã os Tuxá e Pankararé de Rodelas chegaram de barcos na prainha, em Itacuruba, depois de uma travessia pelo rio São Francisco que dura aproximadamente uma hora.

Logo em seguida os índios se dirigiram para o centro da cidade, onde se concentravam as atividades da Caravana: exposição de materiais informativos sobre os riscos da instalação de uma usina nuclear, mini-feira de ciências sobre as fontes renováveis de energia, estandes demonstrativos com orientações de militantes do Greenpeace. A essa altura muitos moradores de Itacuruba faziam fila no estande de coletas de assinaturas para os abaixo-assinados contra a instalação da usina nuclear, que serão encaminhados ao governo, juntamente com a Carta de Itacuruba, documento elaborado pela Caravana Antinuclear.

No salão paroquial aconteceu um debate sobre a instalação da usina nuclear em Itacuruba. Para ajudar a compreensão do problema e estimular o debate foi exibido o filme A Fala do Cacique, este de documentário apresenta Verá Mirim, 94 anos, cacique da Aldeia Guarani Mbya situada a 20 km das usinas nucleares Angra 1, 2 e 3. Falando sobre o desequilíbrio ambiental da atualidade, ele faz revelações proféticas sobre o mundo nuclear. Os índios presentes acompanharam atentamente a exibição do documentário e antes de debatê-lo dançaram juntos o Toré, o seu ritual sagrado. Além das lideranças indígenas, participaram do debate: técnicos e ambientalistas que vieram de Floresta, Serra Talhada e outras cidades, representantes das comunidades quilombolas Negros de Gilú, Poço dos Cavalos e Ingazeira, como também representantes do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada/IRPAA e da Paróquia de Itacuruba.

No início da noite, encerrando a programação foi apresentado o espetáculo poético musical de educação ambiental Bicho Homem, que utiliza o teatro e a literatura de cordel para abordar problemas socioambientais e o tema da energia nuclear. A cacique Lucélia, da aldeia Pankará, convidou todo o povo presente na Praça do Coreto para dançar um toré contra a usina nuclear. Amanhã a Caravana Antinuclear segue para o município de Jatobá. Ela é realizada pelo MESPE - Movimento Ecossocialista de Pernambuco, em parceria com o Projeto de Educação para uma Cultura de Paz, da Diocese de Floresta, com o apoio do Greenpeace, Cáritas Brasileira, Coordenadoria Ecumênica de Serviço-CESE e da Articulação Anti Nuclear Brasileira.

Contato: Heitor Scalambrini Costa – 9964.4366

Jornalista/Assessor de Imprensa: Gerson Flávio – 8649.8759
tela: basquiat

CARLOS LÚCIO GONTIJO


Finados é tempo de reflexão

Carlos Lúcio Gontijo

No dia 20 de outubro de 2011, recebemos uma homenagem da Loja Maçônica Mestres do Monte, que nos premiou com diploma de honra ao mérito pelo conjunto de nossa obra literária. Lá estávamos meu pai, minha esposa e eu, que acabei dominado por intensa emoção, ao ver-me rodeado de pessoas amigas (algumas delas conhecidas desde criança) e sentir, fortemente, a presença de minha mãe, que no início de minha carreira literária, além de me incentivar, não se fazia de rogada e saía com meus livros debaixo do braço, vendendo-os aos vizinhos e amigos. Confessamos, sem qualquer constrangimento, que tivemos que fazer um esforço enorme para não cair em prato diante da comunidade maçônica que nos homenageava em Santo Antônio do Monte, cidade localizada no Centro-Oeste de Minas Gerais, onde passamos nossa infância e sepultamos mãe Betty, que faleceu a 19 de dezembro de 1989.

A vida é mesmo assim: as gerações vêm e passam – é gente substituindo gente o tempo todo. Nem mesmo os endinheirados e os famosos escapam, pois a morte é o imposto da vida ao qual somos obrigados a pagar. Contudo, o draconiano tributo é quitado sem grandes reclamações ou protestos, pois é o imposto de todos. O certo mesmo é que tanto os pobres quanto os ricos e as celebridades terminam logo esquecidos, se não se deram aos amigos, à família, à convivência em sociedade. Algumas ausências se fazem tão sentidas que, em plenitude, se transformam em uma espécie de presença. São os mortos que falam por intermédio de suas boas ações e obras.

Não somos muito de visitar cemitérios, cremos que as pessoas a que estimamos continuam vivas dentro de nós, daí a razão do verso de um poema nosso grafado na lápide do túmulo de mãe Betty: “Não estás, mas estás em tudo”. Enfim, defendemos a tese de que nossa primeira eternidade espiritual é aquela que podemos erigir com os nossos próprios braços – fruto do nosso esforço e suor –, pois amar e ser solidário com os nossos irmãos, mais que carinho, exige-nos doação, perseverança, compreensão, sinceridade e capacidade de perdoar os defeitos ou imperfeições de que todos nós padecemos. Agindo dessa forma, podemos ouvir os nossos mortos e, quando morrermos, continuar falando, por meio do fio-condutor da saudade, àqueles a quem dedicamos afeição verdadeira no transcorrer de nossa vida.

O filósofo francês André Malraux, dizia que “uma vida pode não valer nada, mas nada vale uma vida”. No Dia de Finados, essa frase deve conduzir-nos à reflexão, pois a convivência em comunidade experimentada pelos brasileiros vem sendo afetada por índices de violência cada vez mais exacerbados e acompanhados de uma selvageria sem limites, como se a graça divina que nos concede a vida fosse uma benevolência celestial desprovida de valor.

Indubitavelmente, a grave crise por que passa o setor de segurança pública, que não consegue enfrentar com a desejável eficácia o avanço do crime organizado e até mesmo os pequenos delitos, alimenta a chama da impunidade e serve de estímulo ao cometimento de crimes cada vez mais violentos, levando um número imenso de pais e avós a sepultarem seus filhos e netos, uma vez que os jovens são os mais atingidos pela onda de violência que assola o Brasil, onde a corrupção política, que surrupia o dinheiro que poderia ser destinado ao atendimento médico-hospitalar, por exemplo, age como metralhadora invisível responsável por uma colossal gama de mortes.

Lamentavelmente, a sociedade humana torna o amor e a solidariedade em substantivos cada vez mais abstratos, como se houvesse optado por estender ao longo da caminhada de homens e mulheres um ambiente concreto de tempo de finados sem fim, onde perecem tanto seres humanos quanto animais, mananciais hídricos e plantas, que têm suas vidas ceifadas pela cobiça materialista em que se acha mergulhada a indispensável sensibilidade e senso coletivo de que se devem revestir todas as ações humanas, para que não nos tornemos agentes fúnebres de nosso próprio destino no planeta Terra.

Carlos Lúcio Gontijo

Poeta, escritor e jornalista
TELA: RAFAEL

www.carlosluciogontijo.jor.br

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CARLOS VEREZA


DO ÁTOMO AO ARCANJO!
O filósofo grego, Demócrito, que sem auxilio do microscópio, em 400 antes de Cristo, descobriu o átomo, formulando uma teoria atômica para o cosmo...A evolução da espécie humana rumo à luz...

Galileu, quase sacrificado porque demonstrou que a terra não era o centro do universo, como também, que o nosso planeta girava em torno do sol, e não o contrário, como a "ciência" oficial da época acreditava...

Alfred Wallace, que formulou a teoria da evolução à mesma época de Darwin, afirmando que houve fundamental auxilio do plano espiritual, concorrendo para que o homem saisse da ameba à nona sinfonia de Beethoven...

Freud desbravando a zona desconhecida do inconsciente, e seu amigo e discipulo, Jung, abrindo horizontes para o inconsciente coletivo...

Tantos indícios mostrando claramente que nascemos para alcançarmos planos inimagináveis, um iluminado reencontro com a Causa Primeira...

E o planeta geme, se retorce em lutas fraticidas, em perispíritos deformados pela ganância, corrupção do corpo e da alma; quantias desviadas em detrimento da miséria que ofende os mais sensiveis, os que tentam ainda um gesto, mesmo tímido, em prol de uma existência mais digna para a humanidade!

Que São Ismael proteja nosso pobre e espoliado Brasil!

Carlos Vereza.

DANIELA ESCOBAR


Agrotoxicos no cinema

"O Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos e se tornar o maior mercado mundial de agrotóxicos ainda em 2011, com vendas superiores a US$ 8 bilhões".

