sexta-feira, 23 de outubro de 2009
GENESIS/ TRESPASS
Genesis - Trespass
Pessoal, mais uma análise da maior banda de rock progressivo de todos os tempos, pelo menos para o meu coração! hehehe. O disco é o magistral Trespass.
Bom, sou suspeito para falar desse disco, pois não o considero um dos melhores do Genesis, o considero um dos melhores do rock progressivo; para mim ele é único, diferente de tudo que eu já ouvi. Acho-o extremamente tocante e espiritual ( no mais amplo sentido que essa palavra possui ). De alguma maneira, sempre que eu ouço esse álbum, me sinto elevado e mais próximo da divindade. Será que alguém sente isso também? Além disso, ele é especial para mim, pois conheci o Genesis com Peter Gabriel a partir de uma audição do Trespass. Vamos às músicas!
LOOKING FOR SOMEONE
“Looking for someone, I guess I'm doing that, Trying to find a memory in a dark room”
Com esse início, o choque já é inevitável, me lembra muito o início de Dancing With The Moonlit Knight. A diferença do trabalho anterior para esse já é notada de cara, o clima é outro, o vocal mais firme com falsetes misteriosos e em tom de angústia, além do trabalho instrumental bem mais elaborado. Todos os instrumentos em perfeita harmonia, destacando o teclado, a flauta e as guitarras colocados a fim de criar uma atmosfera de solidão. Interessante apreciar a bateria, que mesmo sem nada de incomum está bem colocada e a serviço da melodia. Já se nota uma mudança total na proposta do conjunto que agora adere totalmente ao rock progressivo. Tema da solidão, letra bela e melancólica, extremamente bem interpretada. Uma bomba já cai na cabeça!
WHITE MOUNTAIN
Agora o assunto é a Idade Média. Começa aqui um dos grandes marcos da história do Genesis nesse período. O Peter Gabriel reveste-se de trovador e conta uma história medieval onde os instrumentos servem como base para sua interpretação. White Mountain possui um clima misterioso, sua introdução com violões e teclados é tocante. Desenvolve-se em progressão com momentos mágicos proporcionados pelas incursões do órgão, da flauta e da percussão. Aqui a emoção começa tomar conta do corpo físico.
VISIONS OF ANGELS
Essa começa com o piano que já anuncia uma música mais leve. O trabalho vocal mostra-se calmo e melodioso, bem apropriado ao assunto da letra . A concepção instrumental é bela, totalmente lírica. Destacando-se o piano e o trabalho dedilhado de guitarras. Termina de forma épica com um coro vozes e um bonito solo de bateria. Vou falar por mim, nessa altura do disco eu já estou arrepiado e imóvel.
STAGNATION
Essa música chama muito a atenção, pois é ao mesmo tempo calma, agressiva, lírica e prosaica. Começa com um vocal bem calmo e os instrumentos evoluindo em um clima de mistério e melancolia. A letra, eu acho, está falando sobre os sobreviventes de um holocausto ou coisa parecida, muito sombria. Aqui o teclado, soberbo, comanda as ações. Acho a bateria linda também. O Gabriel conta essa história com fala, lirismo, falsetes e agressividade. É uma música muito difícil de ser decifrada, pelo menos para mim. Um clássico!
DUSKA única faixa onde há um resquício do trabalho anterior do Genesis, talvez por ela já estar pronta quando da realização deste trabalho. É uma canção de melodia bela, cativante, com letra melancólica, mas de certa maneira positiva. Trabalho dedilhado de violões, ótima contribuição da flauta com vocais cuidadosos e harmônicos. Adoro a combinação de vozes. Mais uma que eleva o meu espírito!
THE KNIFE
Se o disco começou bem termina simplesmente de forma estupenda, com um clássico absoluto. Tudo nessa música é espetacular. A letra remete a um campo de batalha onde um general incentiva seus soldados para a guerra. Bateria, vocal, flauta, teclado e guitarras ( Anthony Phillips demonstrando que sabe chamar o instrumento quando necessário) estão de acordo com o tema da música, totalmente agressivos. Aqui, quero fazer um comentário especial sobre o baixo do Rutherford, totalmente marcado e alto, fantástico, destacando-se com autoridade. Lá pelas tantas ouve-se o som de uma batalha com berros. Nesse momento minha adrenalina vai a mil e minha cabeça quase explode de excitação! O final é triunfante, todos os instrumentos se unem e o Peter Gabriel grita:
Some of you are going to die,
martyrs of course to the freedom that I shall provide.Aí é brincadeira!!!!
Um abraço a todos! JORGE ALENCAR
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