terça-feira, 4 de novembro de 2008

CÊ TÁ PENSANDO QUE EU SOU LOKI


Bonito…
PEDRO CANÁRIO
O FINO DA MOSTRA
A princípio é apenas uma cinebiografia em forma de documentário, mas já nos primeiros 15 minutos de filme percebe-se que Loki – Arnaldo Baptista vai muito além disso. A partir de uma pintura do próprio Mutante (que desenvolveu esse hobby depois de um acidente em que ficou um mês em coma), o longa mostra como a cabeça de Arnaldo Baptista é absolutamente incompreensível e define sua importância, não só para o rock, mas para a música brasileira.Sem o objetivo de tentar definir alguém que é tratado como o maior gênio da arte nacional, o documentário fixa-se simplesmente em contar a trajetória de Arnaldo Baptista antes, durante e depois d’Os Mutantes. Suas aventuras, desventuras e seus momentos mais complicados e sombrios, desde o casamento com Rita Lee, até as internações em hospitais psiquiátricos.Cheio de depoimentos de nomes de peso, como os outros Mutantes (menos Rita Lee, é claro), Gilberto Gil, Lobão, Liminha, etc., o filme consegue passar a admiração e o carinho que todos os que participam do longa, inclusive os diretores, têm pelo músico, mas, muito mais do que isso, Loki consegue emocionar de diferentes formas cada um dos espectadores.Sendo um documentário, a película impressiona ainda mais por deixar de lado o viés quadrado de simplesmente contar uma história, e deixa a todos os que estão diante da tela abismados com a densidade e a inteligência de alguém que durante muito tempo foi considerado um louco. Loki consegue, em cada minuto, emocionar o espectador; fazer com que ele sinta o mesmo apreço que todos aqueles que falam no filme têm por Arnaldo. O longa é uma grande homenagem justificada em si mesma. É um filme, acima de tudo, bonito.
ENVIADO POR LUCINHA/ARNALDO

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