Esta manchete ocupou páginas dos jornais que circularam no mês de julho e, acredite, foi motivo de orgulho no cenário econômico brasileiro, que considerou como um "bom desempenho" todo esse crescimento do setor. Para nossa sorte – consumidores – e também dos trabalhadores do campo, o uso abusivo dos agrotóxicos tem sido fortemente combatido por frentes que entendem que existe sim uma alternativa saudável e viável para evitar as pragas na agricultura – principal motivo do uso desses insumos.

Recentemente, o cineasta Silvio Tendler lançou o documentário "O Veneno está na mesa", que relata a história de agricultores que morreram, estão doentes ou – incrivelmente – têm dificuldade para obter financiamento para a produção agrícola por não fazerem uso de agrotóxicos. Os 50 minutos do filme também relatam entrevistas com pesquisadores de universidades, denúncias de lobby praticado pela indústria contra medidas restritivas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e resultados de testes realizados que indicam que o consumo chega a 5,2 litros por habitante. Vale a pena assistir. Outra boa notícia é que foi lançada em setembro do ano passado uma campanha nacional contra os agrotóxicos, que visa alertar as pessoas sobre a questão e provocar impacto nos órgãos governamentais. Agora é torcer para que o bom senso fale mais alto!fonte blog daniela escobar

TETE ESPÍNDOLA E FAMÍLIA


SALA DA IARA - Familiar Reality-Show

28.10 - sexta - 21h - com Alzira E + Luz Marina
29.10 - sábado - 21h - com Sérgio Espíndola + Lucas Espíndola
30.10 - domingo - 19h - com Tetê Espíndola + Dani Black
e com meu brother Joy Salles, todos os dias!

vai ser assim, tipo na sala de casa, no aconchego. saudade de receber minha querida familia - acaso ou não, ilustres artistas! - pra cantar novas e velhas canciones, relembrar histórias, tomar um chá, dar risada.

Teatro Décio De Almeida Prado
Cojuba, 45 B - próx Brigadeiro Faria Lima - tel 30793438
São Paulo, Brazil

--
Iara Rennó
http://www.tupyqueen.tnb.art.br
http://www.iararenno.tnb.art.br

REVISTA DO SAMBA

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ARNALDO BAPTISTA


Arnaldo Baptista volta aos palcos só com piano: ‘É um lado mais íntimo meu’

Por Gabriel Nanbu | Container Conteúdo – qua, 12 de out de 2011 12:02 BRT
yahoo


Arnaldo Baptista, o cérebro criativo dos Mutantes, retornou ao palco após 30 anos de hiato, com duas apresentações comoventes do show "Sarau Benedito". No sábado (8) e no domingo (9), munido apenas da voz e um piano de cauda, o músico revisitou canções de sua carreira (solo e com os Mutantes) no Sesc Belenzinho, em São Paulo. Ele foi recebido calorosamente pelo público e contou ao Yahoo! que se surpreendeu com a experiência.

Foto: Fabio Heizenreder

"(A apresentação) com piano foi um lado mais íntimo meu. Eu não tinha ideia de como iria me portar no palco, e foi gostoso", disse o roqueiro, que atualmente trabalha em seu próximo disco solo, "Esphera", no sítio em que vive, em Juíz de Fora (MG).

Nas duas apresentações, pequenas e intimistas (o teatro do Sesc Belenzinho possui 392 lugares), o músico foi prestigiado por um público na faixa dos 30 anos, que teve de disputar os poucos ingressos disponíveis, esgotados em apenas quatro horas. Eram pessoas que nem haviam nascido na época de lançamento de seus principais discos. Ainda assim, cantaram hinos como "Balada do Louco", "Ando Meio Desligado" e "Será que eu vou virar bolor?".

Com a voz um pouco fraca no começo do primeiro show (um tanto, talvez, pelo nervosismo da estreia), o mutante foi crescendo no decorrer da apresentação. Ele brincou com a plateia, fez caretas, tocou "Blowin' in the Wind", de Bob Dylan, e terminou o show ovacionado.

Arnaldo concedeu uma entrevista ao Yahoo! e falou sobre os shows em São Paulo, música e vida.

Você parecia um pouco nervoso em seu primeiro show em São Paulo. Como foi realizar a apresentação nesse formato intimista?
Eu, idealista, estava pensando em fazer um show com amplificador valvulado, mas, para isso, seriam necessários bateria, contrabaixo e guitarra. Só com piano e voz, tornou-se algo mais íntimo. Eu não tinha ideia de como iria me portar. É gostoso porque cada show é muito diferente do outro. Gostei do resultado. É uma experiência nova para mim, nunca havia tocado nesse formato.

As letras ficam mais evidentes só com piano e voz.
Sim. Em shows dos Mutantes, o público ficava berrando entusiasmado. Nesses últimos, houve uma espécie de silêncio. A plateia ficou muito atenta. O show vendeu rapidamente, e parece que o público gostou.

Grande parte do público nem tinha nascido quando o Mutantes acabou. A que se deve essa renovação de seus fãs, na sua opinião?
Não sei se estou certo, mas acho que a conexão com o público tem a ver um pouco com a segunda infância que eu tive. Depois de eu cair (Arnaldo despencou do quarto andar de um hospital psiquiátrico em 1982 e teve sequelas), tive de aprender a falar e a entender a vida com o lado infantil. Acho que compartilho isso com esse público. Isso me deixa entusiasmado.

Você pretende levar o show "Sarau Benedito" a outros lugares?
Sim. É só uma questão de acertar. Está em aberto.

Como você compõe, atualmente?
Faço bastante coisa no piano. Não é sempre que consigo fazer muitas músicas. Às vezes, fico três dias sem produzir nada. Mas, às vezes, parece que abre uma torneira e faço duas ou três músicas numa sentada. Muita gente me pergunta o que me inspirou a escrever a "Balada do Louco". É como comparar a beleza de uma miss com o da Audrey Hepburn. Não dá para fazer igual. O que me inspira a compor varia muito em função do que eu tenho ao meu alcance no momento. Hoje, sou levado a compor muito em função de pintura (Arnaldo também é artista plástico).

Como vai ser o "Esphera", seu próximo disco?
Ele vai tentar abranger a totalidade do meu lado musical. Se por um lado, tem uma música que fala sobre um gatinho brincando com cetim, mais infantil, também existe uma canção como "Here Comes the Devil", que fala sobre algo mais espiritual. É difícil prever o que será o "Esphera".

O Sérgio Dias (irmão de Arnaldo) ainda faz shows ao vivo com Os Mutantes. Você chegou a vê-los no Rock in Rio?
Eu não sabia o dia e acabei não vendo. Vi o Frejat e outras coisas, mas não gostei muito. Não tinha instrumentos Gibson. Não tinha amplificadores valvulados. Isso me fez achar os shows um pouco decadentes.

Você encararia um festival grande?
Eu, pessoalmente, penso em tocar sozinho: banda de um homem só. Se conseguir estruturar, posso fazer um show com guitarra, contrabaixo e bateria, mas isso envolve um pouco de trabalho logístico, e eu ainda não estou pronto. Por isso, estou tentando o piano agora, mas um dia vou levar adiante essa ideia.

Desperta algum sentimento em você quando toca músicas dos Mutantes?
Fico muito contente com o fato de o público saber as letras, mas eu simplesmente sei de cor essas músicas. Às vezes elas entram na minha mente. Foram tantas vezes que as toquei que nada me evoca lembranças ou pessoas.

Muita gente vê a ‘Balada do Louco’ um espelho de sua própria experiência de vida. Você se considera feliz, como diz a letra?
Eu me sinto feliz por estar pesquisando constantemente. Um exemplo disso é eu tocar só com o piano, algo que fazia e casa, mas não imaginava levar a um show. Isso, para mim, é importante, porque eu consigo estudar até onde consigo chegar com esse instrumento. Vou descobrindo minha própria capacidade. Em termos gerais, creio que também sou feliz. Estou do lado de pessoas que eu amo.

O que diria a sua ex-companheira de Mutantes, Rita Lee, se a encontrasse hoje?
Ah, pra falar faz anos e anos que não falo com a Rita Lee. Eu prefiro não pensar no que não aconteceu, porque eu não tenho ideia mesmo. Acho que nem falaria nada de profundo. Mas não gostaria de falar sobre isso agora.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

JOSE MARIA LEAL PAES


Como um dromedário colorido
josémariaLealpaes

Irá Lula da Silva ao enterro de Kadafi, o sinistro carrasco de Lockerbie, Escócia? No desvario patológico que o açula, Lula - acometido de lesão ótica comum a tiranetes assumidos ou enrustidos - enxergava em Kadafi um líder mundial incomum, como um dromedário colorido. Para o estadista de abc do ABC paulista, o coronel líbio seria o degrau africano, besuntado de petróleo, que o ajudaria a se tornar secretário-geral da ONU, delírio que os boquinhocratas petistas plantaram, alimentaram e espalharam - cinica e morbidamente deslumbrados. Analfabeto, na sentença de Caetano Veloso, Lula mantém-se presepeiro, autólatra e exótico. Não tão distante, guardadas as proporções e as bravatas, do morto, posto e histrião Kadafi.

CARLOS VEREZA


NIÓBIO: O QUE PODERIA SER A REDENÇÃO DO BRASIL!
BRASILEIROS E BRASILEIRAS...ISTO É MAIS UMA VERGONHA DO NOSSO GOVERNO!!! POR FAVOR, REPASSEM PARA TODOS OS AMIGOS! LEIAM ATÉ O FINAL,OK?



NIÓBIO

Você já ouviu algo a respeito ?
Nióbio, o metal que só o Brasil fornece ao mundo. Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece e tudo fazem para que isso continue assim.
Como é possível o fato de o Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum?
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso? Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.
As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa – Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.
Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa. A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil.Todos viram recentemente Lula em foto oficial, assentado em destaque, ao lado da rainha da Inglaterra. Nação que é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos “traíras” a serviço da Coroa Britânica. Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.
Cadê a OAB, o MFP, o Congresso Nacional ???
Os bandidos são mais honestos!
O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligasde metais não ferrosos. Estas ligas devido à resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias.
Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais.
Usado em soldas elétricas.
Devido a sua coloração é utilizado, geralmente na forma de liga metálica, para a produção de jóias como, por exemplo, os piercings.
Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos , subconjuntos de foguetes , ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados no programa Gemini.
O nióbio está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização emcapacitores.
O nióbio se converte num supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas. Na pressão atmosférica, tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos supercondutores, 9,3 K. Além disso, é um dos três elementos supercondutores que são do tipo II ( os outros são o vanádio e o tecnécio ), significando que continuam sendo supercondutores quando submetidos a elevados campos magnéticos.
http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=17578

AUTORAMAS


Show de lançamento do novo disco do AUTORAMAS !!!!
MÚSICA CROCANTE
Um lançamento Coqueiro Verde Records
29 de Outubro, sábado, 23:59,
No Beco 203 - Rua Augusta, 609, São Paulo
Show de Abertura: Filhos da Judith

R$30 na hora
R$20 na lista
http://beco203.com.br/agenda-beco-sp.php?c=407
na opção nome na lista
9 de novembro - lançamento no RIO! - Studio RJ
12 de novembro - lançamento em BH - Music Hall
www.autoramasrock.com.br

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ZABOMBA LANÇA CD E CONVIDA NEY MATOGROSSO


Zabomba lança CD e convida Ney Matogrosso

Secos & Molhados, David Bowie, Tropicalismo, androginia, balanço, groove. Todos estes elementos se fundem no caldeirão sonoro da banda Zabomba, que lança seu terceiro disco Vivendo de Truque, que sai pelo selo Label A no mês de outubro. O show de lançamento acontecerá no dia 20, no Studio SP, e conta com a participação mais que especial de Ney Matogrosso.
Ney conheceu o quarteto paulistano através de seu percussionista, gostou e gravou a faixa “Mente” no Vivendo de Truque (Label A). Segundo declaração que deu recentemente para a revista Rolling Stone Brasil, a Zabomba é a única banda que considera como parceira atualmente. No show, Ney Matogrosso subirá ao palco para interpretar esta, e ainda as músicas “Pronomes”, da Zabomba; “Poema”, de Cazuza e “Tanto Amar”, de Chico Buarque. O restante do repertório da noite contará com as músicas novas e também com os hits que os fãs entoam direitinho como “Sansão” e “Dançar sem Par”. Como se tudo isso não bastasse, eles ainda prometem surpreender o público de São Paulo.
A Zabomba, banda de jovens e fiéis fãs, está na estrada há 11 anos. Já teve seu som rotulado de “rock tropical”, e seus quatro integrantes, Rafa Z (Vocal), Beto Boing (Baixo), Paulo Passos (Guitarra) e Marcelo Bonin (Bateria) concordam com o termo. “Nossa formação é a de uma banda de rock, mas usamos células rítmicas bem brasileiras, muito groove e o resultado é explosivo e dançante”, afirmam.
Contagem regressiva para o dia 20 de outubro, vem?
Zabomba com participação de Ney Matogrosso
Lançamento do disco Vivendo de Truque (Label A)
Studio SP
Rua Augusta, 591, Consolação – São Paulo SP
20 de outubro
Porta: 21h / Show: 23h
Preço: R$ 35 (tanto antecipado quanto na porta)
Making of de “Mente”, gravado no Estúdio Angels: www.zabomba.com
nathália
INKER AGÊNCIA CULTURAL
55.11.92326387
55.11.77609826
ID 85*244328
www.inker.art.br
www.twitter.com/inker_agencia

terça-feira, 18 de outubro de 2011

AGENOR DE OLIVEIRA E NELSON SARGENTO

CLEVANE PESSOA


Haikais de Haruko (*)

Sol em Esplendor:
Ouro cobre uma terra seca
Inútil beleza ...

<<**>>

Destruidora Chuva ... Chiva ...
-na terra, VORAZES Bocas,
bebem, armazenam.

<<**>>

Neve em muitos xales
abaixo do zero, graus
registram-artistas.

<<**>>

Plenilúneo-mel
derrama-se sobre a Terra.
Poetas-Acordem!

<<**>>

Artista Invisível
colore uma floração
-eclode primavera ...

<<**>>

No ar, frutas maduras
perfumam o novo outono
Abelhas celebram.

<<**>>

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Haruko: Primavera em japonês, heterônomo com o qual assino meus haicais.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CARLOS LÚCIO GONTIJO


O poder dos “homens-Zeus”

Carlos Lúcio Gontijo


Os que sabem de nossos defeitos e continuam nos amando são apenas os familiares e os amigos verdadeiros, pois, na imensa maioria das vezes, os tão-somente “conhecidos” não passam de utilitários, ou seja, se mantêm por perto à medida que tiram alguma vantagem da convivência. Infelizmente, a conduta humana, seja do ponto de vista social, político ou psicológico, permanece mais que nunca guiada pelo ganho material, com forte predominância do complexo de Zeus.

Explicando ao leitor, elucidamos que Zeus (também conhecido como Júpiter) era tido como um deus supremo nas mitologias romana e grega, detendo o poder de lançar raios, dissipar nuvens e fazer chover. Talvez, aí resida a origem dos mandachuvas que regem a República Federativa brasileira como se entronizados em sistema imperial ou ditatorial. Os “homens-Zeus” são, em síntese comportamental, aqueles que querem, ao mesmo tempo, possuir a vontade e o arbítrio, sujeitos que são a explosões coléricas, se nos apresentando hábeis em matéria de fazer alianças, galanteadores e amantes contumazes, agindo como se as pessoas não passassem de peças expostas num grande tabuleiro de xadrez – o mundo.

São os “homens-Zeus” que se encontram no comando dos destinos brasileiros há mais de 500 anos, marcados pela desigualdade e pela escravidão introduzidas pelos colonizadores e que se transformaram em práticas habituais no campo e na cidade, uma vez que muitos senhores do capital ou patrões ainda tomam os baixos salários e a escravização como sinônimo de bem exercer liderança ou chefia. Nossa falta de memória talvez tenha raiz na facilidade com que desfazemos laços e jogamos no lixão do passado ações “radioativas” que possuem o poder de contaminar nossa infraestrutura social por anos a fio.

Ninguém, ou pouca gente, se lembra de que a prática da escravidão no campo tornou-se ainda mais rotineira a partir de 1964, quando os sucessivos governos militares, através da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), direcionou volumosos recursos para as regiões Centro-Oeste e Amazônia. Altas quantias de dinheiro, somadas aos incentivos fiscais, atraíram para a zona rural grandes grupos empresariais de capital financeiro e industrial daquele tempo, ampliando a gravidade da concentração de terras, ao possibilitar a formação de latifúndios de até 150 mil hectares.

Para que bem possa ser detectada a dimensão da importância assumida por aquela decisão dos “homens-Zeus” da época – então trajando amedalhados e reluzentes uniformes verdes-oliva –, recordamos aos nossos casuais leitores que foi viabilizada a inserção entre os novos donos de terra do Bradesco, do grupo Atlântica-Boavista, do Bamerindus, do Econômico e da Volkswagen, que de uma hora para outra foram arrebatados por uma incontida vocação agrária, germinada sob o privilégio de uma fertilizadora liberação de verbas públicas, em que a quantidade de recursos dependia do tamanho do imóvel: assim, a ditadura militar financiava de forma desabrida tanto o latifúndio quanto a exploração dos trabalhadores rurais.
É por essas e outras que o povo brasileiro deve prestar muita atenção nos que comentam sobre política nos veículos de comunicação, pois em alguns casos os tais analistas cometem o desplante de ponderar dentro da ótica utilitária, avaliando os governos segundo os benefícios que proporcionaram a eles mesmos ou ao grupo a que achavam ligados em determinada ocasião, sem qualquer compromisso social ou visão do todo da nação brasileira, que precisa libertar-se dos “homens-Zeus” que a governam através de planos econômicos estapafúrdios, reinando sobre a realidade refletida por águas turvas, fétidas e rasas.
Os “homens-Zeus” são os mesmos que tomam o investimento no social como um desperdício de recursos públicos, que não aceitam ser governados por político nascido fora de berço oligárquico de maciço ouro capitalista, que protestam contra o programa bolsa-família, que esbravejam contra a abertura de espaços para o acesso de gente pobre ao ensino universitário, que pregam a completa privatização do atendimento médico-hospitalar, enfim tudo o que inconfessavelmente almejam é que o povo exploda, sob a ação de seus raios desprovidos de sentimento coletivo e amor ao próximo.
Carlos Lúcio Gontijo
Poeta, escritor e jornalista
www.carlosluciogontijo.jor.br

VIVIANE MOSÉ


Artigo - A fragmentação do ensino

A modernidade nos deixou como herança um enorme desenvolvimento tecnológico, possivelmente em função do investimento tecnicista dirigido aos alunos que apresentavam alto desempenho, mas nos deixou também um absurdo caos social, que deve resultar, entre outras coisas, do descaso com relação aos distraídos, desobedientes, impulsivos, mal vestidos.

O sonho do mundo moderno terminou por desabar sobre nossas cabeças, em forma de violência, aquecimento global, fome. A sociedade moderna, com seus projetos de futuro, acabou não beneficiando de fato ninguém, e desmorona em conseqüência de sua própria exaustão: diante da violência em grande escala e da iminência de desastres ecológicos, todos somos iguais.

Mas o simples fracasso deste modelo moderno de sociedade, que nos prometeu um futuro ordenado pela ciência, não significa que resultará uma sociedade menos desigual e mais justa. Mas, como a tecnologia produziu rachaduras irreversíveis no modo como a sociedade se organizava, uma brecha sem dúvida se abriu, um ponto de vazão, capaz de fazer ruir relações e conceitos opressivos, permitindo uma nova configuração de forças, e gerando novos acordos. Mas, para isso, precisamos ter coragem de rever valores e modelos, e o mais difícil talvez seja encarar o quanto obsoletos estão nossos saberes. Precisamos rever o modo como estruturamos nosso conhecimento, nosso pensamento, nossa educação.

É lugar comum, em nossos dias, apontar a educação como a saída para os impasses que vivemos. Mas será que a educação pode mesmo dar conta desta enorme expectativa? Segundo o cientista da educação Rui Canário, da Universidade de Lisboa, a imaturidade política e social que nos caracteriza é proporcional ao grau de escolarização de nossa sociedade. Quanto mais uma sociedade se escolariza, quanto mais coloca suas crianças na escola, mais esta sociedade produz imaturos políticos e sociais, e os responsáveis por isso são, entre outras coisas, a excessiva fragmentação dos saberes e o isolamento da escola.

Influenciada, por um lado, pela industrialização que chegava, e, por outro, pelo regime militar que passou a vigorar no Brasil, nossa escola foi se estruturando como uma linha de montagem, um modo de produção que fragmentou o trabalho humano, tendo em vista o aumento da produtividade. A hiper-especialidade, o ensino voltado ao “científico”, movido pela euforia tecnicista, as inúmeras aulas de 50 minutos, sem conexão entre si, sem contexto ─ nos levaram a uma sociedade que desaprendeu o valor do todo, do global, do complexo.

E nos tornamos especialistas cada vez mais fragmentados, desvinculados das grandes questões humanas, sociais, planetárias. E vamos vivendo acoplados a uma parcela tão pequena da realidade que chegamos a esquecer quem somos, o que buscamos. Se, por um lado, a fragmentação do ensino respondia à necessidade de produzir uma educação “em massa”, por outro, atendia à fundamentação ideológica do novo regime, avesso à reflexão e à crítica, como mostram as denominações que ainda hoje usamos: grade curricular, disciplina, prova.

Com tudo isso, fomos formando pessoas cada vez mais segmentadas, incapazes de responder às grandes questões, e que hoje vivem em um mundo que as obriga a dar conta de temas cada vez mais complexos, como o destino do planeta, a internet, a globalização.

“Há uma inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas, e, por outro, realidades ou problemas cada vez mais transversais, multidimensionais, transnacionais, globais, planetários.”
Edgard Morin

Assistimos ao nascimento de um novo modelo de mundo, sem grandes valores fixos e eixos centrais, mas fundado em diversas conexões, formando uma imensa rede sem centro, composta de uma infinidade de jogos e saberes, que se aglutinam e se afastam, que se estendem. Na era tecnológica, a verdade, a certeza, a estabilidade, o princípio, a causa, tão caras à ciência, se tornaram sinônimo de nada, perderam o valor, mas, se estes grandes valores, que tanto já nos oprimiram, desabaram, talvez a urgência seja exatamente de um novo olhar, um novo posicionamento com relação ao mundo, nascido de uma nova correlação de forças, de novas avaliações e novos valores. E isto exige pessoas inteiras, capazes de olhar o mundo, as situações, como um todo, ao mesmo tempo em que são capazes de neles se localizar de forma singular, própria.

É muito difícil falar sobre este universo que nasce, tentar imaginar qual será a estrutura gramatical capaz de dar conta destes infinitos discursos. Mas precisamos admitir que os meios não são mais os mesmos, hoje vivemos em rede. A palavra mais pronunciada é, provavelmente, conexão, ou link. Mas nós, professores, alunos, pais, continuamos apertando botões na linha de montagem de uma fábrica em extinção. Torna-se, portanto, urgente reconstruir o modo como estruturamos nossos saberes; a escola, começando pela universidade, precisa rever seus modelos. E, para isto, é imprescindível enfrentar o problema da fragmentação dos saberes, de uma escola desvinculada do contexto social, ambiental, cultural, político.

A escola deve ser um corpo vivo. E deve envolver também os espaços públicos e as festividades, deve ir aos concertos, as exposições de arte, aos museus e bibliotecas, aos centros de pesquisa, as reservas ambientais, enfim, a escola deve ir à cidade. E a cidade deve se preparar para recebê-las, construindo espaços de convivência e de relação, e assumindo seu papel no processo educativo, ao invés de lavar as mãos, enquanto isola jovens e crianças em escolas, que mais se parecem a presídios de alunos. E espera cidadania quando oferece exclusão.

Torna-se urgente retomarmos a difícil complexidade que é viver, pensar, criar, conhecer; todas as coisas se relacionam, não há nada realmente isolado, cada gesto produz desdobramentos incalculáveis; um saber, uma escola, uma pessoa não existe sem um contexto: talvez este seja o aprendizado social, a maturidade política que precisamos, para impedir que as coisas, de uma vez por todas, implodam.

Viviane Mosé
Filósofa

ALAORPOETA


BODE EXPIATÓRIO

Bandidos de gravata
toga farda óculos
chapéu batina

bandidos de luxo
capacete gabinete
pés de chinelo

calaram a boca...

o escuso foi preso
parecia Jesus
pelado na praça

alaorpoeta
Ilustração: "Dante e Virgílio no Inferno" - Willian-Adolphe Bolguereau

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

HOMENAGEM A RENATA PALLOTTINI


HOMENAGEM A RENATA PALLOTTINI - No dia 20 de outubro, na Casa das Rosas, a partir das 19h00, poetas, artistas e amigos prestarão homenagem aos 80 anos de Renata Pallottini. Poeta, dramaturga, ensaísta, roteirista e tradutora, Renata já tem mais de 20 livros publicados e mais de 11 peças teatrais. E apesar de muito dedicada à poesia, também exerceu intensa atividade em dramaturgia: teve obras encenadas por criadores assíduos da cena nacional, como Silnei Siqueira, Ademar Guerra, José Rubens Siqueira, Márcia Abujamra e Gabriel Villela. Também já emprestou seu talento criador --e poético-- para algumas emissoras de televisão. Entre esses trabalhos ganharam grande destaque a série Malu Mulher, da rede Globo, e Vila Sésamo, da TV Cultura.

O roteiro dessa festa inclui a leitura de poemas da homenageada, feita por poetas de várias gerações e alguns atores; a participação da cantora lírica Marcela Alves; a apresentação de cena do espetáculo Nos Campos de Piratininga (peça criada em parceria de Renata com Graça Berman); vídeo com imagens pouco conhecidas e divulgadas da Renata assim como trechos de poemas; e a música do premiado violonista e impecável artista que é Daniel Murray.

Estarão na Casa das Rosas na próxima quinta-feira, dia 20, lendo poemas de Renata Pallottini, os atores Cléo Ventura, Graça Berman e Paulo Hesse e os poetas Álvaro Alves de Faria, Beth Brait Alvim , Carlos Felipe Moisés, Celso de Alencar, Dalila Teles Veras, Donizete Galvão, Edson Bueno de Camargo, Eunice Arruda, Frederico Barbosa, José Geraldo Neres, Luiz Roberto Guedes, Neuzza Pinheiro, Raquel Naveira, Roberto Bicelli, Rubens Jardim, Ruy Proença e Thereza Christina Rocque da Motta.

O evento de comemoração é gratuito e aberto para os admiradoress e amigos.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

ANIVERSÁRIO DE TOM ZÉ


Salve amigo Everi.

Concordo integralmente com sua crônica e acho mesmo que a música brasileira está mais besta que nunca.
Viva todos os dias o Tom Maravilhosamente Zé, fonte de água com gás fresca no deserto do mercado fonográfico. Prova disso é o seu último trabalho, DANÇ-EH-SÁ – DANÇA DOS HERDEIROS DO SACRIFÍCIO, onde Tom Zé, sem dizer uma única palavra inteligível e se valendo de ruídos e onomatopéias, esculhamba geral e passa um pito, com carinho como convém, em todo o mundo que fica correndo atrás dessas merdas melódicas que estão por aí mas emissoras do país.

É por isso que em uma de minhas músicas, chamada Tom Zé+, com muita humildade e em homenagem a esse gênio eu digo:

Hoje eu me sinto

Simplesmente demais...

Muito a fim de dançar, de cantar, de pular, de sorrir, de viver;

O que está acontecendo, com aquele velho jeito de ser?

Sinto, cumpadi se espanto você, cê não sabe o porque?



É porque que o fim emudece, o fim não sonoriza.

É porque o fim paralisa, enrijece e na boca,

Só um Ah..., se eu pudesse...



Então vê se me entende,

Quando sorrindo lhe digo o porque,

Se eu me sinto muito a fim, até...

É porqueporque é possível Tom Zé;

Se eu me sinto muito a fim, até...

É porqueporque é possível ser Zé;

Se eu me sinto muito a fim, até...

É porqueporque é possível viver

E até mais...

Abraços.
Mauro Rico.

ANIVERSÁRIO DE TOM ZÉ


TOM ZÉ, UM BRUXO EM PLENO SÉCULO 21.

Hoje é aniversário de TOM ZÉ, um ícone da Tropicália, seu filho mais fiel, mais criativo, e talvez, o menos reconhecido gênio do movimento musical. A primeira vez que ouvi TOM ZÉ, foi em disco vinil, o fantástico " Todos os Olhos",e jamais o esqueci, isso foi em meados dos anos 80. Depois disso, fui colecionando alguns de seus discos que quase nunca chegavam ao interior paulista. Tínhamos que nos deslocar de Araçatuba para Bauru, para fazermos compras de discos e coisas que tais. Eu me lembro do saudoso amigo e sensacional violonista ASTÉRIO ALVES, ainda no final dos anos 80, em seu quintal de casa,entre mangueiras, revoada de pássaros e vasos de flores e plantas, deixando em minhas mãos, os discos CORREIO DA ESTAÇÃO DO BRÁS e NAVE MARIA, duas obras primas de TOM ZÉ. Eu ouvia tudo isso com imensa alegria de menino em busca de novos signos, horizontes e deleites musicais. E vejam que eu sempre gostei de rock and roll e música erudita - Ocorre que a música de TOM ZÉ é tão criativa e sedutora, que se condensa com outras maravilhas sonoras. Sua fala nordestina, sua humildade transcendente, sua rebeldia jornalística traduz esse encanto. Outros autores e compositores passaram,amarelaram com o tempo, mas a música de TOM ZÉ persisite desbravando o final do século 20, rastreando como serpente por sinuosas florestas coloridas de notas musicais imprevisíveis. Claro, penso que TOM ZÉ não faz música de simples improviso,porque o improviso requer muita técnica, conhecimento e inventividade. Pois é, a sua música vai chegando devagar como um baião espacial, um telescópio sobre o planeta devastado pela superficialidade e o vazio de nossas vidas, como uma espécie de xamã, um bruxo em pleno século vinte e um. TOM ZÉ continua jovem, corajoso, não vendido ao mundinho barato da indústria musical, da globabarização midiática, não leva um público imenso aos estádios de futebol, mas jamais envelhece com o passar dos tempos; TOM ZÉ é cíclico, mutante, é sempre outro, é paradoxalmente o mesmo outro.Ouçam os seus discos, leiam suas entrevistas e livros, mergulhem sem sua agenda de shows, comecem a sonhar de novo, é tempo de TOM ZÉ ,é tempo de maravilhar-se diante da probabilidade de novas descobertas. Um beijo no seu coração, querido amigo!
everi rudinei carrara:consul dos poetas del mundo em araçatuba, músico, escritor,agente cultural, membro da Abrace/uruguay-brasil, membro da academia sala dos escritores, editor do site telescopio.vze.com

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

EDSON BUENO DE CAMARGO


Lilith



entre a escolha

entre a mulher virtuosa

e a que caminha sinuosa



embora cindido

eu prefiro a que tenha asas



que me beije como um anjo

e escolha a posição que quiser
lillith /pintor:john collier

Edson Bueno de Camargo

Rua José Cezário Mendes, 104 Vila Noêmia – Mauá – SP – Brasil.

CEP – 09370-600

correio eletrônico: camargoeb@ig.com.br



http://umalagartadefogo.blogspot.com/

DIA MUNDIAL PELO FIM DA CRUELDADE ANIMAL


No dia 08 de outubro, mais de 70 cidades em mais de 28 países , e no Brasil 26 cidades estarão participando do Dia Mundial pelo fim da Crueldade Animal - Weea. Trata-se de um Evento Global que atravessará dezenas de países no mesmo dia e horário. Os eventos acontecerão sincronizadamente no sábado, dia 08, começando sempre às 16 horas. O World Event for the End of Animal Cruelty deseja enviar uma mensagem clara à sociedade e aos governos mundiais dos animais sujeiros. E portanto com direitos à vida e à dignidade. Sua proposta é claramente abolicionista e de combate à exploração animal. Em Recife este evento será realizado no Parque da Jaqueira com a coordenação local do Movimento de Defesa Animal de Pernambuco ( MDA/PE) numa demonstração de apoio pelo fim dos maus tratos e crueldade aos animais, pelos governos mundiais. Nota: Os participantes devem levar uma vela com suporte.enviado por lauro fujihara. São Paulo/SP.

FIRMINO CAETANO JUNIOR

WWW.BLOGDOFIRMINOJUNIOR.BLOGSPOT.COM

ÉRIKA MACHADO


Érika Machado
www.erikamachado.com.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

JOAQUIM BRANCO


poesia visual/ joaquim branco
AS PALAVRAS E AS COISAS

Joaquim Branco


A poesia vem das coisas
que se fazem dia-a-dia.

Desde o outono que começa
nessas folhas caídas pela chuva
a essa nova aragem que separa
as temperaturas da terra.

Aqui não chegam ventos alíseos
ou polares frios contra o verão,
mas uma breve brisa alerta
para as amenidades do corpo.

A poesia traz as coisas para si
e de si as reinventa para a vida.

Ela alimenta o poema que volta
de novo às coisas para habitar o mundo.

(março 2008)

MARINA COLASSANTI


Encontro de peso
Dois dos grandes autores da chamada Geração 90, Marina Colassanti e Ítalo
Moriconi, esquentam a programação dos cursos de outubro da Estação das Letras (http://estacaodasletras.com.br/cursos/cursos-outubro-de-2011/). Marina é responsável pela oficina de criação literária a partir do dia 17; Ítalo fala sobre as têndências da literatura brasileira contemporânea, num curso que reúne ainda, a partir de 13 de outubro, Beatriz Resende e Alberto Pucheu. As vagas são limitadas e as aulas acontecem no Flamengo, na Marquês de Abrantes, 177.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CARTAS


ILMA NA EUROPA - A nova Keynes (sic) - ( ou síndrome do boquirroto...será que pegou? Mara)
Nossa presidente, que Deus me livre e guarde, deu conselhos sobre como resolver a crise da Grécia: aumentar o consumo, os empregos e financiamentos. Com isso mostra que nada entende de economia. Não dá mais para aumentar os empregos públicos na Grécia, há que reduzi-los. A previdência deles é pior que a nossa em termos de déficit. Quem sabe, se reduzisse a educação, a saúde, a segurança, a infraestrutura de transportes, o saneamento básico, etc., aos padrões brasileiros, talvez conseguisse equilibrar as finanças. Antes de criticar o que não sabe na Grécia, devia cuidar de nossa corrupção, do empreguismo público sem necessidade nem retorno, da impunidade na gestão das verbas públicas, do aparelhamento de ONGs, ministérios, sindicatos e tudo mais, como nunca antes visto neste país. Senão em breve seremos nós a nova Grécia. CARLOS TULLIO SCHIBUOLA cschibuola@gmail.com São Paulo

Se conselho fosse bom...
Dá até arrepio quando vejo a presidente Dillma dando conselhos à União Europeia. Será que ao recomendar que não façam "ajuste fiscal recessivo" ela esqueceu que nossa dívida interna beira R$ 1,7 trilhão e a externa, US$ 300 bilhões? Se conselho fosse bom, ninguém daria de graça.BEATRIZ CAMPOS beatriz.campos@uol.com.br São Paulo

Improcedência- A fala de Dilma na Bélgica, dando fórmula para sair da crise, sem conhecimento de causa, não procede. Pois só depois do esforço do povo brasileiro para pôr o País nos trilhos é que foi proporcionado o crescimento constante da economia. Dessa fase o PT não participou, ao contrário, criava mais dificuldades ainda para nosso povo, com greves, piquetes, invasões e outras anarquias que só atrasavam nossas ações. Deve ser por isso que, para eles, nada disso não existiu: quando pegaram o caixa já estava tudo pronto! NELSON PEREIRA BIZERRA nepebizerra@hotmail.com São Paulo

POLÍTICA ECONÔMICA- Juros e impostos
Mil loas à presidente Dilma por ter sugerido (ou forçado?) a redução dos juros absurdos da Selic, determinados pelo Copom desde o governo FHC e mantidos no de seu antecessor. Mas não se esqueça S. Exa., com licença para a advertência, com os juros os impostos também precisam cair, pois ambos são os maiores causadores do tão falado, verdadeiro e danoso custo Brasil. Precisamos diminuir o custo dos bens no País para aumentar o consumo, de modo que a economia interna ganhe força e se torne um motor de aceleração do crescimento do Brasil, e para isso é necessário que ambos os vetores - juros e impostos - que deprimem nosso consumo interno sejam reduzidos. PAULO A. DE SAMPAIO AMARAL drpaulo@uol.com.br São Paulo

COPA 2014 - Gol contra
Não há nenhuma dúvida quanto à importância capital de o Brasil sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2014, o que não quer dizer. no entanto, que deva ceder a toda e qualquer reivindicação da Fifa (4/10, E1). A Lei Geral da Copa fere o Código de Defesa do Consumidor e a soberania das leis nacionais. É um gol contra antes do início da partida!J. S. DECOL decoljs@globo.com São Paulo

Soberania
No caso do terrorista italiano, o governo brasileiro não permitiu que ele fosse repatriado, alegando o poder soberano do Brasil. E agora a Fifa determina que se altere a legislação brasileira para permitir a venda de bebida alcoólica nos estádios e o governo se esquece da soberania do Brasil? GILBERTO PRADO boas@terra.com.br São Paulo

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CARLOS LÚCIO GONTIJO


Sob a cultura do “destrabalho”

Carlos Lúcio Gontijo

Estamos estupefatos com a desfaçatez com que as elites brasileiras vêm tratando os graves problemas nacionais. Mais parece que a classe dirigente age como se tivesse os olhos voltados para o aeroporto, com passagem comprada e possibilidade garantida de deixar o país a qualquer momento, pois não cremos que ela se ache disposta a habitar o inferno da violência urbana (fermentado na insistente ganância em torno da distribuição anticristã de rendas e riquezas!), ambiente originário de uma guerra civil não admitida oficialmente, mas que mata muito mais que qualquer conflito armado mundo afora.

Infelizmente, o povo não sabe nem imagina quanto nossas elites dilapidam os cofres públicos nacionais por meio de manobras aparentemente lícitas. Inúmeras são, por exemplo, as associações, agremiações e entidades socioculturais e filantrópicas que recebem o título de utilidade pública e que servem de mecanismo para auferir vantagens imorais e descabidas.

Dói-nos a propagação irresponsável do noticiário dos meios de comunicação, que colocam os morros e favelas como redutos de marginais, que ali são minoria. A realidade, pelo contrário, é que reside nos lares das camadas mais pobres toda a reserva moral de que dispõe o Brasil, cujas elites ainda se rendem a imposições estrangeiras e permanecem trocando, traiçoeira e vaidosamente o ouro pelo espelho. Isto sem falar na existência de cidadãos laureados, políticos festejados e jornalistas renomados que, a cada crise econômica mundial, torcem para que o nosso país seja atingido.

Numa atmosfera social assim disforme e amorfa, não é de causar espanto que, diante do amontoado de processos à espera de julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF), que anda pleiteando aumento de salário e se nos apresentando avesso a qualquer mecanismo de controle sobre sua atuação, se tenha tornado mestre em matéria de acumular benefícios, benesses e regalias. O STF possui 11 juízes e 1.674 funcionários efetivos, além de mais 1.148 terceirizados, perfazendo média de 256 servidores para cada juiz, que, devido à incontida insegurança pública, têm à sua volta 435 seguranças.

Ademais, por se sentirem confinados no seu castelo, onde realizam profícuo trabalho em prol da paz legal e da manutenção do democrático estado de direito da nação brasileira, possuem 239 recepcionistas sob o objetivo de bem receber os visitantes. Dessa forma, talvez por tanto palestrar e discursar sobre seus enobrecedores feitos, nossos superiores juízes passaram a sofrer de avassalador desgaste dentário, levando-os a despender, só no ano passado, 16 milhões de reais com assistência médico-odontológica, segundo artigo publicado no jornal O Globo (27/09/2011), de autoria do professor Marco Antônio Villa.

Estamos para enfrentar, no mês de outubro do ano que vem (2012), novo período eleitoral, tempo de muito blá-blá-blá e marketing politico. Tomara que nós, povo brasileiro, não elejamos representantes que jamais tiveram carteira de trabalho assinada ou que levaram a vida na flauta, no exercício de algum cargo público, sem jamais comparecer em sua seção de “labuta” desprovida de serviço e função produtiva.

E o pior é que essa espécie de gente anda por aí pregando moralidade, ocupando postos importantes, infelicitando pessoas e agindo como se fosse carrasca do cidadão trabalhador, honesto e de bem, que ao aposentar-se é rebaixado a ente social de segunda categoria e obrigado a assistir, completamente perplexo, ao corte de 30/40% no valor de sua aposentadoria, com base no draconiano fator previdenciário criado no governo Fernando Henrique Cardoso.

A sociedade brasileira só não sucumbiu ao mau exemplo de comportamentos tipo reality show de nossas elites dirigentes porque os maltrapilhos desse nosso país, os que lutam pela sobrevivência honrada, insistem na crença de que é melhor ser pobre ou remediado e “morrer limpinho” que arrebanhar bens e riqueza à custa da miséria alheia, num país do jeitinho, do endeusamento à esperteza, da louvação a falsos valores e do levar vantagem em tudo, a tal ponto que, entre nós, quem trabalha honestamente não tem tempo de ganhar dinheiro. É como se tivéssemos inventado e vivêssemos sob a cultura do “destrabalho”.

Carlos Lúcio Gontijo

Poeta, escritor e jornalista

www.carlosluciogontijo.jor.br

ilustração:filme o sétimo selo/bergman

SHOWS COM TOM ZÉ


DIA 06/10 - 17h30
Instituto Inhotim

Tom Zé & Banda

Brumadinho - MG

DIA 11/10 - 20h
Concha Acústica do TCA

Tom Zé & Banda

Praça Dois e Julho, s/n - Campo Grande

Salvador - BA

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ESQUECER X SEGUIR EM FRENTE


Esquecer X seguir em frente
Posted by: Daniela |

Manha fresca de um domingo nublado pós Rock in Rio, pós Cold Play cheio de fogos no final. musica e dança são alimento para a alma... Leio com prazer a cronica da Martha Medeiros do globo de hoje, acompanhada do Jonh Lennon e sua voz mansa e quase vejo Londres do lado de fora... Imaginação fértil sempre tive muita.
Felizmente enfim aprendi a usa-la para colorir minha vida e não mais inventar pessoas fora das paginas da ficção.
Na cronica Martha conta sobre como um video de um escritor Uruguaio lhe levou a pensar sobre a necessidade que as pessoas tem de esquecer as mazelas da vida para conseguir seguir adiante. Como dizem lá na nossa terra, o chapéu serviu.
Sempre que leio algo que me faz bem, compartilhar me faz melhor ainda.


"A gente procura esquecer pra poder ir adiante, mas que espécie de caminho trilhamos quando não enfrentamos a verdade?
Esquecer é uma estratégia de sobrevivencia. Somos todos uns esquecidos crônicos. Pra começar esquecemos de alguns descuidos que sofremos na infância, pois fomos educados para considerar pai e mãe infalíveis. Dessa forma, nossas dores internas acabam ganhando o apelido de fricotes, só que esses fricotes viram traumas, e esses traumas minam nossa confiança na vida e sustentam os consultorios psiquiatricos, já que esquecer é uma forma de impedir a compreensão absoluta de nós mesmos e alguem precisa nos ajudar a lembrar para nos libertarmos.
Esquecemos os desaforos que tivemos que engolir durante um casamento ou namoro, tudo porque nos ensinaram que o amor deve ser forte o suficiente para aguentar os revezes da convivência, e tembém por medo da solidão, que tem péssimo cartaz. Então para nos enquadrarmos e nos sentirmos amados e estóicos, esquecemos as mentiras, as traições, os maus tratos, as indiferenças e mantemos algo que ainda parece uma relação, mas que deixou de ser no momento em que enfiamos a cabeça dentro do buraco.
Esquecemos em quem votamos, céticos de que em política nada muda, e, em vez de investirmos nossa energia em manifestações de repúdio à corrupção, deixamos pra lá e seguimos em frente conformados com a roubalheira, desmemoriados sobre nossos direitos.
E esquecemos principalmente de quem somos. Dos nossos ideais, das nossas vontades, dos nossos sonhos, das nossas crenças, tudo em prol de uma adaptação ao meio, de uma preguiça em desfazer o combinado e buscar uma saída alternativa, de uma covardia que gruda na alma e congela os movimentos.
Esquecer de nós mesmos é assinar contrato com a resignação."

Obrigada MARTHA por me lembrar que a amnésia é uma opção, mas não é obrigatória.
E por me propiciar o primeiro sorriso da manha de domingo.blog daniela escobar

DANIELA ESCOBAR NO CINEMA


Jogo Subterraneo:
Brasil 2004

Tania é uma tatuadora, mae d euma menina autista. Envolve-se por acaso com Martim, apos uma crise de sua filha dentro do metrô. Esse filme fala de encontros e desencontros comuns a todos. Da vida, e do quanto não adianta programar ou alimentar expectativas.fonte:daniela escobar site

CARLOS LÚCIO GONTIJO


O país da curva da leitoa

Carlos Lúcio Gontijo

A mais necessária das reformas, a mãe de todas elas, seria (e o é) a mudança no comportamento humano do brasileiro, onde impera a cultura do levar vantagem em tudo, impondo a supremacia do mais esperto sobre o mais capaz, do mais corruptível sobre o mais competente, do maria-vai-com-as-outras sobre o mais questionador, do mais talentoso pelo mais bem relacionado ou mais influente e assim por diante.

As ações e a inoperância de nossos representantes políticos e demais autoridades constituídas ensinaram ao nosso povo que é preferível ter como governante uma figura pública que rouba, mas faz, que um administrador que a nada dá andamento, mas igualmente surrupia. A sensação que temos é de que a corrupção aumentou e o assalto aos cofres públicos também, porém o que temos diante de nós é o desenvolvimento do Brasil e o consequente avanço do número de obras, gerando maior investimento do setor público acompanhado do aumento da propina, que é um vício inerente e inarredável do alicerce de nossas construções públicas. Quem não libera propina, sua pipa não empina – seja no setor público, seja no setor privado.

Vivemos hoje em nossa querida Santo Antônio do Monte e conta-se por aqui que uma perigosíssima curva que existe na MG-164, que liga a cidade ao município da Pedra do Indaiá e à MG-050 é fruto das tratativas entre o proprietário de uma fazenda e o engenheiro e operários responsáveis pela abertura daquela então nova via. Ou seja, para a estrada não ocupar pedaço maior em suas terras, o tal fazendeiro prometeu assar uma leitoa regada a uma farta bebida para todos. E assim se fez e assim se cumpriu, deixando como resultado um traçado rodoviário completamente desrespeitador à vida humana.

O problema de falta de amor e respeito pelo próximo é a fonte de todos os nossos desmandos no campo social. Lamentavelmente, a maneira mais fácil que as pessoas têm à mão para demonstrar seu poder é ferindo os que estão ao seu redor. Agem psicologicamente como se fossem crianças que, para externar sua pretensa força, costumam quebrar os objetos colocados à sua volta.

É por essas e outras que andamos com o andor da literatura que carregamos no peito com muito cuidado, atuando simplesmente como produtor de cultura, que é o que sabemos fazer, sem entrar no ativismo sem causa, no qual impera a língua ferina do fogaréu de vaidades, que termina dificultando o já árduo caminho dos autores de trabalhos literários independentes. A nossa contribuição ao meio da cultura escrita se resume à elaboração de artigos e edição de livros, cujos exemplares são (em sua maioria) desprendida e gratuitamente repassados aos cuidados de bibliotecas comunitárias, escolas rurais, escolas de periferia e tantos outros lugares aonde o livro de literatura raramente chega.

Visualizamos um grande equívoco na filosofia com que se administra a pedagogia do ensino brasileiro, na qual se coloca o conhecimento como uma porta para alcançar muito dinheiro e fama. Dessa forma, os alunos chegam ao vestibular à procura da profissão que lhes dará mais salário e mais acesso a bens materiais, ainda que não tenham qualquer vocação nem gosto pelo exercício da mesma, esquecendo-se de que a escolha de uma atividade profissional é projeto de futuro para uma vida inteira. Como no caso da curva da leitoa, poderá ter em sua vida um indesejável trajeto a ser percorrido com risco, desânimo e infelicidade.

Enfim, assistindo à transformação do grotesco em arte; à louvação da barbárie, da desordem e da violência como fatores acoplados à liberdade democrática; à hipocrisia, à mentira e à corrupção como fenômenos inerentes às práticas políticas, só nos resta enfatizar que o verdadeiro sucesso se resume em conhecer o nosso propósito na vida, crescermos para atingir o nosso potencial máximo e lançar sementes que beneficiem outras pessoas, cientes de que a certeza da escuridão costuma doer-nos menos que a falsa promessa de luz!

Carlos Lúcio Gontijo

Poeta, escritor e jornalista

www.carlosluciogontijo.jor.br

sábado, 1 de outubro de 2011

A CADEIA DA LEGALIDADE


A CADEIA DA LEGALIDADE

Júlio Lázaro Torma
"Pois aqui ficaremos até o fim.Podem atirar.Que decolem os jatos!
Que atirem os armamentos que tiverem comprados a custa da fome
e sacrifício do povo"
( Leonel de Moura Brizola)
No dia 25 de Agosto, nós gaúchos e todas as forças d campo democrático e popular, recordamos os 50 anos da Cadeia da Legalidade.Segundo o historiador Joaquim Felizardo, " A legalidade foi o último levante gaúcho".
O estado do rio Grande do Sul é marcado por grandes lutas, como foi a resistência guaranitica, dos sete povos da missões, com Sepé Tiaraju, contra Espanha e Portugal,onde foram chacinados 1.500 guaranis (1756). As peleias contra o dominio espanhol, a Revolução Farroupilha ( 1835-1845),Revolução Federalista( 1893-1895 e em 1923); a Coluna Prestes( 1923-1927), as revoltas camponesas dos Muckrs de Jacobina,Monges do Pinheirinho,Monges Barbudos de Deca França e a Frente Única Gaúcha que deflaga a Revolução de 1930, que conduz o governador Getúlio Vargas ao Palácio do Catete, rompendo a política hegemonica da região sudeste do país.
A legalidade o último levante gaúcho, foi organizado pelo governador Leonel de Moura Brizola do PTB( Partido Trabalhista Brasileiro), tinha como objetivo garantir a posse do vice presidente João Goulart( PTB), a presidencia após a renúncia do presidente Janio Quadros.
O movimento cívico da legalidade retardou por três anos a tentativa de golpe e estalação de ditadura militar no Brasil.
Os militares com apoio do governo estadunidense haviam tentado dar quatro golpes todos fracassa dos, como o que levou ao suicidio de Getúlio Vargas em 24 de Agosto de 1954; as tentativas de golpe contra o presidente Juscelino Kubistchek( 1959,1959) e João Goulart( 1961), na qual obtiveram êxito com o golpe militar de 31 de março de 1964, contra o então presidente democraticamente eleito João Goulart( JANGO).
João Goulart, foi eleito vice presidente de Jânio Quadros, que havia tido a maior votação para presidente da República com a promessa de combater a corrupção na esfera estatal.
O governo Jânio foi um governo polêmico, como governou sozinho, não alinhado aos E.U.A, apoio Cuba contra a invasão estadunidense,condecorou Ernesto " Che" Guevara, ao mesmo tempo em que criticava o governo socialista cubano.
No dia 24 de Agosto de 1961, Jânio Quadros renúncia a presidencia onde alega que forças ocultas querem derruba-lo, esperando assim o apoio do Congresso, dos militares, voltar nos braços do povo, com amplos poderes para poder governar.o vice presidente estava em viagem oficial a China de Mao Tsé Tung, logo as forças conservadoras de direita se articulam com os militares, para evitar a posse e pedir a renúncia de Jango.Era presidente da câmara Ranieri Mazzilli, que recebe o anuncio da renuncia e que deveria segundo a direita assumir a presidencia.
A desculpa da direita raivosa, era que Jango, era " comunista", se tomasse o governo haverá uma cubanização, sovietização do Brasil e que o Brasil seriá governado por uma " República Sindicalista".
João Goulart, nunca foi comunista, era filho de ricos estancieros, fiel discípulo de Getúlio Vargas, de quem foi ministro do trabalho, onde manteve forte diálogo com a classe trabalhadora.Jango como Vargas,JK, Brizola eram nacional desenvolvimentistas e populares, muito menos populistas, como se imagina na visão da esquerda eurocentrista.
o movimento da Legalidade, era um movimento que defendia o cumprimento da Constituinte, que garantia em caso da vacância do cargo, este deveria passar para o vice presidente.
Diante das ações de setores conservadores direitistas, o governador Leonel Brizola, organiza a resistência ao golpe em curso, convocando a população gaúcha e brasileira, para resistir as investidas, amplos setores se organizam desde intelectuais, artistas,estudantes, sindicalistas e pessoas simples do povo.
DIA 27 DE AGOSTO é formado a RÁDIO DA LEGALIDADE, com os aparelhos transmissores da Rádio Guaiba, que foram instalados no Palácio Piratini, de onde o governador Brizola, convocava a população para resistir e assegurar a posse de Jango.
Brizola, consegue apoio do poder Judiciário, Assembléia Legislativa, de Dom Vicente Scherer( cardeal arcebispo de Porto Alegre), parlamentares e do governador Mauro Borges ( Partido Social Democrático), de Goiás, que convoca a população a resistir. O comando das forças armadas( marinha, exercito e aeronáutica), exigem que o III Exercito, sediado no RS, a força aerea, com base em Canoas, bombardeie Porto Alegre e o Palácio Piratini, os aeronautas se recusam a executar a ação, o exercito fica dividido entre legalistas e golpistas. O Gen. José Machado Lopes, comandante do 3º exercito sediado no RS, declara apoio a João Goulart.
No estado a população se organiza desde a capital ao Rio Grande do Sul profundo; a Brigada Militar tem um importante papel na defesa dalegalidade,a população é armada.
No Congresso nacional as forças reacionárias se mobilizam, como bem ilustra o editorial do " O ESTADO DE SÃO PAULO", PORTA VOZ DOS GOLPISTAS:
" a desistencia espontânea do Sr João Goulart ou a reforma da Constituição que tire do vice- presidente o direito de suceder ao presidente"( 29 de agosto de 1961).
A Campanha da Legalidade logo é reforçada com apoio das principais emissoras de rádio do país, com apoio das Igrejas á Umbanda, times de futebol, CTGs a sindicatos se irmanam em defesa da legalidade, onde se garantira a posse de Jango, a " bala se for preciso".
João Goulat, sai da China e vai a Montevidéu, esperar o desenrolar dos acontecimentos.No Congresso é proposto pelo gaúcho Raul Pilla ( Partido Libertador), o sistema parlamentarista.Proposta de Brizola é que o RS, resista e que sob o comando de Jango, inicie uma marcha a Brasilia, como havia feito Getúlio Vargas em 1930. Diversos estados o povo sai as ruas em defesa da legalidade,no Rio de Janeiro, o governador Carlos Lacerda aliado dos golpistas reprime volentamente a população civil.
Tancredo Neves (PSD) é encarregado pelo congresso de ir a Montevidéu, conversar com Jango, sobre o parlamentarismo.Clandestina mente Jango chega a Porto Alegre num voou da Varig e vai a Palácio Piratini, onde a multidão o espera e se reune com Tancredo Neves e Leonel Brizola. Brizola é contra a proposta defendida por Tancredo do " Parlamentarismo".
A multidão espera o pronunciamento de Jango, que se manteve calado e frustrou muitas pessoas que estavam em frente ao Palácio.Jango era um homem moderado e não desejava jamais ver um banho de sangue,pois sabia que isso poderiá fazer com que os inimigos da Pátria, da Ordem e da Constituição,tivessem a senha e justificativa para conseguir os seus objetivos.
No dia 7 de setembro de 1961, após doze dias de crise política e aceitando as regras impostas pelo congresso João Goulart, assume a presidencia da Republica,tendo Tancredo Neves como primeiro ministro e um ministerio direitista e conservador.
A legalidade nos trouxe um ensinamento sobre a organização popular, principalmente quando falamos que o povo brasileiro é passivo e desleixado, discurso que vai da esquerda a direita em nossos dias.O povo brasileiro não é passivo, ele sabe se mobilizar e participar do processo político, como nos mostra varias campanhas vitoriosas de massa, como " diretas já", pelo " FORA COllOR", que foram vitoriosas, bem como aquelas em que fomos derrotados.
Isso,como a Campanha da Legalidade, onde se usou muito bem a mídia da época o rádio, nos ajuda a primorar a nossa ação e participação política.
Podemos dizer que o povo brasileiro sabe se engajar e para isso é preciso uma bandeira única de luta que saiba de fato unificar os anceios do povo, como foi a campanha da Legalidade.
______________